MAGALU, RACISMO, IMMANUEL KANT E O CAPITALISMO
O primeiro argumento a favor de Magalu é o necessário combate ao racismo estrutural, com o qual concordo em gênero, número e grau. O segundo, importante também, deriva de "Ideia de uma história universal sob um ponto de vista
cosmopolita", no qual Kant afirma que a insociável sociabilidade humana resultará na elevação moral da sociedade. Vamos supor que Magalu não tenha como objetivo combater o racismo, mas apenas conquistar mercado e aumentar o faturamento. Neste caso, terá sido seu interesse privado
insociabilidade para Kant, que resultará em mais oportunidades para os negros, que é a sociabilidade e a elevação moral. A busca do interesse privado capitalista resultará em mais igualdade entre as raças. Os racistas mobilizarão a justiça contra Magalu. Caso a justiça acate a
demanda racista ela estará interferindo na iniciativa privada em busca do aumento do lucro. Iniciativa essa que não fere nenhum preceito legal de nosso país. O aumento da escolaridade e do poder de consumo dos negros no Brasil, que está ocorrendo, irá impor a nossas empresas,
cada vez mais, ações semelhantes àquela tomada agora por Magalu. O que Magalu fez encontrará resistências, claro, mas vencerá porque está inteiramente de acordo com o sistema econômico no qual vivemos. Kant acertou mais uma vez.
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(1/n) LULA E A MOTIVAÇÃO PARA SER PRESIDENTE
Não é preciso conviver com Lula para avaliar que sua motivação para ser presidente, hoje, é muito menor do que em 2003 quando assumiu o cargo pela primeira vez. Naquela quadra histórica não apenas ele era um homem na faixa dos 50 anos
(2/n) de idade, mas o que mais importante, a esquerda chegava ao poder pela primeira vez no Brasil. Era preciso deixar a sua marca, mostrar para a elite que os que vinham de baixo poderiam fazer melhor. O tesão e a motivação para governar não tinham limites. Tudo era novidade
(3/n) e tudo estava por fazer do ponto de vista político, ao menos para a esquerda. O tão almejado e cultivado sonho de comandar o país tinha sido realizado. Na eleição de 2022 certamente a motivação de Lula para retornar ao poder também era grande, ao menos por dois motivos.
(1/n) LULA, SEU ELEITORADO, CORTE DE GASTOS E O MERCADO FINANCEIRO
Essa matéria é bem interessante. Ela mostra em um texto só alguams coisas: que Lula deu grande peso à comunicação política e, portanto, à sua imagem e de seu governo na divulgação do corte economia.uol.com.br/colunas/gracil…
(2/n) de gastos (maldade); que importantes agentes do mercado gostaram de tudo, menos da isenção do IR para quem ganha até 5 mil; e que há uma leitura de que a política derrotou a técnica.
Lula desejava evitar que ele e seu governo (a esquerda) ficassem com a imagem de direita.
(3/n) Pensou Lula: "já que é inevitável cortar gastos e que ninguém gosta disso, a não ser aqueles que não dependem desses gastos (não é meu eleitorado), então é preciso chamar atenção de algo que não sejam os cortes". Foi aí que entrou a isenção do IR. Com essa medida Lula
(1/n) GRANDES DERROTADOS DA ELEIÇÃO DE 2024:
PT e BOLSONARO (com implicações diferentes)
Bolsonaro perdeu porque traiu vários governadores de direita - Caiado, Ratinho Jr., Zema - apoiando nas capitais candidatos contrários aos de seus respectivos governadores, sendo que os
(2/n) apoiados por Bolsonaro foram todos derrotados. Pior, não se empenhou na campanha de Ricardo Nunes e ele venceu. Bolsonaro é considerado hoje por toda a elite de direita, mais do que antes da eleição, uma figura não confiável. Em suma, a direita quer se livrar de Bolsonaro.
(3/n) O PT foi o segundo grande derrotado porque o eleitorado confirmou que não o quer no estado de São Paulo e nas grandes cidades. O partido de Lula está muito fraco no Sudeste e no Sul, as regiões mais ricas do país, e cresceu nos grotões do Brasil, onde há menos
(1/N) O QUE MALAFAIA EXPRESSOU SOBRE BOLSONARO
Bolsonaro saiu muito queimado das eleições municipais junto a quem lhe poderia apoiar na elite política. Não fez campanha para Nunes em SP enquanto Tarcísio arregaçou as mangas e deu a cara a tapa. Lançou candidato em Curitiba
(2/n) contra quem Ratinho apoiava. Fez o mesmo com Zema em MG e com Caiado em GO. A elite de direita nunca confiou em Bolsonaro e depois da eleição municipal de 2024 reforçou esse sentimento. Assim, isso pode vir a ter impacto na tentativa de anistiar Bolsonaro no Congresso.
(3/n) A ver. O fato é que a direita tem vários candidatos. Caiado se colocou e Tarcísio tem o apoio do PIB. As conversas entre Zema, Ratinho, Caiado e Tarcísio podem fluir melhor sem que Bolsonaro seja uma carta para 2026. Malafaia apenas expressou publicamente o que todos eles
(1/n) PT, UM PARTIDO DE MASSAS? NÃO
Lula é um político de massas, já o PT vem se mostrando ser um partido de elite, de quadros, desconectado do povo brasileiro. É compreensível que os professores de Ciências Sociais das universidades públicas tragam para o Brasil ideias
(2/n) importadas dos EUA. O que não dá para compreender é que um partido que busque a maioria de votos aceite essas ideias universitárias importadas. Vejamos algumas delas.
A esquerda universitária dos EUA decidiu que o melhor para combater o racismo é dividir a socidade entre
(3/n) negros e brancos, uma divisão binária, e optou por raça remetida à origem continental da África. O brasileiro utiliza a divisão ternária com o pardo entre branco e preto. Mas a nossa esquerda decidiu, contra uma importante resolução a ONU que afirma que cada indivíduo
OS POLÍTICOS E A POLÍTICA
Quem são os políticos que hoje comandam a política? Não apenas eles, mas também seus seguidores próximos. São, em sua grande maioria, gente que não deu certo em outras profissões, pessoas tecnicamente fracas. Uma espécie de lumpen. Em busca de uma
posição ao sol entraram na política. Além disso, não são pessoas que têm preocupação com interesse público. Muitos deputados, quando assumem seu primeiro mandato, confidenciam: “vim aqui para Brasília para enriquecer”. E conseguem. Fui testemunha dessa fala. Do lado da demanda,
há pessoas como nós. Relativamente apáticas, avaliamos que não temos como controlá-los e, por isso, cuidamos com afinco de nossa vida particular, privada. Não somente o Brasil é assim, toda a América Latina toca nessa toada, com algumas pequenas variações domésticas. Vejo militantes