Assim como qualquer assunto num país assombrado pela polarização, querem reduzir o debate sobre volta às aulas em “sim” ou “não”. Ou, melhor, no maniqueísmo entre malvados e bonzinhos. Nada é tão simples assim. Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia
É possível estabelecer mil e um arranjos e rearranjos para uma retomada mais segura, como manter professores em grupo de risco em casa, turmas reduzidas, rodízio de alunos, mudanças físicas em escolas e tudo mais. Mas isso depende de um protocolo bem desenhado. É isso que cobram.
Eu parto de dois pressupostos:
1. Educação é primordial e aulas devem voltar em algum momento; 2. Esperar uma vacina, sem previsão e que pode inclusive nem vir a acontecer, é inviável.
A partir disso, podemos recolher evidências, ouvir especialistas e entender o que é melhor.
Mas a gente precisa ter em mente que, com a retomada econômica, tem criança na rua; que existe bastante evidência do efeito duradouro na vida das pessoas tanto de evasão escolar quanto de interrupção das aulas (como pela Segunda Guerra ou o vírus Ébola); e que tem uma pandemia.
Aqui, meu recado é o seguinte; nada é tão simples nesse mundo. A discussão não se resume a “não” ou “sim”. Dá para falar de conectividade e diferentes desenhos para uma volta às aulas. O debate deve ser sério!
O PSDB tem data de óbito marcada pro mês que vem, quando deve ser absorvido pelo PSD ou pelo MDB.
A morte do partido tradicional da centro-direita (esse lugar que ocupava) é um sintoma de como nossa democracia degringolou.
A direita se radicalizou e os tucanos ficaram perdidos.
Tucanos históricos apoiaram Lula em 2022, começando pelo próprio Alckmin. FHC, Serra, Tasso Jereissati, Aloysio Nunes, José Aníbal, José Gregori, Pimenta da Veiga, Teotônio Vilela Filho etc.
O PSDB decidiu pela neutralidade. Acho que tem um bom retrato do que aconteceu nisso aí.
Enquanto a direita se radicalizava, o PSDB tentou acompanhar. E isso vem desde a oposição à Dilma no período posterior à eleição de 2014. O papel que assumiu, os questionamentos que fez, o impeachment que apoiou. Mas falhou em surfar a onda. Bolsonaro era o extremismo de verdade.
Vamos começar com um dos líderes da AfD, Björn Höcke, que chefia a sigla na Turíngia. Ele já foi condenado duas vezes por usar o slogan “Alles für Deutschland” (“Tudo pela Alemanha”), associado às SA. Em dezembro de 2023, fez uma multidão completar o lema. politico.eu/article/bjorn-…
Höcke também causou enorme controvérsia em 2017, quando criticou o Memorial do Holocausto, em Berlim, chamando-o de um “monumento da vergonha". Na ocasião, pediu uma "virada de 180°" na memória histórica alemã. Quem concordaria seria o debaixo.👇🏼
O Bolsonaro falou que acusam ele de querer um golpe desde 2019.
E, embora ainda em 1999 ele tenha dito ao vivo na TV que queria uma intervenção e guerra civil…
Eu diria que eu consigo PROVAR que o ex-presidente queria um golpe desde, pelo menos, 2020.
Duvida? Vamos ao fio👇🏼
15/03/2020: Contrariando as recomendações do próprio ministro da Saúde, Bolsonaro prestigia um protesto a favor do Governo – e com teor antidemocrático –, sem máscara e promovendo aglomeração. Tinha até faixa pedindo AI-5. E o país entrava em quarentena.
24/03/2020: Em pronunciamento na TV, famoso por ter sido aquele que definiu a Covid-19 como “gripezinha”, o presidente questionou as medidas de isolamento social adotadas por governadores e atacou a imprensa. Foi a virada sobre a pandemia. Será relevante:
Já está demonstrado que o Bolsonaro tentou dar um golpe. E o papel do Braga Netto também.
Vamos fazer uma cronologia apenas com alguns fatos:
07/12/2022: Bolsonaro apresenta um decreto golpista aos três comandantes das Forças Armadas.
09/12/2022: Bolsonaro se encontra com o comandante do Comando de Operações Terrestres (Coter). O general Estevam Cals Theofilo ofereceu as tropas para o golpe.
Naquela mesma data, Jair discursou em público para apoiadores: “Quem decide para onde vão as Forças Armadas são vocês!”
14/12/2022 (data provável): Em segunda reunião, um novo decreto golpista foi apresentado. Decretava estado de defesa. Os comandantes do Exército e da Aeronáutica se recusaram a participar da aventura; o comandante da Marina estava disposto a tentar um golpe ao lado do presidente.
Bom artigo do @CaracasChron explica por que falsificar atas eleitorais venezuelanas é uma tarefa muito difícil – e que qualquer falsificação seria facilmente identificável.
Isso para não dizer que é IMPOSSÍVEL uma boa falsificação dessas atas todas.
– Atas têm um "hash" no topo, um código de 32 dígitos que criptografa as informações da votação.
Cada ata também é assinada fisicamente por testemunhas e possui uma "assinatura digital" diferente do hash na parte inferior. Isso garante a integridade e autenticidade do documento.
(Lembrando que uma ata é o documento impresso quando a mesa fecha e o resultado é transmitido, mostrando todos os resultados dali)
– Fazer a máquina gerar uma nova ata seria impossível, dizem, porque exige uma senha compartilhada entre CNE e os partidos. Sem partido, sem chave.