(1) Na apresentação do RD Day hoje, a Raia Drograsil, entre outras iniciativas, anunciou o lançamento de sua plataforma de saúde. Apesar de ser uma iniciativa interessante e com bastante potencial, a RD não foi a primeira empresa listada a ter essa ideia.
(2) Antes, uma breve explicação sobre plataformas de saúde: elas possibilitam interações entre os consumidores e os prestadores de serviço, além da integração de produtos e serviços de saúde de forma a garantir a qualidade e a eficiência ao longo da jornada do paciente.
(3) Quem ganha com a plataforma de saúde? De um lado, os prestadores inseridos na plataforma conseguem ofertar mais produtos e serviços,
(4) do outro, os planos de saúde que incentivarem o uso da plataforma ganham por ter mais informações sobre seus beneficiários e por ter uma menor sinistralidade ao longo do tempo devido a maior prevenção dos pacientes que utilizam a plataforma.
(5) O consumidor final também ganha, já que pode ter maior comodidade no controle da sua jornada de saúde e também poderá sofrer menos com reajustes do seu plano de saúde caso a sinistralidade realmente diminua.
(6) Um dos desafios da dona/criadora da plataforma é monetizar a plataforma. Uma das alternativas é cobrar pelo uso da plataforma direto do usuário final, mas quanto esse cliente estaria disposto a pagar?
(7) Outra alternativa seria cobrar dos prestadores presentes na plataforma um fee por cada vez que o serviço for contratado pela plataforma. Também é possível cobrar diretamente dos planos de saúde por cada cliente que utilizar a plataforma. Enfim, são inúmeras possibilidades.
(8) No inicio do mês, o Fleury também anunciou a criação da sua plataforma de saúde: o saúde iD. Mas afinal, quem tem diferenciais competitivos maiores nesse segmento, RD ou Fleury?
(9) De um lado, o Fleury tem a fortaleza de uma extensa rede de médicos parceiros que podem incentivar o uso da sua plataforma, além de um histórico importante de relacionamento com operadoras (planos) de saúde.
(10) No mais, por estar bem no meio da cadeia do setor de saúde, nossa impressão é de que o Fleury consegue ter uma visão mais abrangente e acurada sobre os principais desafios por trás dos custos médicos.
(11) Por outro lado, no entanto, vemos a RD como uma melhor operadora de varejo, capaz de alavancar a venda de produtos dentro da plataforma de saúde. Além disso, a Raia possui mais de 2 mil pontos de venda espalhados pelo Brasil,
(12) e uma alta frequência dos clientes em suas lojas, o que pode ajudar na adoção de sua plataforma.
(13) Não sabemos quem vai ser a grande vencedora desse jogo, mas achamos que as plataformas de saúde terão um papel crescente diante do desafio de sustentabilidade do setor de saúde no Brasil.
Qual a sua opinião? Quem acha que vai ser a grande vencedora do mercado de plataformas de saúde?
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Veja na imagem abaixo que, ao contrário de 2013 quando éramos importadores líquidos (short petróleo), hoje o Brasil (e a Petro) é exportador líquido de petróleo. Sim, ainda importamos combustíveis que não conseguimos produzir nós mesmos (refinando petróleo nosso)
mas esses barris são poucos frente aos barris que exportamos de petróleo. A Petro importa hoje ~0,4mn de barris de combustíveis/dia, mas exporta 0,9mn de barris de petróleo bruto/dia. Ela atende o mercado interno com essas importações + refino de petróleo próprio aqui no Brasil
1. 🐽🌽Vamos falar de BRF? A empresa anunciou um plano ambicioso ontem, buscando mais que triplicar o tamanho da Cia na próxima década, sem aumentar alavancagem e concomitantemente retornando o pagamento de dividendos.
2. Para chegar no grande plano de ontem, precisamos rever os últimos 3 anos, período em que a Cia passou por um grande “turnaround” nas suas operações. De 2018 até hoje, a empresa promoveu ampla renovação no seu conselho de administração e diretoria.
3. A receita líquida cresceu em +8% no período, elevando o lucro operacional caixa (EBITDA) em +83%. Sua divida liquida caiu -7%. Sua alavancagem, medida em divida líquida/EBITDA caiu de 6,0x em 2018 para 3,0x em set/2020.
1. Vamos comparar a Weg com uma empresa americana de componentes industriais ligados à energia renovável? A Weg vocês já conhecem. A outra se chama Generac, uma empresa pouco conhecida mas com um histórico que impressiona.
2. Hoje a Generac é focada em geradores de energia, principalmente geradores "standby" que são acionados no momento de uma queda de energia. A Weg também produz geradores, mas seu negócio como um todo é mais diversificado. Curiosamente, as empresas tem vários aspectos em comum.
3. Ambas saíram de <$500mn de receita na década de 90 para ~$2,3bn hoje. A figura abaixo mostra a receita da Weg na esquerda, em reais. Na direita temos a receita da Generac em dólares. Veja que ambas cresceram de forma impressionante. A trajetória é até parecida, visualmente.
1. GM lançou em seu site de relações com investidores agora um vídeo do seu GM China Tech Day. Abaixo, elaboramos alguns destaques/novidades sobre os avanços da GM em veículos autônomos/elétricos, tema importante para nosso investimento na Cia.
2. O "Ultium Battery System" permitirá aceleração de 0-100km em 3 segundos. Provavelmente esse seria o sistema em seu melhor desempenho, não valendo para todos os modelos. Mas é bom saber que a tecnologia permite tanta aceleração.
3. Mundialmente, usuários do sistema SuperCruise, que permite direção autônoma em rodovias, já rodaram 10 milhões de KM com o sistema ativado. Estando nas rodovias compatíveis, os usuários ficam com o sistema ativado ~50% do tempo.
Embora o setor de serviços tenha começado a se recuperar, ainda segue muito mais fraco do que o varejo, onde as vendas já estão próximas dos níveis pré-crise.
2)O setor de serviços é naturalmente o mais afetado pelo isolamento social. Em linha com a evolução da doença, a volta a "normalidade" tem sido mais lenta aqui no Brasil. Em contraste, a forte queda das mortes/casos na Europa tem levado a rápida recuperação da mobilidade por lá.
3)Nos EUA, a mobilidade parou de subir puxada por estados que tiveram que voltar atrás na abertura: Flórida, Texas, Califórnia e Arizona.
1. Teve lição importante hj nos resultados da GM pro 2o tri. Segue o fio 👇🏼
A GM teve um consumo de caixa grande: $9bi, ou 25% do valor da Cia em bolsa. Dado as circunstancias, isso era esperado, devido a uma condição natural do negócio de montadora: o capital de giro negativo.
2. Montadoras são conhecidas por "espremer o fornecedor". Elas negociam prazos longos de pagamento, tão longos que superam o prazo de recebimento de recebíveis e de liquidação de estoque. Com isso, a empresa "se financia" com seus fornecedores em mercados de alta.
3. Isso permite a GM ganhar ainda mais $$ por carro do que somente o "lucro" gerado com cada carro vendido. Mas se é bom na alta, é muito ruim na queda. Qdo as vendas caem igual caíram no 2T, a GM perde mais que o "lucro cessante".