💪| INVASÃO VERTICAL DOS BÁRBAROS - A SUPERVALORIZAÇÃO DO CORPO E A EXALTAÇÃO DA FORÇA EM DETRIMENTO DA MENTE. |
Por Mário Ferreira dos Santos.
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Não é mais possível pôr seriamente sobre a mesa de discussão, dúvidas quanto à animalidade do homem, nem que é ele possuidor de uma mente que o torna especificamente distinto de todos os outros animais terrestres, pois é um animal que não só é capaz de avaliar...
valores (os animais também dispõem de uma capacidade estimativa), mas de captar valores enquanto tais, valores possíveis, valores a serem criados, bem como de construir conceitos, e de estruturar toda uma ciência especulativa sobre esses conceitos, a qual, quando bem...
ordenada, alcança as leis que regem todas as regiões do ser, e são válidas em todas as esferas da realidade, o que é supinamente escandaloso para aqueles que desejariam que o Cosmos fosse o Caos, e que nenhuma inteligência houvesse regendo as coisas.
Apesar dessa evidência, há sempre uma tentativa de desmerecer a inteligência em seus aspectos mais elevados. A invasão vertical bárbara neste setor manifesta-se de diversas maneiras, e usa dos mais requintados processos de propaganda subliminal, a fim de influir no subconsciente
humano, de modo a colocar a inteligência em seus mais altos vôos sob a égide da desconfiança e até da calúnia. E procede destes modos:
• EM PRIMEIRO LUGAR PELA EXALTAÇÃO DA FORÇA.
Estimula-se a acentuada valorização dos homens que se revelam possuidores de grande força, mesmo que seja apenas da força bruta. Compara-se com orgulho a semelhança dessa força, alegando-se a grandeza do homem que a possui.
Não importa que seja um débil mental, mas se é capaz de bater recordes, e de dobrar uma barra de ferro, ou de dar um murro igual ao coice de uma mula, estamos, então, em face de um espécime humano de alta valia.
Lutadores, esmurradores, homens que revelam grande resistência...
passam a ser procurados e exibidos como exemplos máximos da natureza humana.
De início apenas são exemplares curiosos e estranhos, mas logo não faltam os valorizadores dessas altas virtudes. Não é de admirar que, desde então, se tornem para os jovens tipos dignos de imitação.
• SUPERVALORIZAÇÃO DA FORÇA.
O homem de músculos de aço já não é um exemplar curioso, é o herói popular, algo que representa um idealtypus das multidões bárbaras.
• VALORIZAÇÃO ACENTUADA DA AGILIDADE E DA CAPACIDADE MERAMENTE FÍSICA.
Como maneira bárbara mais elevada de apreciação dos valores humanos está a valorização acentuada da agilidade, das habilidades físicas. Não quer isto dizer que o civilizado não seja capaz de obte-los, e não
deva valorizar esses aspectos.
Certamente que os obtém e com sinais de inteligência e arte; contudo, enquanto culto, não os tornará como ápices da elevação humana, nem irá, de modo algum, transformá-los em exemplares a serem imitados em primeiro lugar, mas apenas eventualmente e
secundariamente, já que também é necessário que se valorize o corpo e não só a mente.
• VALORIZAÇÃO EXAGERADA DO CORPO EM DETRIMENTO DA MENTE.
Este é um dos aspectos mais graves do barbarismo vertical. “Mente sã num corpo são” é uma máxima
culta.
Nunca, porém, considera um homem culto que mais vale corpo são que mente sã, nem que baste apenas um corpo são.
Sem dúvida a sanidade do corpo é fundamental, porque somos corpo também, mas a sanidade da mente é inseparável da humanidade, sob pena de o homem desmerecer-se em...
seu valor.
Os heróis populares dessa espécie são apresentados apenas sob o seu aspecto físico. Há entre eles muitos que cuidam da sanidade de sua mente e dedicam-se com afinco até nos mais altos páramos do pensamento.
Contudo, o que se faz é apenas salientar a habilidade ou a capacidade físicas, sem qualquer atenção a outras manifestações superiores.
Precisamente, a ocultação desses aspectos cultos é da tática da invasão vertical da barbárie.
ADENDO:
Veja, o Mário não está dizendo que um corpo saudável não é importante. É Claro que é, um corpo saudável também potencializa uma mente saudável.
Sertillanges escreve: "Para pensar, sobretudo para pensar com ardor e sabedoria durante uma vida inteira, é indispensável.."
"... sujeitar ao pensamento não só a alma e as suas diversas potências, mas também o corpo e todas as suas funções orgânicas. Tudo, num intelectual, deve ser intelectual."
Além de potencializar a mente, um corpo saudável é esteticamente superior; a verdade e o belo são transcendentais equivalentes, um é tão importante quanto o outro, pois uma pessoa pode atingir a verdade através do belo.
O relativismo do belo, a disseminação do mau-gosto e a valorização do inferior são tão danosos quanto a supervalorização do corpo em detrimento da mente.
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Vou ser "polêmico" e muitos vão me xingar, mas vamos lá..
Toda essa discussão sobre a escala 6x1 explícita de forma brutal como o brasileiro é autorreferente. Ele enxerga todo o problema como uma questão pessoal, subjetiva. Não existe objetividade no mundo, não existe REALIDADE.
Como dizia o Olavo: «Realidade é aquilo que existe fora e independente de nós e que minuto a minuto nos impõe algo que não gostaríamos de saber, algo que preferiríamos que não existisse.»
A economia não é uma máquina e as relações humanas não são previsíveis ou manipuláveis.
Você pode tratar toda a questão como um problema moral, mas a discussão é extremamente mais complexa.
Ninguém está discutindo sobre se trabalhar 6 vezes na semana é algo bom ou ruim. Levar o debate pra esse lado é pura canalhice.
Aliás, esse tal de Lázaro trocou tiros com um caseiro e fugiu.
Só prova a ineficiência da polícia estatal que age de forma centralizada.
Segurança pública é uma metonímia. Apenas a segurança individual existe!
Você só garante a segurança de alguém quando você está no local...
do crime antes que ele aconteça.
Ademais, algumas pessoas depositam uma confiança sacrossanta nos policiais, como se fossem seres superiores dotados de uma moral e de uma capacidade infinitamente maiores do que nós, meros mortais.
A lei de Say é extremamente simples pelo fato de ser extremamente lógica. Ela se dá da seguinte forma: A oferta (venda) de X abre a demanda por (pela compra de) Y.
No capítulo 15 de Traité d'économie politique, Say escreve: (Say, 1983, p. 139):
Um dos maiores engodos intelectuais de toda a história do pensamento econômico é indubitavelmente a deturpação de Keynes acerca da lei de Say.
A versão errônea é reforçada constantemente por gerações sucessivas de economistas ludibriados, que tentam...
...(com uma certa parcela de sucesso) transformar o embuste de Keynes em uma verdade indiscutível.
A lei de Say, também conhecida como lei de mercados, foi uma quebra paradigmática com as doutrinas econômicas do século XIX e peça fundamental para que os economistas...
1 - As pessoas que votam tendem a fazer escolhas irracionais, já que não pagam diretamente pelo custo dessa escolha. Não há um cálculo.
2 - O custo de ser um eleitor bem informado é muito alto, requer muito estudo. A maioria das pessoas preferem gastar o tempo em
coisas que trazem prazer/benefício imediato.
3 - As pessoas não entendem muito de economia, filosofia, direito, história e políticas públicas, o que as fazem péssimas eleitoras. Elas não são obrigadas a focar seu tempo nesse tipo de especialização.
4 - A maioria das pessoas votam com base no puro sentimentalismo. Elas sequer estudam as propostas do seu candidato.
5 - A pessoa não pode escolher os rumos da própria vida, mas pode escolher a pessoa que vai fazer isso.
6 - Mesmo as pessoas conscientes do próprio voto são...