Ele fez um peer-review (revisão científica) diretamente no Twitter, que acabou sendo uma boa aula de metodologia científica em saúde, apontando as fraquezas da pesquisa que fazem com que ela não nos permita concluir muita coisa com segurança (+)
Entre vários problemas: amostra pequena de pessoas pesquisadas, grupos muito diferentes comparados, não dava nem para afirmar que a pessoas pesquisadas usavam óculos (só que tinham problema de visão). Mas não pare de ler ainda que o melhor vem a seguir (+)
O mais grave: o estudo usava como base de dados uma amostra de pessoas de outro estudo, feito em 1987, quando nem havia covid!
"O máximo que você pode dizer desta pesquisa é que parece que menos pacientes com diagnóstico de covid-19 em um único hospital em Hubei tinham miopia do que alguns alunos do ensino médio em 1987
Não é nem sobre óculos!" (+)
Chocante né? (+)
Mas este é um caso até caricato. Também há pesquisa com cara de estudo robusto, focinho de estudo robusto, mas... quando avaliado com atenção, não passa pelos melhores crivos da ciência.
Meu ponto aqui é: não basta ter 1 estudo, seja preprint, seja publicado (mesmo em revista renomada) para concluirmos sobre uma hipótese.
Os estudos precisam ser bem feitos e de preferência ter vários parecidos de outros pesquisadores e lugares apontando a mesma conclusão (+)
É claro que estamos no meio de uma pandemia, e algumas coisas ainda não há certeza, mas há indícios que podem ajudar (sem atrapalhar), e podemos adotar.
Tenho falado bastante aqui sobre a máscara ter possibilidade de reduzir a carga viral - algo que ainda não está provado (+)
Mas seria só um motivo a mais para não abrirmos mão das máscaras: pode ser que quem contrai o coronavírus mesmo usando máscara, contrai uma carga viral menor e, portanto, terá uma forma mais leve da doença (o que ainda está em estudo também). (+)
Enfim, eu sei que não é simples, mas a gente tem que encontrar uma forma de usar o melhor da ciência numa situação de emergência como a pandemia.
Mas sem ser leviano e prometer algo que ninguém pode dizer com certeza ainda.
💇♀️Adivinha qual desses fios de cabelo, mostrados em microscopia eletrônica, passou por escova progressiva mais descoloração? (+)
O da esquerda (aposto que você acertou).
Uma combinação de técnicas, entre elas o espalhamento de raios-X, foi capaz de mostrar, pela primeira vez em escala molecular, os danos que o alisamento ácido (progressiva) causa ao córtex, cutícula e camadas lipídicas da fibra capilar.
"Tratamentos como descoloração e alisamento, interagem com o cabelo em nível molecular, induzindo alterações em seus componentes e modificando as propriedades físico-químicas e mecânicas das fibras”, explica autora da pesquisa feita no Instituto de Física da USP.
🧠👵👴Não é só você que fica intrigado com aqueles idosos de 80+ que parecem ter uma memória e acuidade mental melhores que as suas.
A ciência já notou esses tipos, deu nome a eles (superagers) e anda investigando o que eles podem ter de diferente de nós mortais...
Esses estudo aqui acompanhou alguns deles, e além de confirmar com exames que eles parecem perder massa cinzenta mais devagar que a média, também buscou ver se haviam fatores de estilo de vida associados a isso.
De forma geral esses idosos tiveram menos depressão e ansiedade ao longo da vida, relataram dormir melhor e ter relações sociais mais satisfatórias, e eram mais rápidos nos movimentos. Anos de estudos, ao contrário do que mostraram pesquisas anteriores, não teve associação.
Estudo identifica mecanismo que pode estar envolvido com depressão e perda de memória na covid e pós-covid
Pesquisadores de USP, Unicamp e UFRJ mostraram que o Sars-Cov-2 infecta astrócitos – tipo de célula cerebral – e isso pode estar ligado a distúrbios neurológicos.
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Pesquisa identificou material genético do coronavírus em cérebros com focos de infecção nos astrócitos. Menos conhecidos mas tão importantes quanto os neurônios no sistema nervoso...
...eles fazem parte das chamadas células da glia, e têm funções como o suporte funcional e nutricional dos neurônios, os mantendo em estabilidade.
💉 Fabricar uma vacina não é o mesmo que desenvolvê-la. Não foram só as da covid: nenhuma das que são aplicadas hoje no PNI teve o desenvolvimento integralmente feito no Brasil.
🇧🇷 Mas quais são os problemas desta falta de autonomia? 👇
E será que podemos nos tornar menos dependentes de tecnologia externa quando o assunto são vacinas?
Em uma reportagem especial em quatro partes discutimos o cenário e entraves do Brasil no setor. Investimento apenas pontual, falta de apoio político e fuga de cérebros estão entre eles...
Uma festa na Coreia do Sul acabou em tragédia com +de 150 mortos. Presos na multidão, alguns sufocaram e outros foram pisoteados.
Mas o que causa este tipo de tragédia? E há algo que se possa fazer nessa situação para se proteger? Os cientistas têm algumas respostas, acompanhe👇
A partir de outra tragédia que cvitimou 362 peregrinos na Meca, filmada por vários ângulos, uma equipe do físico Dirk Helbing ajudou a explicar:
Trata-se de um fenômeno coletivo que ocorre espontaneamente quando a densidade de pessoas atinge um limite crítico:
6 pessoas por m2
Nesse nível, os contatos entre os corpos são tão intensos que até o menor movimento desencadeia uma onda de debandada que se espalha.
São ondas de choque, semelhantes às sacudidas sísmicas dum terremoto, fazendo as pessoas caírem no e serem submetidas a pressões esmagadoras.