A recente alta do arroz assustou os brasileiros, que também viram o feijão subir, embora mais discretamente, ao longo de 2020.
Mas afinal, de onde vem o hábito de comer arroz com feijão? Segue o fio
A combinação arroz com feijão não possui uma certidão de nascimento, sua origem é imprecisa, mas não é muito antiga: virou hábito em algum momento entre o século XIX e o XX.
Quando os portugueses desembarcaram no Brasil, a base alimentar indígena era a mandioca e seus derivados, como a farinha de mandioca. O feijão era conhecido e comido com pouco caldo e farinha e carne seca.
Já o arroz mais comido aqui, da espécie Oryza sativa, é asiático e foi introduzido na Península Ibérica - onde estão Espanha e Portugal - durante o domínio dos mouros, povo muçulmano de etnia árabe e berbere. Depois, os portugueses trouxeram para cá.
O arroz só vai se expandir e se tornar comercial a partir do século XIX, principalmente no Maranhão, Bahia e São Paulo. Com a chegada da Corte em 1808, ele é introduzido na dieta do Exército e também passa a fazer parte da refeição dos funcionários públicos no RJ.
Em algum momento, arroz e feijão foram unidos no prato. No entanto, ninguém sabe quando. O mais curioso, contudo, é que o binômio arroz e feijão substituiu o feijão e farinha e se tornou o eixo alimentar do brasileiro.
Ao longo dos anos seguintes ao casamento dos dois grãos, surgiram no Brasil várias receitas derivadas daí, como o baião de dois, a feijoada, o feijão tropeiro e o arroz carreteiro.
Ainda assim, as farinhas de mandioca e de milho continuam presentes na base alimentar, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, e em muitas receitas vão misturadas ao arroz ou ao feijão.
No Ceará, além do tradicional baião de dois, várias receitas típicas, como os bolinhos capitão de feijão, o cuscuz de arroz e o de feijão, o mungunzá salgado, o chá de burro e a receita Maria Isabel, utilizam arroz ou feijão.
Muitos povos costumam comer arroz ou feijão diariamente, mas o brasileiro é o único que come arroz e feijão cotidianamente, ou seja, como base alimentar em suas refeições diárias. Quer entender mais? Explicamos essa história aqui: opovo.com.br/noticias/brasi…
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CONHEÇA A HISTÓRIA DOS ÚLTIMOS HABITANTES DO ARRAIAL DE CANUDOS
No raiar de 5 de outubro de 1897 os quatro últimos sobreviventes de Canudos: um homem velho, dois adultos e uma criança. O quarteto foi o que sobrara do arraial criado por Antônio Conselheiro, no sertão da Bahia.
Quando os últimos resistentes foram mortos, estava encerrada a guerra que havia começado no início de 1897, no momento que 100 homens armados investiram contra o povoado. As campanhas chegaram a 5 mil soldados. A ordem era destruir o arraial.
O líder do arraial, Antônio Conselheiro, é um cearense de Quixeramobim, nascido em 1830. Filho de um comerciante, foi professor e advogado prático. A casa de Antônio foi reinaugurada na cidade.
Praticamente todo o Ceará está suscetível à desertificação, degradação do solo provocada pela atividade humana e impulsionada pelas mudanças climáticas. Conheça a verdadeira face da desertificação e entenda como combatê-la.
Pelo menos 94% do Nordeste está vulnerável à desertificação. No Ceará, o fenômeno ameaça praticamente todo o território. Mas você sabe o que é desertificação? O que a provoca e como ela se parece?
A desertificação é um fenômeno de degradação da terra causado pelas atividades humanas (tipo a agropecuária) e pelas variações climáticas. O impacto desses dois fatores é muito forte em lugares áridos ou semiáridos.
EXCLUSIVO: Pane no Porto de Fortaleza: relatos de drogas, sumiço de contêineres e ataque hacker
O caso do sumiço dos 12 contêineres, além das falhas operacionais em protocolos de segurança e logística do Porto de Fortaleza chegaram aos ouvidos da Câmara Federal.
Sumiço de contêineres, tráfico de drogas, ataques hackers e falhas comprometem operações de carga e de segurança. Este seria o cenário do Porto de Fortaleza, segundo denúncia de funcionários e documentos obtidos pelo O POVO.
O porto é administrado pela Companhia Docas do Ceará (CDC), empresa pública vinculada ao Ministério da Infraestrutura e a Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Governo Federal.
PADRE CÍCERO RECEBE O AVAL DO VATICANO PARA O PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO
Ontem, ele foi oficialmente considerado um "servo de Deus". Esta é a primeira etapa até a chance de canonização oficial.
130 anos após ser impedido de exercer suas atividades sacerdotais, padre Cícero Romão Batista, considerado um símbolo da crença popular, iniciou ontem uma nova peregrinação em sua trajetória de fé. Ele recebeu o aval do Vaticano para o início do seu processo de beatificação.
O homem que descobriu a vocação religiosa aos 12 anos de idade e morreu aos 90 anos, em 1934, antes de ter reconhecida a sua reconciliação com a Igreja, passa agora a receber o título de “servo de Deus". Este é considerado o primeiro passo concreto até à canonização oficial.
😴O ESQUECIDO HÁBITO MEDIEVAL DE DORMIR DUAS VEZES NA MESMA NOITE
O hábito, também chamado de sono bifásico, era bastante comum durante o século 17. Ficou curioso? Segue o fio.
Para muitos, acordar no meio da noite e "perder" o sono é um pesadelo. Voltar a deitar-se e descansar pode não ocorrer com facilidade, mas para nossos antepassados, acordar durante a noite e voltar a dormir horas depois, era normal.
Também chamado de sono bifásico, o hábito era bastante comum durante o século 17. Foi o que revelou os estudos de Roger Ekircho, historiador da Universidade Virginia Tech, em 2001.
Caminhos decisórios levaram à derrocada da segregação sul-africana. A Central #DATADOC de Jornalismo de Dados, preparou um fio para você entender a trajetória dos fatos. Confira o fio.
No histórico dia 17 de Março de 1992, 68,7% da população branca sul-africana votava pelo fim do Apartheid, em vigor desde 1948. Veja aqui o gráfico da votação: bit.ly/3JjrhYL
Na época do imperialismo, a África teve suas regiões disputadas pelos países europeus na política exploratória dos seus recursos naturais. A formação da África do Sul passa pelos holandeses e britânicos no século XIX.