1. Nesta quinta, os deputados da @assembleiasc aprovaram mais uma etapa do processo de impeachment do governador de SC, @CarlosMoises, do PSL. E é o presidente da @assembleiasc, Julio Garcia, do PSD, quem tem mais motivos para comemorar. Vem que a gente te explica nesse fio. 🧶
2. Na terça, 15, Garcia, três filhos e sua ex-mulher foram denunciados pelo @MPF_SC por lavagem de dinheiro em um esquema com contratos públicos. Um empresário ex-genro do deputado repassou R$ 3 milhões à família Garcia em pagamentos de contas pessoais.
3. O esquema revelado na denúncia mostra uma intrincada rede de poder que envolve Legislativo, Executivo, Judiciário, Tribunal de Contas, empresas e a imprensa catarinense. É nesse cenário que Garcia transita com "proeminência", destaca o MPF.
4. Os procuradores ilustram a desenvoltura de Garcia no Judiciário com imagens de confraternizações com desembargadores e docs em que magistrados indicavam parentes para cargos na Secretaria de Administração do Estado, órgão central do esquema de corrupção.
5. Na lista apreendida pela @policiafederal, há o nome do atual vice-presidente do TJSC, João Blasi, citado como responsável por indicar um primo. Rodrigo Collaço, que presidiu o @tjscoficial até janeiro, teria indicado um cunhado. Os 2 magistrados negaram qualquer envolvimento.
6. Essa proximidade com desembargadores bem que seria útil se um dos pedidos feito por Julio Garcia para estadualizar a operação da PF Alcatraz, que resultou na denúncia do MPF, fosse aceito por TRF-4 ou @STJnoticias. Ele perdeu todos os recursos.
7. Garcia tb foi conselheiro do @TCE_SC por 8 anos. Na época, foi citado em delações da Lava Jato como negociador de propina para o PSD. Registros do TCE q conseguimos via LAI mostram q ele e o delator – que Garcia negou conhecer – se encontraram ao menos 12x.
8. No inquérito da Alcatraz há interceptações telefônicas que mostram o poder de Garcia na imprensa. Com Paulo Gallotti, diretor jurídico da @nsctvoficial (afiliada @RedeGlobo SC), trata sobre uma entrevista com o então governador dos estado Raimundo Colombo, do PSC.
9. Garcia e Gallotti ainda comentam um plano de fuga para o Paraguai do ex-deputado federal João Rodrigues, do PSD. À época do papo, em 2018, Rodrigues era alvo de um mandado de prisão do STF. Gallotti nos disse ele q e Garcia são "amigos há mais de 30 anos". Viva a amizade.
10. O processo impeachment contra @CarlosMoises trata da inconstitucionalidade de um reajuste a procuradores de SC. Mas o calvário do ex-bombeiro começou em abril, quando o @TheInterceptBr revelou um escândalo na compra de 200 respiradores para covid-19. theintercept.com/series/respira…
11. Na época, deputados demoraram menos de 24h para aprovar a abertura de uma CPI para apurar o caso. Esse ímpeto anticorrupção ficou no passado. Até agora, nenhum parlamentar catarinense, seja de PT, PSL, MDB ou PSD, fez qualquer comentário sobre a denúncia do MPF contra Garcia.
12. Agora só falta a comissão de 5 desembargadores e 5 deputados aprovar o relatório já aprovado pelos parlamentares. São duas Casas em que Garcia tem forte influência. Se aceito por maioria simples, Moisés é afastado por 180 dias e Garcia se torna governador – e ele tem pressa.
13. Denunciado com 3 filhos, Julio Garcia dedicou a sessão do impeachment a eles, que "deram força para chegar até aqui e que suportaram junto todas as dificuldades". Ele definiu a como “histórica, porém, sem ter o que comemorar". A família Garcia tem. theintercept.com/2020/09/17/tra…
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Ele denunciou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, e pagou com sua carreira. Conheça a história de Oscar Paris, um jornalista que perdeu empregos, enfrentou oito processos e foi boicotado por 16 anos. 🧶
Oscar Paris era um dos jornalistas esportivos mais respeitados do Nordeste quando publicou uma denúncia que expôs uma fraude no futebol.
Ele encontrou um documento falsificado que beneficiou um clube do interior da Bahia em mais de R$ 900 mil. O responsável pela fraude, segundo uma testemunha, era Ednaldo Rodrigues — hoje presidente da CBF.
Parece engraçado, mas o famoso “fantasma do comunismo” é usado desde a guerra fria para causar guerra psicológica na população, proliferando a criação de igrejas ultraconservadoras que existem até hoje. Em novo livro, historiador revela documentos inéditos que mostram como os EUA arquitetaram estratégias para combater o comunismo no Brasil usando a religião. 🧶
Enquanto o Brasil vivia uma ditadura militar, os EUA enviaram missionários cristãos para combater o comunismo aqui e popularizar versões reacionárias da fé cristã. Assim surgiram algumas igrejas ultraconservadoras que existem até hoje.
Há 50 anos, uma guerra psicológica ousada foi colocada em prática – e seus efeitos operam até hoje.
Preocupado em combater o avanço do comunismo, os EUA enviaram ao Brasil milhares de missionários de religiões e seitas evangélicas e católicas com um objetivo: popularizar versões reacionárias da fé cristã e, assim, conquistar corações e mentes.
O ultraconservadorismo religioso no Brasil de hoje tem uma raiz profunda: a guerra fria. Em novo livro, historiador revela documentos inéditos que mostram como operou a ‘guerra psicológica’ dos EUA para combater o comunismo no Brasil usando a religião.
Vem no fio 🧶
Enquanto o Brasil vivia uma ditadura militar, os EUA enviaram missionários cristãos para combater o comunismo aqui e popularizar versões reacionárias da fé cristã. Assim surgiram algumas igrejas ultraconservadoras que existem até hoje.
Há 50 anos, uma guerra psicológica ousada foi colocada em prática – e seus efeitos operam até hoje.
Jair Bolsonaro e seus sete aliados acabam de virar réus por tentativa de golpe de Estado.
O julgamento no STF avançou, mesmo depois das alegações mentirosas por parte da defesa, que tentou descredibilizar o processo. Separamos cinco dessas alegações. 🧶
O julgamento dos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro acaba de tornar réus Bolsonaro e mais sete de seus aliados. Mesmo que a análise da materialidade dos crimes tenha ficado em segundo plano no primeiro dia de tribunal.
Isso porque, além de lidar com interrupções escandalosas da extrema direita, os ministros do STF precisaram desmentir alegações da defesa de Bolsonaro e seus aliados, que tinham por objetivo impedir o julgamento. Confira algumas delas 👇🏼
A extrema direita tem um plano. E nós? Na terceira reportagem da série Senado do Alvo, fomos atrás dos senadores que resistem ao avanço ultraconservador no Senado para entender como evitar a perda de 12 das 16 cadeiras que têm.
Vem no fio 🧶
Resistir e se unir aos moderados. Este é o norte da estratégia da esquerda para barrar o plano de dominação do Senado da extrema direita para as eleições de 2026.
A extrema direita quer os poderes exclusivos da Casa, entre eles o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal.
Já explicamos por que a extrema direita tem o Senado como centro da estratégia para 2026. Agora, na segunda reportagem da nossa série, você vai entender o mapa e a matemática desse plano. Prepare-se.
Vem no fio que a gente explica 🧶
O plano da extrema direita para dominar o Senado tem um número mágico: 16.
Ele indica as cadeiras que faltam para garantir a maioria no plenário e a presidência da Casa a partir de 2027, o que abre caminho para ter em mãos poderes exclusivos da casa legislativa, como o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal.