Ao entrar na segunda vaga, vamos rever as 🚨atualizações da covid em pediatria 🚨
- para começar, as crianças podem apanhar covid. Parecem ter uma probabilidade menor de serem contagiadas, mas podem ter doença. A menor probabilidade também se pode explicar por ser um
Grupo etário menos testado. Dentro da pediatria, o grupo até 1 ano é responsável por +/- 28%. Novamente, pode ser fruto de mais testes nesta faixa etária pelo que estão sobrerepresentados
- como se dá contágio? A grande maioria c exposição em casa. Uma minoria por pessoal docente
Parece indicar que a transmissão por crianças é menor/não existente. Crianças grandes ou adolescentes a transmissão é igual aos adultos. Em 107 casos sul coreanos onde a criança pequena foi o caso index em casa, apenas 1 houve contágio aos pais
Em salas com pouco alunos, com higiene e ventilação adequada, a probabilidade de contágio é reduzida. Na Austrália, 12 crianças infectadas contactaram com 752 pessoa na escola, apenas 3 ficaram infectadas (2 crianças e 1 adulto)
Estes dados demonstram, novamente, que nesta idade estamos a fazer um disparate e a inverter prioridades. Esquecemos o desenvolvimento, a socialização e a saúde mental por um risco que tudo indica é diminuto.
Doença grave? Raro. Nos EUA, são internadas 8 por 100k crianças com covid. Em crianças <2 anos aumenta para 24. Das que ficam internadas, 6% necessitam de ventilação mecânica.
Na minha realidade, já vamos em 100's positivos, nenhum internado *por* covid, mas sim *com* covid
Os sintomas, na idade pediatrica são bastante heterogéneos. Febre e tosse são os mais comuns. Mas só diarreia está presente em 14% dos casos. Vómitos, dor de cabeça e garganta também são comuns
Os fatores de risco são: problemas cardíacos de base, metabólica, genéticas ou neurológicas.
Seguido de obesidade, problemas renais, diabetes e drepanocitose - prevalente em Portugal em alguns regiões como Amadora e margem sul
Neste momento, a indicação é para testar de forma agressiva. Qualquer criança com estes sintomas, em princípio será testada. Qualquer criança internada e seu acompanhante deve ser testado. Nem todos testam o acompanhante, é um erro.
Resumindo: muita calma. Nesta idade é preciso bom senso e recordar que, felizmente, podemos ter outras preparações de longo prazo. Vamos focar-nos em proteger quem mais precisa e é vulnerável a este vírus
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👉 o guião é dirigido a educadoras, na secção informação. "Que conhecimentos devem ter para abordar se surgir a ocasião".
Quem tem filhos e sobrinhos, não deve ser surpresa que nesta faixa descobrem que têm um pipi ou pilinha, fazem perguntas e brincam.
👉 uma pessoa democrática respeita as instituições. Não as quer sistematicamente destruir. Eles vêem pedofilia em todo o lado, (curiosamente menos onde comprovadamente existe), agora é a OMS que se junta. É preciso não esquecer que tentam destruir a saúde pública desde 2020
As reinfeções por Covid-19 são piores ou o risco diminui?
segue 🧶🧶
não há consenso nesta matéria e há bons argumentos nos dois campos.
é estimado, a nível mundial, que pelo menos 15% das pessoas já foram reinfectadas pelo Sars-Cov-2
há bastantes estudos que indicam que o sistema imunitário atua mais rápido em reinfeções. em primeiras infeções - encontramos cargas virais durante 7 dias vs 5 dias para reinfeções (e ainda menos para vacinados)
também há estudos que indicam que são infeções menos graves
Para todos?
Não. Quem teve doença grave da primeira vez, tendencialmente terá doença grave nas reinfeções. E pode ser este viés na constituição da amostra que não tem ajudado a uma resposta final e consensual
Simples. Os canais próprios não dão resposta, são corporativas e punem o denunciante. Perante casos semelhantes na Amadora, a Ordem e o IGAS demoraram 9 meses (e imensa pressão pública na fase final) para finalmente produzirem um relatório sobre o assunto. É inadmissível
A segurança e a qualidade dos cuidados é o foco principal das Ordens e do IGAS. Esta displicência além de inadmissível apenas dá razão a quem os acusa de corporativas e de nada fazerem pela melhoria dos cuidados prestados.
Monkeypox, plano de ação:
Partindo do princípio que o vírus não se mutou, tem reduzida capacidade de transmissão entre humanos. Ainda é possível erradicar a doença:
- formação aos profissionais da linha da frente de como identificar caso suspeito
- testes disponíveis
- identificação rigorosa de contatos
- vacinação em anel. Espero que a reserva da varíola ainda exista e dentro do prazo. Será um escândalo se caso contrário. A vacina é 85% eficaz. Nesta fase, devemos vacinar em anel todos os contatos identificados
- a mortalidade, em África, varia entre 10-15%. Mas na Europa, pela disponibilidade de cuidados de saúde, deve ficar abaixo dos 2-3%. Para não vacinados.
Não deixa de ser um número demasiado elevado e que não queremos testar na prática
Este sábado, estive no congresso dos administradores hospitalares.
Num interessante e muito civilizado debate sobre saúde e futuro
Foi um oportunidade para expor o que o Bloco e uma esquerda progressista defende
Qualidade/Acesso/Financiamento
Só podemos escolher dois?
Com as políticas certas, conseguimos escolher os três
- apostar em centros de referência, centros de diagnóstico e transporte de doentes.
- alterar a legislação das EPE, libertem os profissionais!
- digitalização para especialistas nos cuidados de saúde primários
- manter a boa aposta nos cri e USF
- 1/3 das mortes são por causas evitáveis e modificáveis. Aumentar os impostos sobre tabaco é a melhor forma de reduzir consumo. Não devemos ter medo da indústria
- redefinição dos papéis sociais da saúde, vamos aproveitar as competências!
🚨 atualização e resumo dos casos de hepatite pediátrica
Um 🧵🧵 mais longo para cobrir vários ângulos
Até ao dia 21, foram reportados 169 casos de hepatite aguda, algumas da quais graves, em crianças:
🇬🇧114
🇪🇸13
🇮🇱12
🇺🇲9
🇩🇰6
🇮🇪5
🇳🇱4
🇮🇹4
🇧🇻2
🇫🇷2
🇷🇴1
🇧🇪1
17 crianças necessitaram de transplante hepático. 1 faleceu.
Antes que venham os negacionistas, a grande maioria das crianças não era vacinada para covid❗
A maioria dos casos são entre os 2-5 anos. A variação total situa-se entre os 1 mês e 16 anos
Maioria dos casos apresenta-se como dor abdominal, diarreia, vómitos, alterações marcadas na função hepática.
Sem febre e sem identificação dos vírus da hepatite A-E