Prezado deputado, o nacional-desenvolvimentismo vem da era Vargas. A ditadura militar desmontou-o em grande parte, já que ele incluía tb educação de qualidade, salário mínimo decente e leis trabalhistas fortes.
O nacional-desenvolvimentismo industrializou o país, modernizou o Estado, criou as indústrias de base, sem as quais nunca teríamos nos desenvolvido minimamente.
Temos que reativar o nacional-desenvolvimentismo em novas bases, com foco na educação, no meio ambiente, nas novas tecnologias. Não se trata de intervencionismo estatal, mas de busca pela soberania!
Uma das funções mais importantes do Estado é justamente corrigir as imperfeições do mercado. Nem o liberalismo nega isso, deputado, pois os governos dos países mais "liberais" do mundo sempre foram muito proativos em defesa de suas indústrias.
O novo presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou um grande esforço para recuperar a indústria de seu país. Trump já vinha tentando fazer isso. Governos da China, Coreia do Sul e Japão sempre foram desenvolvimentistas.
Não caia nessa falácia neoliberal, que os países ricos vendem para os países pobres há tempos com o único objetivo de manter uma divisão internacional do trabalho profundamente desequilibrada, que nos mantém escravizados na pobreza e no subdesenvolvimento!
Vamos discutir modelos novos, avançados, para um projeto nacional de desenvolvimento. Não somos sectários. Houve erros no passado que não vamos repetir. Na era petista, esforços desenvolvimentistas foram neutralizados pela ortodoxia macroeconômica.
Mas hoje, mais que nunca, o Brasil precisa de um projeto nacional, e é claro que o Estado terá papel estratégico, no planejamento, no financiamento, na regulação, no treinamento da mão de obra.
Confio em seu bom senso, caro Rigoni! Vamos discutir ideias e projetos sem preconceitos!
O Brasil precisa de lideranças corajosas e abertas a ideias novas.
Falar de educação no segundo governo Vargas (1951-1954) nos obriga voltar ao primeiro governo (1930-1945). Foi ali que se criou o Ministério da Educação e Saúde (1930), que se construiu um sistema nacional público de ensino, e
que foram feitas reformas que perduraram muitas décadas além da de 1940. A Reforma do Ensino Secundário de 1942, a Reforma Universitária, com a criação e padronização do sistema universitário público federal, a criação da Universidade do Brasil, a criação do Serviço Nacional da
Indústria (Senai), em 1942, estão entre tais iniciativas. No caso do ensino primário, a política que talvez melhor exprima o tom daquele governo tenha sido a nacionalização do ensino, ou seja, o fechamento de escolas estrangeiras, a construção de unidades escolares e a imposição
"Não há Brasil sem ser humano. Não há Brasil sem o povo brasileiro. E eles estão querendo transformar o Brasil numa empresa, que pode demitir empregados, para enxugar sua economia privada, particular"👇🏽
"O Brasil é uma nação e sua economia é uma economia pública. Só tem razão de ser se se destina a trazer o bem estar ao ser humano, trazer o pleno emprego, trazer a garantia de vida para todo mundo."👇🏽
"Não adianta ter economia sem déficit público, economia equilibrada, moeda estável, se a maioria do povo brasileiro está morrendo de fome! Para que serve isso?", Leonel Brizola.