um amigo me manda um artigo de um professor que lia na graduação e até gostava (Leonardo Avritzer). Além de uma argumentação desonesta e ressentida, ele me chama de "youtuber caetanista"
Eu tento manter o respeito pelo tipo sociológico do acadêmico, mas é muito difícil.
toda semana, e às vezes todos os dias, tem uma demonstração de boçalidade, espírito de casta, ar de superioridade e toques aristocráticos dignos de um personagem de Machado de Assis.
E todo esse ressentimento é sintoma de ciúmes. Recomendo psicanálise.
Falta de caráter. O sujeito escreve um texto e busca criticar uma suposta posição minha pela entrevista na Folha de SP. Falei aos quatro vezes o quanto a entrevista foi editada e até publiquei o áudio completo da entrevista no Revolushow.
O sujeito, além de esse expediente, começa o "debate" me desqualificando e chamando de "youtuber caetanista". Esse povo tá tão acostumado com subalternidade dos orientados, que acha que tem direito de xingar alguém e cobrar um debate saudável.
Você não tem caráter. Fim.
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Na sexta-feira aconteceu o debate entre Maria Lúcia Fattorelli e Paulo Kliass, conduzido por Mauro Lopes. O debate ajudou a deixar mais claro alguns problemas da abordagem teórica de Fattorelli e da Auditoria Cidadã da Dívida. Destaco alguns pontos.
Como destaca corretamente Fred Krepe em vídeo recente, Fattorelli demonstrou não entender a diferença entre dívida interna e externa. Ela chegou a dizer que os títulos da dívida interna também estão nas mãos de estrangeiros, o que não MUDA NADA na dinâmica objetiva da questão.
Recomendo bastante o vídeo de Krepe. Reforço, também, que comparar a situação brasileira com o Equador e Grécia, dois países sem moeda própria, só mostra a incompreensão da diferença entre dívida interna e externa.
A notícia de que a parcela da população preta e parda com ensino superior quintuplicou nos últimos 22 anos é ótima. Mérito das lutas populares dos movimentos negros e dos Governos Petistas que abraçaram essas pautas. Dito isso, alguns questionamentos importantes.
- Reduziu as desigualdades sociorraciais?
- Mudou o papel da população negra na divisão social do trabalho?
- A desigualdade de renda, riqueza e propriedade foi alterada?
- Isso garantiu mobilidade social expressiva para população negra?
As respostas, infelizmente, são não, não, não e não. Esse dado importante, se bem lido, deveria ajudar a enterrar o mito liberal de que educação sozinha promove igualdade e mobilização social e corrige "injustiças históricas".
Tem resultado zero a tendência de apontar em figuras como Nikolas Ferreira, Marcos Feliciano, Carlos Bolsonaro e afins uma suposta homossexualidade encubada. Assim como a ideia de que Bolsonaro é corno. Para além de problemas éticos políticos,
sendo bastante questionável (para dizer o mínimo) adotar essa linha discursiva, uma questão adicional é o resultado disso. Funciona? Por exemplo, faz mais de 10 anos que gente progressista faz isso com Marcos Feliciano. Ele perdeu voto, força política, influência, base de apoio?
A resposta é não. E não se trata de um "politicamente correto". É só não achar bonito uma performance que só agrada já convertidos e serve para gozo próprio e não tem efeito político nenhum. Isso me parece sintoma de impotência política. Sem tática para combater o adversário,
Após a extrema-direita começar a defender, de forma cínica e hipócrita, direitos sociais como o BPC, o abono salarial e o Fundeb — os mesmos que historicamente atacaram e desmontaram —, a esquerda neoliberal, que inicialmente tentou justificar o pacote de cortes
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com falsas promessas, agora recua, acuada. No começo, venderam o pacote como se fosse um avanço, inventando que incluía taxação de ricos, isenção de imposto de renda e o fim de supersalários, enquanto ocultavam os ataques ao BPC, ao abono salarial e aos direitos da maioria.
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Essa postura não foi apenas desonesta, mas também serviu para desmobilizar a classe trabalhadora e enfraquecer a resistência coletiva. Inclusive, se recusaram a assinar o Manifesto contra o pacote e a apoiar iniciativas que realmente enfrentassem
Vivemos numa sociedade de classes. A desigualdade de classes influencia tudo, inclusive o funcionamento das organizações revolucionárias. Mas é possível reduzir o efeito das desigualdades de classe nas organizações. Um exemplo do que fazer e outro do que NÃO FAZER.
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Começando com o que fazer. No XVII Congresso Extraordinário da Reconstrução Revolucionária que deu origem ao PCBR, tudo foi COLETIVIZADO: hospedagem, alimentação, passagem. Todos os delegados do congresso ficaram hospedados no mesmo espaço (ENFF), tiveram a mesma alimentação
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e as passagens foram centralizadas e NINGUÉM deixou de ir ao congresso por falta de dinheiro. Até coisas "menores", como roupa de frio, teve ação coletiva. Não importou o nível de renda de cada militante. Criamos as CONDIÇÕES MATERIAIS para todos participarem do Congresso.