Thread by @EdmilsonPSOL

AS POLÍTICAS PARA AS CHUVAS AMAZÔNICAS E COMBATE AOS ALAGAMENTOS EM BELÉM.

O fio.

#AgoraÉ50
#Ed50

Para as políticas ambientais e de saneamento deve-se respeitar o ciclo hídrico e o relevo amazônico além de combater as dificuldades postas pela imensa desigualdade e injustiça social, mas também recuperar os processos e espaços de debate e deliberação conjunta com a população;

As bacias hidrográficas da cidade devem ser um parâmetro de uso e ocupação do solo, dialogando com suas características para potencializar as infraestruturas de saneamento e qualificar o ambiente natural e a paisagem;

Temos que estimular novos e antigos empreendimentos comerciais, industriais e residenciais, a usarem sistemas de aproveitamento e contenção das águas de chuva, eliminando com isso as bacias de acumulação;

Precisamos elaborar e implementar o Plano Municipal de Saneamento Básico, dialogando soberanamente com o Plano Diretor do Sistema de Esgotamento Sanitário (PDSES) da RMB, em articulação com os municípios de Ananindeua e Marituba;

Implementar um Plano Emergencial de controle de águas pluviais e enchentes; Ampliar a cobertura espacial dos serviços de Esgotamento Sanitário; Otimizar a capacidade e recuperar as estruturas de esgotamento sanitário já existentes;

Buscar a integração do Plano Municipal de Drenagem de Belém com os dos municípios da RMB, previstos no Estatuto das Metrópoles;

Aplicar sistematicamente uma intervenção urbanística nas áreas de Assentamentos Precários, com obras de macrodrenagem em Belém, de modo a conciliar o Direito à Moradia com obras sanitárias eficazes e menos traumáticas socialmente, com menor custo e duração;

Criar e estruturar sensores pluviométricos, sensores de níveis de maré e de cheia, através de um centro tecnológico. Com isso, auxiliar na gestão territorial por bacias ou grupo de bacias hidrográficas, adotando tecnologias de contenção e manejo das águas pluviais;

Criar setor de controle de cheias, através de monitoramento remoto por satélite com apoio de instituições como o CENSIPAM e CPRM e instituições de ensino, no diagnóstico e prognóstico para intervenções estruturais nos canais da cidade;

Retomar as obras na Bacia da Estrada Nova, construindo estratégias conjuntas com outras esferas de governo para concluir o Tucunduba e apontar alternativas para a bacia do Mata Fome e Paracuri como parte da estratégia das bacias hidrográficas como unidades de planejamento;

Criar um Sistema Inteligente para funcionamento e controle das comportas em canais não navegáveis;
Elaborar um programa periódico de limpeza e conservação dos canais de Belém; Reestabelecer maquinários mais eficientes e modernos para manutenção desses canais;

Elaborar programa, em conjunto com as instituições de saúde, para prevenir e coibir riscos de contaminação humana e ambiental em função do descarte de esgotos hospitalares e ambulatoriais na rede de drenagem;

A educação ambiental deve ser uma política transversal, fomentando o consumo consciente das pessoas, a compostagem e coleta seletiva, fomentando a cadeia da reciclagem e inserindo socioeconomicamente os catadores de material reciclável e/ou reutilizáveis;

Organizar uma operação especial para os primeiros dias de governo, a OPERAÇÃO INVERNO 2021, envolvendo dragagem de canais, mutirões de limpeza urbana por Distritos, estimulando a participação de voluntários e em diálogo com a sociedade.

As chuvas de Belém têm que trazer apenas poesia e deixar somente prosperidade. Uma convivência ecologicamente harmônica, saudável e sustentável com nosso bioma e suas características deve ser o norte de uma cidade mais humana e feliz.