Thread by @folha

Após o então vice-líder do governo Bolsonaro no Senado ser flagrado com dinheiro na cueca em operação da PF,, o presidente disse que sua gestão combate a corrupção. No entanto, alguns casos mostram que não foi bem assim

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O chefe da Secom, por exemplo, Fabio Wajngarten, recebia, por meio de uma empresa da qual é sócio, dinheiro de emissoras televisivas e de agências de publicidade contratadas pela própria secretaria, ministérios e estatais do governo

A empresa de Wajngarten recebia de pelo menos cinco empresas, entre elas a Record e o SBT, emissoras cuja participação na verba publicitária do governo federal (administrada pelo próprio Wajngarten) vêm crescendo.

É proibido por lei que integrantes da cúpula do governo mantenham negócios com pessoas físicas ou empresas que possam ser afetadas pelas suas decisões. O caso pode ser considerado conflito de interesses. bit.ly/3j903q0

O presidente Jair Bolsonaro reagiu ao caso elogiando Wajngarten e atacando a Folha bit.ly/316rmej

Wajngarten omitiu da Comissão de Ética Pública da Presidência da República informações sobre as atividades da sua empresa. E na sua gestão, os clientes da sua empresa receberam maiores percentuais da verba de propaganda bit.ly/3nV61hO

Em 2019, o então secretário-executivo da Casa Civil, José Vicente Santini, foi demitido do governo após usar um jato da FAB para ir à Índia, no entanto, foi contratado como assessor especial do ministro Ricardo Salles (Ambiente) meses depois bit.ly/340pk0V

O presidente Jair Bolsonaro classificou o caso que culminou na demissão de Santini como inadmissível, mas diminuiu o tom e chegou a dizer que o uso do jato da FAB não era ilegal bit.ly/2H29I4x

Santini é amigo da família Bolsonaro e chegou ao governo graças aos filhos do presidente, com quem tem amizade desde a infância. bit.ly/340pk0V

Quem também se manteve no governo foi o ministro Marcelo Álvaro Antônio (Turismo), que foi indiciado pela Polícia Federal e denunciado pelo MP de Minas Gerais acusado de envolvimento no esquema de candidaturas laranjas do PSL, antigo partido de Bolsonaro bit.ly/3lRzkQg

O próprio filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), é investigado pelo MP do Rio de Janeiro por suspeita de lavagem de dinheiro, peculato, ocultação de patrimônio e organização criminosa, além da prática de "rachadinha" bit.ly/3j3943u

Além disso, o amigo do presidente, Fabrício Queiroz, foi preso em um imóvel de Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro e do próprio presidente. Queiroz é investigado por suposto esquema de rachadinha no gabinete de Flávio, então deputado estadual bit.ly/31cETAV

A esposa de Queiroz, Márcia Aguiar, que foi assessora de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa, também teve prisão decretada e chegou a ser considerada foragida. Há, ainda, suspeita de que Queiroz tenha influência sobre milicianos no Rio de Janeiro bit.ly/3lWLZlf

O Ministério Público trata Flávio como sendo o líder de uma organização criminosa bit.ly/3o19QlE

Wassef afirmou, inclusive, em entrevista à Folha, que não sabia do paradeiro de Queiroz. bit.ly/3lOlRJ5

Mas não para por aí. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, recebeu 27 depósitos de Fabrício Queiroz e sua esposa, um total de R$ 89 mil
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A denúncia levou o presidente a dizer que tinha vontade de “encher de porrada” um repórter do jornal O Globo que o questionou sobre os cheques recebidos pela primeira dama bit.ly/2Erbfzp

Agora, o presidente se viu obrigado a agir e deu voadora no vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR)

https://twitter.com/folha/status/1316773343664758785

Fotos: Reprodução e Ueslei Machado e Adriano Machado/Reuters
Texto: @RDellaColetta, @fabio_fabrini, @JulioWiziack, Talita Fernandes, @danielcarvalho_, @fercanofre, @mattoso_camila , @ranierbragon, @italonogueira_, @juliabarbon, @Pagnan, Igor Gielow, Cristina Camargo, (continua)

Texto: @analuizaalbuq, @Ladeiraphoto, @renatoonofre, @Catia_Seabra e Isabella Macedo
Produção da Thread: @_MatteusMoreira

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