{SOBRE A POLÊMICA DA INCLINAÇÃO DA CURVA DE JUROS NO LONGO PRAZO]
Em primeiro lugar isso não tem apenas relações com a situação fiscal do país e está ocorrendo no mundo todo. Em segundo lugar, mesmo com o prêmio de risco mais elevado (1/6) uk.reuters.com/article/idUKL5…
o custo de tesouraria (financiamento) com para o Tesouro Nacional são os mais baixos da nossa história! ou seja, ainda assim essa elevação na curva de juros de LP não está encarecendo sobremaneira o custo da dívida inteira. valor.globo.com/financas/notic… (2/6)
O que está havendo é uma mudança no perfil do endividamento, com uma maior preferência por títulos pré-fixados de curto prazo. Mudança na composição não significa "dificuldade" de financiamento. Nós não vamos quebrar. (3/6)
"O custo médio de emissão de nova dívida interna federal nos 12 meses até julho foi de 5,1%, em comparação com quase 7% no final do ano passado e mais de 14% quatro anos atrás." Além disso, a elevação dos juros não vale para o estoque de dívida, só para lançamentos novos (4/6)
O câmbio não vai explodir por hora e os estrangeiros sempre foram bastante minoria entre os detentores de títulos da dívida brasileira. Felizmente nós temos capacidade de manejo macroeconômico, principalmente por conta das reservas cambiais (5/6)
Por fim, para voltar a aproximar as duas taxas de juros, de curto e de longo prazo, o Banco Central poderia agir na compra desses títulos no mercado primário, como o FED nos EUA fez. (obviamente para isso precisaríamos de uma PEC) (6/6)
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Para refletir: há uma parte da esquerda que, com razão, cobra do Lula mais ousadia na apuração de crimes contra a pátria. Bradamos: “sem anistia”; queremos apurraçao da tentativa de golpe em 8 de janeiro; comemoramos a ineligibilidade de Bolsonaro. Só que parte desses (1/
Chamam o governo Venezuelo de Ditatorial por fazer, exatamente, isso. A direita golpista, la, ainda foi muito além. Fizeram coro com as mais de 900 sanções internacionais que atingem o país, que ferem o acesso, inclusive, a alimentação. Há um cenário de guerra (2/
Houve congressista que se autodeclarou presidente e causou uma enorme instabilidade política e econômica, com muitos impactos na vida das pessoas. Ainda assim, na Venezuela chavista (ultimos 25 anos) houve 31 eleições. Nenhum paíse teve tanto chamado as urnas (3/
A pedidos (ninguém pediu) aqui vai minha opinião: péssimo esse estigma de que Haddad é uma “taxador” de pobre. Sobretudo pensando se o exemplo forem as importações de bens de consumo (o que deixou de existir nos anos 90). Mas isso aconteceu, xingar as pessoas nao muda o fato (1/)
Essa imagem hypou, por motivos tacanhos, principalmente pela oposição liberal de direita. O melhor a fazer é pensar em como elaborar bons argumentos que envolvem, por um lado, fazer a crítica ao peso dos tributos sobre o consumo na arrecadação agregada. Ela é muito elevada (2/n)
E, por natureza, regressiva. Isso é diferente de taxar importação. Isso é isonomia tributária. Mas os tributos sobre consumo são, sim elevadíssimos e produzem desigualdade. Para reduzi-los e não comprometer as necessidades fiscais do Estado, é necessário aumentar a tributação (3/
Cansada de discussões supéfulas e desrespeito nessa rede, mas aqui vão meus dois segundos de prosa. 1. Quem toma “neoliberalismo” no abstrato da teoria comete o primeiro erro: as definições são produto da realidade concreta. Ainda que os (1)
Neoliberais tenha criado a ideia de “políticas sociais focalizadas” como o bolsa família, no Brasil o programa adquire caráter distinto. A idéia dos neoliberais é SUBSTITUIR as políticas universais pelas focalizadas. Nos governos Lula o bolsa família caminhou CONJUNTAMENTE (2)
Com o fortalecimento das políticas universais, em especial ampliando a educação pública, a saúde, recuperando os gastos com seguridade social ao atrelar os aeis benefícios ao salário mínimo que CRESCEU 76% em termos REAIS (descontada a inflação) (3)
O Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica (CECON/Unicamp) escreveu uma nota comparando o poder de compra do salário mínimo nos governos Lula e Bolsonaro (segue o fio 🧵)
A política de reajuste do salário mínimo é um dos principais determinantes da condição de vida da maioria da população brasileira. Na última Pesquisa da PNAD contínua, quase 70% da população auferia um salário mínimo ou menos como renda domiciliar per capita.
Além disso, o piso dos benefícios do sistema de pensões e aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é o salário mínimo. Assim, 59,4% dos beneficiários do Regime Geral, ou quase 19 milhões de aposentados e pensionistas, recebem salário mínimo.
O RISCO DE ACHAR QUE O OUTRO LADO NÃO JOGA: tenho visto aqui algumas ponderações sobre a expansão, também privada, do ensino superior. O argumento é que esses estudantes, pela composição dos currículos , viraram neoliberais e bolsonaristas (🧵)
O erro, na minha opiniao, dessa associação é, em primeiro lugar, que ela pressupoem que nosso trabalho militante não é o de disputar esses estudantes, mas de interditar seu acesso. Segundo, parece que tudo isso sao erros do PT, como se o outro lado nao jogasse
Parece que antes do ProUni e Fies nós estávamos a beira do socialismo, e foram os monopolios privados que “despolitizaram” e “endireitaram os estudantes”. Os estudantes das excelentes universidade privadas e mesmo das públicas também votaram em bolsonaro
O mais importante é que o FIES e o Prouni nunca “substituiram” os investimentos e ampliação no ensino superior público. Aqui tem curto e longo prazo. Temos que ofertar vagas para os filhos da classe trabalhadora HOJE, ao mesmo tempo em que ampliamos o ensino público. 🧵
A construção de universidades e a sua ampliação levam tempo. O REUNI é esse planejamento de longo prazo. Mas foi muito importante o Pouni e o Fies porque meus colegas do julinho acessaram a universidade assim. A palavra é contraditório, no melhor sentido do termo.
A contradição ocorre porque os grupos privados se assentam nessa desoneração de tributos, mas essas são as contradições do capitalismo subdesenvolvido e o do Brasil onde ensino superior sempre foi privilégio da classe média.