1 - Em dossiê histórico divulgado pelo Vaticano hoje, detalhes do caso Thedore McCarrick, o ex-cardeal americano demitido do sacerdócio e do cardinalato pelo #PapaFrancisco, em 2019, por abusar de seminaristas. No relatório, a própria Igreja admite erro na apuração do caso.
2 - Rumores sobre a conduta de McCarrick já circulavam na época de João Paulo II. Mesmo assim, o papa polonês levou adiante tanto sua nomeação para a arquidiocese de Washington quanto para o cardinalato nos anos 2000, alegando "falta de provas". E McCarrick declarou inocência.
3 - O texto também diz que, até o início do pontificado de Bento XVI, "não existia nenhuma denúncia formal feita ao Vaticano por parte de nenhuma vítima". Até então, todas eram anônimas. Por precaução, o papa emérito, então, forçou sua renúncia. Mas não impôs medidas canônicas.
4 - O bispo Carlo Viganò - que era o então embaixador do Vaticano no país -, "não cumpriu as verificações que foram pedidas pelo Vaticano" e "não deu passos significativos para limitar as atividades e viagens de McCarrick", afirma o dossiê.
5 - Após o caso chegar às mãos de Francisco, em 2017, a constatação de que o então prelado havia não só abusado de "seminaristas adultos", mas também de um menor, levou o pontífice atual a ordenar, de imediato, que lhe fosse retirado tudo, inclusive o sacerdócio.
6 - Os testemunhos apresentados no dossiê deixam claro que autoridades religiosas americanas foram informadas sobre os desvios sexuais de McCarrick. Uns abafaram a situação; outros fizeram pouco caso. Um padre brasileiro, que trabalhava nos EUA, também denunciou o ex-cardeal.
7 - Quem tentou impedir a ascensão de McCarrick foi o cardeal americano John O’Connor. Foi ele quem informou o Papa JPII do comportamento do ex-cardeal. Por não ter "informações diretas", elas foram consideradas "imprecisas". João Paulo II acreditou que o acusado era inocente.
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