1- INDICADORES DE ANÁLISE TÉCNICA - A THREAD!
Aqui vai uma thread de compilação de indicadores de Análise Técnica. O objetivo dessa thread é apresentar um compilado de diferentes indicadores, falando sobre sua história, fórmula de cálculo e situações de uso. 🙂
2- O objetivo é educacional de despertar a curiosidade de vocês sobre diferentes indicadores. Caso goste de algum, sugiro fazer testes e encaixes em simulador .Caso tenha mais experiência, continue acompanhando a thread, pois ao final irei trazer indicadores mais exóticos
3- Médias móveis são os indicadores mais utilizados, e que servem de base para o cálculo de tantos outros. Logo, achei interessante começar por elas. Procurei trazer elementos que não prestamos tanta atenção, destrinchando a fórmula e identificando as proporções de pesos de cada.
4- Média móvel exponencial. Tipo de média móvel mais sensível às oscilações de preço, e com a utilização de fator de ponderação. Segue suas informações. Prestem atenção na diferença de peso do último preço em relação à média móvel aritimética
5- Hull Moving Average. Criada por Alan Hull em 2005 (não é o Hull do livro de derivativos). Uma média bastante agressiva às alterações de preço e com seu parâmetro principal sendo o desvio padrão do período, do que o período em si. Maiores explicações na imagem
6- Welles Wilder Moving Average. Criada por Welles Wilder (personagem importante na thread, continuem acompanhando) em 87 no livro "New Concepts in Technical Trading Systems" (mesmo livro que apreceu o IFR, ATR, e outros indicadores)
Vou continuar a série hoje. Já peguei pra trabalhar em outros indicadores
Extra de médias móveis. Me pediram pra comentar um pouco sobre aspectos operacionais da mesmas. Segue imagem
Extra de médias móveis. Imagens separadas
7- Ichimoku Kinko Hyo. Tenho uma admiração grande por esse indicador, sempre brinco que "um dia vou operar só usando ichimoku". Esse demorou bastante pra ser feito (estou desde as 10:0h colhendo material). No Brasil, foi destacado por Eduardo Matsura
7.2- Ichimoku Kinko Hyo. Descrição sobre componentes do indicador
7.3- Ichimoku Kinko Hyo. Aspectos operacionais e práticos do indicador
8- MACD. Moving Average Convergence/Divergence. Criado por Gerald Appel, 1979. Mto conhecido Ele mostra de maneira simples as diferenças entre médias, as médias da diferença, e evolução da distância entre as mesmas. Destaque pra interpretação (utilizei o material do @OgroWallSt
Sei que a lista está evoluindo devagar, mas estou procurando ser caprichoso com o material. Ainda tem cerca de 38 indicadores que selecionei pra thread que ainda faltam sair. Ao final, teremos os mais exóticos e que combinam elementos de tape reading com análise técnica
8.2- Difusor de Fluxo. É digno de nota esse indicador desenvolvido por Andre Moraes (sugiro a todos ouvir o @gaincast ).Segundo o próprio, é uma espécie de MACD modificado (com parâmetros de phicube), adicionado uma média longa. Suas configurações são EMA21 e EMA55 / EMA34 EMA89
9- Bollinger Bands. Desenvolvido por J. Bollinger nos anos 80. É mto interessante e seu estudo pode ser bastante aprofundado. Tem uma leve polêmica com relação ao teorema do limite central na estatística tradicional, mas que não pune a maestria de seu criador.
Vou almoçar agora e continuar a thread. Ainda tem muitos indicadores por vir, mas não deixem de acompanhar. Seria grato se puderem compartilhar com o máximo de amigos e marcar o maior número de pessoas possíveis :)
Tá dando muito trabalho mas está divertido :)
10.1- Índice de Força Relativa (IFR) Relative Strengh Index (RSI). Mto requisitado e que darei atenção especial. Primeiro veremos a leitura clássica (New Concepts In Technical Trading Systems), e depois a visão moderna da Constance (Technical Analysis for the Trading Professional
10.2 - Índice de Força Relativa -Constance Brown propõe uma leitura diferenciada do IFR, no livro Technical Analysis for the Trading Professional. A autora utiliza alguns conceitos de Gann e lança polêmica, dizendo que os indicadores precisam ter sua calibragem atualizadas .
11- Average True Range. Desenvolvido por Welles Wilder em New Concepts in Technical Trading Systems (1978). É um indicador interessante para medida de volatilidade e cálculo de tamanho de posição e stop. Sugiro ver o material do @vladluxx link:
12- Vwap. Volume Weighted Average Price, o preço médio ponderado pelo volume do dia. É um indicador muito interessante, sugiro observar o período semanal e mensal. Muito utilizado por players de execução passiva. Microestrutura é um tema que conheço mto pouco, mas interessante
12.2- Vwap Bands. Utiliza o conceito de bandas (ou envelopes), para indicar uma noção de extremos em relação a um determinado parâmetro, nesse caso, a Vwap. Não achei referências de onde surgiu, então vou falar por conhecimento pessoal, sem ref. bibliog. Imagem 3 de @assiscleber
13- Momentum. Indicador desenvolvido por Welles Wilder (mais um haha), que procura identificar uma medida de velocidade da tendência em um mercado ou ativo, medindo o preço atual em relação ao anterior. Segundo o autor, o conceito de momentum é muito importante pra tendência
14- Estocástico. Indicador desenvolvido por George Lane nos anos 50. Possui 3 variações (Rápido, Pleno, Lento). Indica níveis de sobrecompra e sobrevenda e podem ser observadas divergências. Irei fazer o próximo em especial sobre o Lendo, por ser muito popular aqui no BR
15- Estocástico Lento. Indicador muito utilizado no Brasil, e popularizado por Stormer. Possui operacionais muito interessantes. Link sugerido:
16 - Commodity Channel Index. Índice desenvolvido por Donald Lambert em 1980. Inicialmente foi criado para ser usado em commoditys, porém, com a sua popularidade foi sendo usado em outros ativos. Eu sei que o @leononatotrader usa ele, se quiser complementar algo fique a vontade
17- Rate of Change. Indicador simples que mede a variação percentual de um ativo em relação N períodos atrás. É bastante similar ao momentum, e existem formas de análise que consideram padrões de variação dos retornos
18- DI+ / DI- / ADX . Mais um indicador desenvolvido por Welles Wilder. Possui o conceito de movimento direcional, que segundo o autor, foi um dos que ele mais estudou. Operacionais incluem a utilização do ADX pra existência ou não de tendência, e DI+/DI- para determinar direção
19- On Balance Volume (OBV). Indicador volumétrico que soma o volume de dias com retornos positivos e subtrai de dias negativos. É um ótimo indicador para antecipação de rompimentos e avaliação se uma tendência está saudável ou não.
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(1/15) Ser um bom tader é uma questão de talento ou treinamento? Essa foi a pergunta que Richard Dennis e seu sócio procuraram responder na década de 80. Senhoras e senhores, essa é uma thread sobre o experimento dos “Turtle Traders’’.🧶
➡️Em 1983, Richard Dennis colocou à prova uma ideia radical: que grandes traders não nascem, são treinados. Com apoio de Bill Eckhardt, ele lançou um experimento: escolheu 13 pessoas com origens e experiências totalmente diferentes, deu a elas um treinamento intensivo de apenas duas semanas, entregou capital entre US$ 500 mil e US$ 2 milhões e as colocou no mercado real.
➡️Esses alunos ficaram conhecidos como Turtles, inspirados em fazendas de criação de tartarugas que Dennis viu em Singapura — onde se “produzia” em escala.
➡️O objetivo? Produzir traders de alto nível da mesma forma, com método, disciplina e repetição.
✅Resultado: 80% de retorno médio anual composto por quatro anos, operando sistemas simples, objetivos e baseados em lógica estatística.
Dennis não estava só formando traders — ele estava desafiando o mito do "talento nato" e colocando no centro da discussão o poder de um sistema replicável.
* A fonte dessas informações está no final da thread
(2/15) Um Sistema de Trading Deve Ser Totalmente Fechado
Richard Dennis e Eckhart não ensinaram apenas regras. Eles entregaram aos Turtles um sistema completo, fechado e mecânico — cada decisão de trading era feita de forma objetiva.
Um sistema de trading verdadeiramente completo precisa responder com clareza a seis perguntas operacionais:
•Quais mercados operar?
•Quanto comprar ou vender?
•Quando entrar?
•Onde posicionar os stops?
•Quando sair de uma operação vencedora?
•Como executar as ordens de forma precisa?
Segundo Dennis, se o sistema for testado e comprovado, a disciplina para executá-lo permite sobreviver até mesmo aos períodos mais difíceis — quando tudo em você grita para agir diferente.
“Se você sabe que seu sistema dá lucro no longo prazo, fica mais fácil segui-lo mesmo em períodos de perdas.”
A objetividade do sistema era o antídoto contra dois dos maiores vilões do trader: o medo e a euforia. O sistema Turtle automatizava decisões que, em traders comuns, seriam altamente vulneráveis a emoções de curto prazo.
(3/15) O Universo Operacional dos Turtles: Mercados Líquidos e Estratégicos
Os Turtles operavam somente mercados futuros americanos com alta liquidez — essa era uma regra absoluta.
Liquidez - os mercados a serem operados devem ter uma capacidade de absorver uma grande quantidade de ordens, sem grandes impactos de execução. Por isso, Richard Dennis evitou carnes e grãos, apesar de serem mercados muito operados na época:
•Grãos estavam saturados pelas próprias posições de Dennis, que já operava nos limites regulatórios.
•Carnes tinham histórico de manipulação e corrupção nos pits — fato confirmado anos depois em operações do FBI.
A lista oficial dos mercados operados incluía:
Chicago Board of Trade (CBOT)
•30-Year U.S. Treasury Bond
•10-Year U.S. Treasury Note
Chicago Mercantile Exchange (CME)
•S&P 500 Index
•Eurodollar
•90-Day Treasury Bill
•Swiss Franc
•Japanese Yen
•British Pound
•Canadian Dollar
•French Franc
•Deutschmark
Comex
•Gold
•Silver
•Copper
NY Mercantile Exchange (NYMEX)
•Crude Oil
•Heating Oil
•Unleaded Gas
Coffee, Sugar and Cocoa Exchange (CSCE)
•Coffee
•Cocoa
•Sugar
•Cotton
Cada Turtle tinha liberdade para escolher não operar em determinado mercado, desde que fizesse isso de forma sistemática. Não era permitido operar "de vez em quando" determinado ativo — ou seguia consistentemente um mercado, ou o excluía da sua watchlist.
Essa abordagem permitia uma diversificação inteligente, equilibrando commodities, moedas, índices e juros. A base era clara: o sistema precisava de tendências, e tendências surgem em todos os ativos — desde que o mercado seja profundo o bastante para absorver ordens técnicas.
1/n 🧶 “Costinha, o que você está enxergando por aí?”
O estudo clássico de intermarket compara o price action e performance relativa entre Ações/Commodities/Moedas/ Bonds ou Yields.
➡️ SP500 (SPY) - Tendência de alta no médio prazo de alta e perda de momentum no curto prazo. Falha de rompimento do topo anterior, patamares mais baixos no ROC e IFR.
➡️ 10Y (TNX) - Reversão de tendência de médio prazo. O movimento de abertura dos últimos meses perdeu força e podemos ter uma reversão para queda.
➡️ Commodities (DBC) - Reversão de baixa para alta no médio prazo e aceleração no curto pazo.
➡️ Dólar (UUP) - A tendência de alta do médio prazo perdeu força. No curto prazo, temos rompimento de linha de tendência e aumento da pressão vendedora.
2/n SP500 no gráfico semanal com um sinal de divergência no IFR - significa que o preço está fazendo topos mais altos, porém com “menos força”.
No gráfico diário, o price action de sexta feira mostra uma falha de rompimento do topo anterior. A continuidade do movimento de baixa pode levar ao teste do fundo anterior 5.800 e à média móvel de 200 dias em 5.700.
3/n O SP500 Equal Weight mostrou um movimento de queda forte no pregão de sexta feira. O que me chama a atenção é que a queda de nov-24 mostra um “internals”do mercado americano relativamente pior ao SP500. O rompimento do suporte em 175,00 pode sinalizar a formação de um topo mais baixo que o anterior, com próximo suporte em 173,00.
As maiores lições que aprendi com o livro “O ego é seu inimigo” de Ryan Holiday - THREAD 🧶
O objetivo dessa thread é compartilhar os trechos com as principais lições desse grande livro. Dominar o ego é uma tarefa cada vez mais difícil nesse mundo que vivemos.
Análise Técnica para fundamentalistas - a thread 🧶
1/n Se você é um investidor fundamentalista e quer melhorar a sua percepção de mercado (timing e análise de tendência), não deixe de ler essa thread :)
Frank Zappa já dizia "a mente é como um paraquedas, ela não funciona se não estiver aberta"
O objetivo dessa thread é apresentar alguns conceitos e estratégias de análise técnica que podem ajudar investidores fundamentalistas na compreensão de tendências, momentum e pontos de entrada. Acredito que analistas técnicos e fundamentalistas podem aprender uns com os outros, por mais que tenhamos vezes em que os sinais das duas escolas são conflitantes. O preconceito com a análise técnica tem diminuído muito nos últimos tempos e fico feliz com a quantidade de pessoas que tem procurando aprender alguns de seus conceitos, ainda que não seja a sua ferramenta principal de tomada de decisão.
E ah, muita gente usa análise técnica sem saber que está usando. Se você fala sobre o "price action" de um papel (termo muito usado por fundamentalistas) ou tem interesse em "quant", saiba que esses são conceitos que estão muito ligados ao estudo da análise técnica.
Não quero fazer ninguém virar um analista técnico completo, mas acredito que alguns conceitos e indicadores simples podem te ajudar no dia a dia, independente do seu objetivo de investimento.
Agradeço quem puder curtir, comentar e dar RT. Isso ajuda demais na divulgação do meu trabalho :)
Então, vamos lá...
Aqui você vai aprender:
✅ Quais são as bases e premissas da Análise Técnica?
✅ O que são as tendências? Como analisar a direção e força de uma tendência?
✅ Padrões gráficos e sua relação entre oferta/demanda
✅ Indicadores técnicos que podem facilitar a vida de um fundamentalista
✅ Como enxergar pressão de compra e venda pelo estudo de Price Action
A Análise Técnica procura entender as relações entre demanda e oferta de um ativo por meio da compreensão das dinâmicas de preço e volume, usando gráficos, estatísticas, correlações e indicadores de sentimento. O ponto principal é que a análise técnica faz uma leitura da psicologia do mercado.
A análise fundamentalista estuda a causa e a análise técnica estuda o efeito. Enquanto a AF estuda o que acontece, a AT estuda como os players de mercado reagem ao que acontece.
Os mercados mudam, mas um princípio importante é entender que a psicologia do mercado mostrou pouca mudança ao longo do tempo, Jesse Livermore já dizia isso.
Segue o fio...
2/n ✅ Quais são as bases e premissas da Análise Técnica?
A análise técnica é muito mais antiga do que a gente imagina. A gente tem "duas histórias" da AT - uma no Oriente e outra no Ocidente.
No lado oriental, Munehisa Honma é considerado o pai da AT e inventor dos candlesticks. Escreveu em 1755 o livro "The Fountain fo Gold - The three monkey record of money", considerado um dos primeiros livros sobre psicologia do mercado. Honma era um comerciante de contratos futuro de arroz na bolsa de Sakata no séc. XVI
O pai da Análise Técnica no Ocidente é Charles Dow (1851 - 1902) - fundador do Wall Street Journal e criador do índice Dow Jones. A chamada Teoria de Dow criou as bases da AT moderna e suas premissas guiam os analistas técnicos até hoje.
Aqui temos as primeiras premissas e conceitos de Análise Técnica que podem ajudar os investidores fundamentalistas. As hipóteses da Teoria de Dow são: 1. A tendência primária é inviolável 2. As médias descontam tudo 3. A Teoria de Dow não é infalível
Algumas lições da Teoria de Dow: 1. O preço desconta tudo (menos os "atos de Deus")
A teoria de Dow considera que no preço estão todas as informações disponíveis de mercado. Todos os players estão representados no preço - os bem informados, mal informados, os insiders e etc.
A ideia aqui é entender que o preço reflete a percepção de todos os players do mercado. O gráfico revela a expectativa dos agentes e alguns catalistadores e eventos podem ser antecipados pelo mercado. Se a gente espera algo acontecer pra tomar uma atitude, às vezes pode ser tarde demais.
2. Os preços se movem em tendências.
1. Tendência primária: a mais longa das tendências e mais "resistente". Uma tendência primária de alta é dividida em três fases - a primeira fase é quando o mercado começa a reviver a confiança do último bear market; a segunda fase - é quando o mercado começa a reagir ao aumento de earnings; a terceira fase - quando o mercado fica eufórico e os preços sobem unicamente por conta da "esperança e expectativas exageradas".
2. Tendência secundária: a tendência secundária é uma reação contrária à tendência primária. Pode durar por algumas semanas ou meses. As reações secundárias podem apagar entre 33% e 66% dos ganhos do moviemnto de alta anterior.
3. Tendência terciária (ou minor): São os movimentos de curtíssimo prazo ou uma lateralização por algumas poucas semanas. Pode ser um sinal de acumulação ou distribuição.
3. O movimento de uma média deve ser confirmada pela outra
1. Esse conceito talvez tenha sido o que mais mudou desde os tempos de Dow. Aqui ele estava falando em relação à média de transportes e industrials. Você pode usar essa ideia de confirmação para lembrar de considerar a confirmação dos índices em relação ao movimento de uma ação isolada.
4. O volume pode ser usado para confirmar os movimentos de tendência
1. O volume na Teoria de Dow não é o principal, mas pode ser usado para confirmar os movimentos. O volume pode ser considerado o "combustível" do preço.
2. A expectativa é que o volume aumente nas pernadas de impulsão em uma tendência de alta e diminua nas pernadas de correção da tendência de alta. Isso pode sinalizar que os investidores tem maior interesse de negociação nos movimentos a favor da tendência e que os movimentos de queda não são provocados por uma pressão vendedora grande.
3. No caso da tendência de baixa, a expectativa é que o volume aumente nas pernadas de queda e diminua nos movimentos de alta.
4. Aqui tem um ponto interessante sobre o volume - movimentos de alta com volume intenso indicam forte interesse de participação no mercado, enquanto movimentos de alta com volume baixo pode ser falsos. Mais uma vez, é um indicador secundário.
5. As tendências são válidas até que apresentem sinais significativos de reversão
1. Essa premissa é muito interessante. Nós vamos assumir que uma tendência é válida até que um conjunto de evidências diga o contrário. Entrar em um movimento contra a tendência pq o preço "subiu demais" é algo que não parece ser sustentável, pela ótica da análise técnica.
3/n ✅ O que são as tendências? Como analisar a direção e força de uma tendência?
As tendências são movimentos direcionais que persistem por tempo o suficiente para serem identificados.
Todo analista técnico tem o objetivo de responder três perguntas sobre as tendências: 1. Qual é a tendência? 2. Qual a fase da tendência? (impulsão ou correção) 3. Qual a força da tendência? (momentum)
1. Qual é a tendência?
O mercado se move por movimentos de impulso e correção. A volatilidade se expande e contrai. Isso parece ser algo da natureza dos movimento do mercado, pela ótica da análise técnica.
Vamos pensar da forma mais simples possível:
* Tendências de alta: topos e fundos ascedentes
* Tendências de baixa: topos e fundos descendentes
* Consolidação (ou lateralidade): topos e fundos horizontais
A progressão de topos e fundos é fundamental para a compreensão da tendência e a quebra dessa dinâmica pode alertar momentos de reversão da tendência.
Afinal de contas, o que é um topo e o que é um fundo? Existem diferentes formas de determinar isso e tornar a leitura de topos e fundos menos subjetiva. O Larry Williams usa o conceito de "market structure" no livro "Long Term Secrets for Short Term Trading" (capítulo 1 na edição de 199 e acho que está no capítulo 2 da edição nova). É importante lembrar que depois de identificar um fundo, você procura identificar um topo, e assim vai.
Na metodologia do Larry Williams, todo topo é caracterizado por uma formação que tem máxima mais baixa em ambos os lados e todo fundo é uma formação de preço com mínimas mais altas em ambos os lados. No caso do topo, precisamos ter a perda da mínima da formação e precisamos do rompimento da máxima da formação nos fundos. Lembrando sempre de seguir a progressão fundo a topo e topo a fundo.
Se você quiser ir para um grau de tendência acima, topos intermediários tem topos de curto prazo mais baixos em ambos os lados e fundos intermediários tem fundos de curto prazo em ambos os lados.
Topos e fundos são a base do estudo de tendências, mas se você ainda estiver com dificuldade de visualização, a maneira mais simples é usar uma média móvel.
Gosto da combinação 21 períodos, 50 períodos e 200 períodos e usar essa configuração:
Preço > MM21 > MM50 > MM200 -> tendência de alta forte
Preço < MM21 < MM50 < MM200 -> tendência de baixa forte
A média móvel de 21 períodos me da a tendência de curto prazo, a 50 períodos do prazo intermediário e a 200 períodos dos prazos maiores.
Preço acima das médias móveis de 21 e 50 períodos só aciona compra e preço abaixo das médias móveis de 21 e 50 períodos só aciona venda - se você for um "seguidor de tendência".
2. Qual a fase da tendência?
A compreensão da tendência depende muito do prazo operacional e de qual grau estamos falando. Uma tendência de baixa no curto prazo pode ser apenas um movimento de correção em uma tendência maior. É muito importante ter uma compreensão clara do horizonte temporal que estamos nos referindo na hora de estudar uma tendência.
Aqui não tem muito mistério. A fase de correção em uma tendência de alta será um movimento de baixa e a fase de correção de uma tendência de queda será o movimento de alta.
Como diferenciar uma correção de uma reversão de tendência?
Só lembrar da progressão de topos e fundos. Aqui vou usar o Adam Grimes para ajudar a gente:
- Se o preço falha em fazer um topo mais alto que o anterior em uma tendência de alta, temos um alerta. Se o próximo movimento é uma perda do fundo, temos um sinal de tentativa de reversão de tendência
- Se o preço falha em formar um fundo mais baixo que o anterior em uma tendência de baixa, temos um alerta. Se o próximo movimento é seguido por um rompimento do topo anterior, temos uma tentativa de reversão de tendência.
Outra referência são os "phantom traders", que trouxeram a noção de "em tendências de alta, os topos são fracos e os fundos são fortes. Nas tendências de baixa, os fundos são fracos e os topos são fortes".
3. Qual a força da tendência? (momentum)
Segundo Kaufman, o estudo de momentum é a análise da variação do preço ao invés dos níveis de preço. É como se fosse o estudo da aceleração do preço. Existem forças mais complexas de medir momentum, como o estudo da incliação de um movimento de preço por regressão de mínimos quadrados ou o método de primeira diferença. A indústria costuma medir momentum tambpem como variação de preço em uma janela de tempo, com a "velocidade" sendo a diferença de preço dividida pelo tempo. Você pode ter uma tendência com os preços subindo, mas a taxas decrescentes. Geralmente, momentum é um leading indicator de preços.
Os indicadores chamados "osciladores" são muito usados para capturar essa perceção de momentum, mas vou falar deles em um outro momento (perdão o trocadilho) dessa thread.
Vamos definir força da tendência olhando somente o gráfico e nosso amigo Ruben Villahermosa (grande estudioso da obra de Wyckoff) pode nos ajudar.
A chave aqui é pensar "os movimentos de impulsão de uma tendência devem ser mais representativos do que os movimentos de correção". No final dessa thread vou comentar sobre a leitura de pressão de compra e venda por price action, mas agora vamos usar as pernadas da tendência para avaliar força.
- Inclinação do movimento - quanto mais inclinado, mais forte a tendência
- Tamanho dos movimentos de impulsão em relação aos movimentos de correção
- Distância entre topos e distância entre fundos
Se essas medidas estão aumentando, a tendência está ganhando força. Se as medidas estão diminuindo, o preço está perdendo força. Se as distâncias estão estáveis, a tendência não tem aceleração (cuidado pra não confundir velocidade e aceleração).
1/n Comprei um Meta Quest 2
A ferramenta é fantástica e tem diversas aplicações. Jogos são somente a superfície e as ideias de uso são diversas. Aqui estão minhas primeiras impressões
2/n O primeiro uso é estranho. Tenho miopia e não sei se atrapalha, mas você precisa se adaptar às imagens. A alça que prende a cabeça atrapalha no início, mas você esquece dela rapidinho
3/n No primeiro momento, você pensa em usar o óculos como um videogame. O clássico recente é o Beat Saber, mas testei também o Resident Evil 4 (bastante imersivo).
Acho que fica interessante em jogos de corrida, aviação e tiro.
Ele fez 1 milhão de dólares em um único dia no “Pânico de 1907" e só parou a pedido de JP Morgan, operou vendido durante a Crise de 29 e foi considerado o maior trader da história.
Aqui estão as 10 lições do livro “How to trade in stocks”, de Jesse Livermore.
Segue o fio 🧶
Livermore (1877 - 1940) ficou milionário por três vezes. O "the boy plunger'’ teve uma vida pessoal conturbada, mas foi considerado um gênio dos mercados. Escreveu um livro sobre seu método em março/1940 - a publicação foi um fracasso na época e seus métodos eram controversos
Lição 1 - O desafio da especulação
As pessoas querem ficar ricas rápido, mas não existe dinheiro fácil no mercado. Ele se compara com um cirurgião, que precisou de vários anos para aperfeiçoar a sua técnica.