Está todo mundo mentindo sobre os ataques ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e você governista fanático é que está certo.

Vivemos numa sociedade de classes. A desigualdade de classes influencia tudo, inclusive o funcionamento das organizações revolucionárias. Mas é possível reduzir o efeito das desigualdades de classe nas organizações. Um exemplo do que fazer e outro do que NÃO FAZER.

👇 Começando com o que fazer. No XVII Congresso Extraordinário da Reconstrução Revolucionária que deu origem ao PCBR, tudo foi COLETIVIZADO: hospedagem, alimentação, passagem. Todos os delegados do congresso ficaram hospedados no mesmo espaço (ENFF), tiveram a mesma alimentação

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Elitismo, racismo e covardia: o caso de Luis Felipe Miguel

Já se passaram quatro anos desde que Caetano Veloso me citou em um programa de relevante audiência na TV. Quando isso aconteceu, um monte de acadêmicos majoritariamente brancos, classe média e do sudeste, partiram para o ataque. Foi, basicamente, pânico moral, acusações, xingamentos, tentativas de me comparar com Olavo de Carvalho e taxar eu e Domenico Losurdo de "neostalinistas" e "autoritários". Luis Felipe Miguel e Leonardo Avritzer foram os autores dos maiores chiliques.

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Como já disse em vários vídeos, a questão central, frente a religiosidade do nosso povo, é interpelar como trabalhador, como classe, como explorado, e não como sujeito religioso. E até as referências religiosas são usadas para fortalecer o sentido de classe. Explico.

👇 Você está fazendo uma fala para um grupo de trabalhadores religiosos e cita, por exemplo, a famosa frase bíblica dizendo que "não se pode servir a dois senhores" e usa isso para tratar de interesses de classes antagônicas. A referência bíblica captura atenção para uma reflexão
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Fascismo, liberalismo e os otários

O Globo e Folha de São Paulo soltaram o comando para unificar todo discurso da extrema-direita. A ideia é colocar a culpa da maior tragédia da história do Rio Grande do Sul no Governo Dilma. Logo, no PT, em Lula, etc. A operação é simples. Um título sensacionalista na matéria (a maioria vai ficar só no título mesmo), começa a circular nos grupos de zap, toda extrema-direita direita vai repetir. Em seguida, talvez na segunda ou na terça, vão pegar alguma mentira lateral do fascismo nacional para desmentir.

Como operar de maneira errada uma boa ideia!

A fuga de cérebros é um problema gigantesco para o Brasil e todos os países dependentes. É um problema gravíssimo desde uma perspectiva econômica, política, tecnológica e de soberania nacional. Vamos falar do problema em si primeiro. Os centros do imperialismo, como Estados Unidos e União Europeia, por sua posição de destaque na produção tecnológica mundial, são em si polos de atração de cientistas e pesquisadores do mundo todo (melhores salários, estrutura, condições de vida, maior prestígio etc.)

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Até onde estou informado, o escrito mais sistemático que Marielle Franco deixou com suas ideias é a sua dissertação de mestrado. Na pesquisa, Marielle faz um debate sobre NEOLIBERALISMO, Estado penal e as UPPs. Na reflexão de Marielle, fica claro que no fundamento de toda

👇 política de segurança pública temos um projeto de sociedade e de economia política. A dissertação de Marielle, muito bem fundamentada, mostra como não resolvemos o problema da segurança - e construímos outro paradigma de política no setor - sem um projeto político-econômico.

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O holocausto foi um dos genocídios no século XX. Teve massacre no Congo, na China, no Vietnã, na Argélia, no Quênia, na Armênia, na Europa Oriental etc. Para termos a dimensão da barbárie que foi o holocausto não é necessário reduzir a um evento único. Fazer isso é uma operação

https://twitter.com/veramagalhaes/status/1759224927578738804

que impede de entender plenamente o que foi o nazismo. Hitler, por exemplo, repetidas vezes comparava a sua "solução final" com o extermínio dos "peles vermelhas" nos EUA e com os massacres britânicos na Índia e China.

Isso aqui é um falso debate. Colocar em termos abstratos ser oposição à esquerda ou não ao Governo Lula só oculta a questão central e concreta. E qual é a questão? Como enfrentar a extrema-direita. Aqui aparecem duas linhas: uma majoritária, outra minoritária.

EXPLICO.

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https://twitter.com/eliasjabbour/status/1740551214671257625

A linha majoritária é só focar na crítica à extrema-direita, ignorando o neoliberalismo, os ataques ao povo trabalhador e normalizando tudo que vem do Governo - inclusive comemorando elogio de bancos, alta na Bolsa de Valores e boas avaliações do FMI, Banco Mundial etc.

Aproveitando a história do bombado traficando de crack, bora pensar uma questão. O Brasil é o segundo maior consumidor do mundo de cocaína, só perdendo para os Estados Unidos.

O que isso significa? Significa uma logística gigantesca.

Se liga. O Brasil não produz cocaína. Isso significa que portos, aeroportos, transporte rodoviário e sobre trilhos são mobilizados para coordenar a importação de toneladas de drogas.

É o traficante da favela que comanda isso? Não.

A esquerda do "Não"

No festival Afropunk tinha uns letreiros políticos. Era uma série de bandeiras. Quais bandeiras? As bandeiras do "não". Não ao racismo, sexismo, machismo, homofobia, lesbofobia, capacitismo etc. Todas bandeiras válidas e indispensáveis. Mas vamos além.

👇 A propaganda escolhida pelo festival é um ótimo sintoma de uma tendência das esquerdas na América Latina, Europa Ocidental, EUA e Canadá. Não sabemos dizer o que queremos, seduzir, conquistar, encantar as pessoas. Apresentar um horizonte de felicidade e prazer.

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A extrema direita conseguiu uma força absurda nas organizações policiais e militares. Aí chega para sanção presidencial uma Lei Geral da Polícia Civil (onde, em média, as esquerdas têm mais influência que na PM) que amplia ou concede uma série de direitos trabalhistas. O que o Governo Lula faz? Veta vários pontos com conquistas trabalhistas para as categorias. A descrição dos principais pontos vetados está na matéria. Os grupos de polícias estão em polvorosa com isso. Circulando em todo canto e com força.

Tragédia, comédia e farsa

Hoje, no Valor Econômico, Guilherme Mello, secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, DESMENTIU o presidente Lula e disse:

"Hoje não trabalhamos com revisão da meta. Nosso cenário-base é de zerar o déficit fiscal no ano que vem"

👇 Acompanhe. O Governo Lula, meses atrás, estabeleceu uma meta imbecil, criminosa e liberal de déficit zero para 2024. Simplificando muita a coisa, a consequência imediata disso é uma avalanche de corte de gastos públicos (austeridade) e desaquecimento da economia.

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Nota publica de um coletivo de judeus antissionistas (nome da organização no card, em inglês). Um dos membros da organização me enviou para divulgação.

Leiam, por favor

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O BNDES e a privatização de presídios.

O BNDES, via sua assessoria de imprensa, soltou nota sobre a questão. A nota tem várias mentiras, omissões e meias verdades. Terei que fazer um fio longo para mostrar os problemas da nota do BNDES. Acompanha!

agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/… Michel Temer, depois do golpe de 2016, criou o Programa de Parcerias de Investimento (PPI). É um programa para incentivar as PPPs em vários setores da economia, no âmbito da desestatização proposta por Temer.

Link do decreto: planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato…

Sobre o combate ao fascismo na "batalha das ideias".

O fascismo, no debate de ideias, precisa ser desmontado teoricamente, mas com um tom político de antagonismo irreconciliável, deboche, escárnio, nojo, repulsa. Não faz sentido um debate respeitoso com o fascismo.

👇 Em segundo lugar, acho compreensível um veículo jornalístico de esquerda entrevistar (para desmontar) Olavo de Carvalho em 2018, por exemplo. Ele já era hiper famoso, já era o líder teórico de um movimento político e eleitoral de milhões. A entrevista não deixaria ele famoso

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Fascismo, cansaço e a sensação de "nada muda".

Nasci e cresci na favela da Borborema, em Recife. Sai da Borborema com 27 anos. Foram 27 anos seguidos com minha rua alagando em tempos de chuva. Mudou prefeito, governador, presidente, partidos dominantes e a rua do mesmo jeito. Lembro de ouvir várias vezes da minha mãe que "político é tudo safado" e "nada muda". Compreensível minha mãe e as pessoas da rua falarem que "nada muda", afinal, em 30 anos de democracia burguesa, no geral, os problemas centrais seguem ali iguais ou piores. Pense uma coisa.

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Camaradas, hoje, na reunião do Comitê Central do PCB, eu, Ana Karen, Gabriel Landi, Gabriel Lazarri, Ivan Pinheiro e mais alguns camaradas foram expulsos do PCB. 10% do Comitê Central foi expulso do partido e das instâncias de direção no mês de julho! Quando tive que me pronunciar publicamente sobre o que estava acontecendo no CC, muitos camaradas criticaram o mérito, falaram de debate interno, das instâncias. Entendo e respeito. Mas vamos encarar a realidade. A maioria do CC e a CPN atua como uma fração e destruiu a unidade.

Camaradas, circula uma imagem com foto minha, de Marielle Franco e bandeiras do PCB. Essa imagem NÃO FOI PRODUZIDA por mim, mas por um Streamer cirista que não tenho nenhuma relação política/pessoal. A partir dessa imagem, e uma frase fora de contexto, estão espalhando mentiras. Por pontos.

A) nunca me comparei a Marielle ou muito menos fiz uma crítica ao PSOL ou algo do tipo. Tenho profundo respeito pela memória da camarada Marielle, seu legado político e produção teórica.

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Camaradas: no XVI Congresso do PCB (2021) fui eleito para o Comitê Regional de Pernambuco (na etapa estadual) e para o Comitê Central do partido (na etapa nacional). Porém, no último dia 08, fui expulso de todas as instâncias de direção do PCB, em reunião do Comitê Central

👇 (e só vim a público agora esperando acabar a tarefa da UJC no Conune. Ao contrário da maioria do CC que nada fez para ajudar no Conune, tenho compromisso com o trabalho positivo dos comunistas). O processo que me condenou fere nossa forma organizativa, resoluções e estatuto.

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Ser um exilado político é uma condição bem concreta. É ter que sair do seu país para evitar uma morte, prisão e/ou todas as formas de violência possíveis sem nenhuma garantia legal. A certeza da violência, inclusive, é o que gera o exilado político.

👇 Fora dessa condição de certeza de uma violência indiscriminada sem garantias legais, não existe exílio político. Existe sair do país por vários motivos. Tudo certo. Direito de cada pessoa. Mas falar em exílio é um desrespeito com a memória e história da América Latina.