[CAMILA MEHLER, 27 ANOS, JOGADORA DO A DOS FRANCOS, DE PORTUGAL]
"Nasci em São Paulo capital. Na minha família, todos são muito fanáticos por futebol e eu sempre estava ali no meio brincando." +
"Quando completei 5 anos, minha mãe me colocou junto com um dos meus irmãos na escolinha de futebol do São Paulo Center Butantã. Na época, eu treinava só com meninos, era a única menina. Fui começar a treinar com meninas quando eu tinha 14 anos." +
"Joguei futsal até os 16 anos e depois comecei a jogar campo. Passei por muitos times, inclusive fora do país. Além do Brasil, joguei nos Estados Unidos, no Paraguai, na Espanha e hoje atuo em Portugal:
"Como fiz a transição do futsal para o campo, meu primeiro ano no gramado foi bem importante para me sentir segura com a mudança que eu tinha escolhido." +
"Neste ano (2010), conquistei a prata na Taça São Paulo Sub-17 e fomos campeãs da Copa Mulher, Copa Jaguariúna e dos Jogos Regionais. E nos EUA, na minha primeira temporada, fui eleita 'Second team: Midfielders'; e na segunda temporada, ganhei como “First team: Midfielders'." +
"Tenho dupla cidadania portuguesa, isso facilitou muito minha ida até a Espanha e, agora, também a Portugal. Nas minhas férias de dezembro (2019), quando eu estava morando na Espanha, vim até Portugal resolver uns documentos e gostei do país." +
"Assim, nasceu a vontade de jogar aqui e comecei a procurar time pelo país. Acabei recebendo duas propostas, mas estas não me animaram para vir. Foi aí que um agente que conheci na Espanha me indicou para o A dos Francos e embarquei até aqui." +
"Acho que nessa profissão, como em todas, nada é fácil. Ficar longe da família e amigos. Se adaptar a uma nova cultura (língua/comida/costumes). Já sofri preconceito por etnia. E acho que ainda falta gente com profissionalismo para trabalhar com mulheres no futebol." +
"Minha maior vitória até aqui foi o meu crescimento como pessoa. Nestes 11 anos que jogo futebol de campo, defendi 13 times, passando por cinco países, nove estados. E em cada lugar era uma lição nova que eu aprendia." +
"Acho que uma qualidade que tenho é ir sempre de mente aberta, para poder realmente absorver as coisas positivas e transformar as negativas em uma força maior para o meu crescimento." +
"Sempre foi um sonho/objetivo meu jogar no exterior, então alcançar isso, jogar na Espanha, Portugal, ter atuado nos EUA e Paraguai foi uma vitória para mim, até mesmo para os meus pais, que sempre me apoiaram e se viram realizados e orgulhos por eu estar onde estou."
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