Águia de Ouro divulgou finalistas da disputa pra escolher o samba pra cantar o Afoxé de Oxalá em 21/22:
16 (Dominguinhos):
18 (Jairo Roizen):
21 (Serginho do Porto):
27 (Lequinho):
Escolha de samba nunca é “tanto faz”, mas é fato aqui que a escola tem 4 ótimas opções pra ter provavelmente o melhor samba do ano em São Paulo. Não só são 4 grandes sambas como são bastante diferentes. A partir do samba vai se definir um caminho pro desfile. Isso é ótimo!
Esse enredo, um achado, traz a possibilidade do impacto pela emoção (18 ou 21) ou pela força (16 ou 27). Possibilidade de uma narrativa mais épica, de contar uma história (27) ou mais voltada pra devoção do eu-lírico (16 ou 18, 21 no meio do caminho). A final oferece isso.
Por fim, tem a opção por um samba mais “made in SP” em termos musicais (18), um mais clássico (16 ou 21) ou um bastante ousado, desafiador pra quem canta e pra quem escuta (27). Eu? Sei lá. Jogo essa pra mão da escola e fico feliz por quem ganhar e triste por “perder” os outros.
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Pra quem esperava o Flamengo da liberdade de movimentação e do protagonismo das ações individuais dos jogadores, a escolha de Sampaoli é uma quebra de expectativa.
É um técnico que, assim como Domenec, Sousa e VP, coloca suas ideias acima de características individuais.
Veja: não é que ele faça o mesmo jogo dos citados. É só que, assim como eles (e, a bem da verdade, a maioria dos técnicos de ponta), o time se adapta à ideia e não o contrário. Não tem problema. Mas é que no Flamengo isso tem sido problemático quando não existe uma sintonia.
Jorge Jesus fez um trabalho obviamente espetacular no Flamengo. O time jogou uma bola que há 20 anos não se via no Brasil. Porém, o mito sebastianista de que um dia ele vai voltar pra resgatar esse período glorioso é utópico mesmo que de fato ele aceite retornar.
A saudade não é do Jorge Jesus. A saudade é do espanto que ele causou. E por isso é impossível de se repetir: olhando em retrospectiva, a campanha do Flamengo na Libertadores de 2022 é muito mais impressionante que a de 2019.
Mas uma encerrou 38 anos de jejum. A outra foi banal.
Aquela comunhão não vai existir de novo daquela forma. É preciso pensar em construir uma história diferente. Eventualmente com o próprio Jorge Jesus. Ou com outro técnico. Mas ouso dizer que ninguém vai despertar a sensação que aquele time de 2019 despertou. Contexto importa.
Glória aos “perdedores”, “fracassados”, “derrotados”… que são convictos daquilo que fazem.
Viva Fernando Diniz. O futebol brasileiro precisava, precisa e ainda vai precisar muito dele.
O título demorou, mas veio da maneira mais arrebatadora possível. Viva! Merecedor demais.
Fernando Diniz acerta e erra. Mas Fernando Diniz é a resistência ao “não dá”. Ao “não pode”. Ao “não tem como”. Ao “meu elenco é ruim”. Ao “não tenho reforço”. Ao “tem muito jogo”. Foi lá, não poupou, enfiou 3 no Cristal e 4 no Flamengo.
De vez em quando a mediocridade perde.
O futebol dos influencers que precisam de berros sem sentido contra o trabalho dos outros pra ganhar likes nunca vai entender o Diniz.
O futebol da tolerância zero ao erro, visto e comentado por pessoas que devem acertar todo dia, jamais vai entender o que ele desperta.
Último título, 2003. Última vez entre as cinco primeiras, 2011. A Gaviões já tentou de tudo nos últimos 12 anos pra sair da fila. Esse ano vem pra delirar. O enredo é 100% utópico. Imagina um mundo de harmonia entre as crenças.
📸 UOL
🙏 COMO SERÁ O ENREDO
C de frente: o mundo atual e a intolerância religiosa
1º setor: A paz de Deus no raiar de um novo dia
2º setor: cristãos e indígenas, xiitas e sunitas, Cristo e Oxalá: a paz entre as crenças
Duas vezes 4º lugar nos últimos 4 anos. O título da Tom Maior anda batendo na trave e a escola agora aposta ao mesmo tempo na África e na maternidade e feminilidade, temas caros à sua comunidade, pra chegar lá.
📸 G1
🤰🏿COMO SERÁ O ENREDO
C de frente: Saudação à Odu, a primeira mãe, a criadora do mundo segundo os iorubás
1º setor: a criação do mundo
2º setor: as iyamis, as mães-pássaro
3º setor: yabás, orixás femininas do candomblé
4º setor: Nossa Senhora e as santas pretas do catolicismo
Depois de 17 anos a Rosas de Ouro voltará a cantar um enredo de matriz afrobrasileira. É um caminho para se reconectar com suas origens na Vila Brasilândia e para abordar um tema atual, como foi com os rituais de cura em 2022.
📸 SRzd
✊🏿 COMO SERÁ CONTADO O ENREDO?
1º setor: as várias Áfricas que aportaram no Brasil
2º setor: a chegada dos negros escravizados e o Quilombo de Palmares
3º setor: a contribuição do povo preto nas artes, na cultura, esporte e política