No BBB dessa semana vimos o Arthur Bananão falar para Gil: SEJA HOMEM!
Frase bastante marcante, ainda mais se buscarmos analisar pela ótica das ciências humanas, não acham?
Da pra ser mais homem? Quem é mais homem do que o outro? Mas homem não era genética dele? Ué... +
Então vamos lá. Existe a crença do senso comum que só nasce homem e mulher, e segundo essa ideia, a tese de “ser mais homem” é impossível de ser real. O que na verdade foi dito: haja como um macho padrão tradicional que nem o personagem que eu interpreto, o HETERO TOP!!!
Se a sexualidade é uma forma externa de expressão do comportamento, então você precisa lembrar: SOMOS SERES BIOPSICOSOCIAIS. Que? Explica Lumena! Somos elaborados não só pela biologia do corpo, mas pela questão social e pelas mentalidades. Ou seja: existem ideias na nossa mente.
Mesmo antes de nascer, há um planejamento sobre o modo “homem” de ser. Cores, gostos, comportamentos... nega-se ao jovem todo tipo de comportamento que possa ser associado ao feminino. Pq isso? Existe uma INTOLERÂNCIA forte à feminilidade. Explica aí vai cara...
Criamos o tipo avesso ao feminino na sociedade. Até mesmo na comunidade LGBTQIA+ existe o preconceito no comportamento afeminado. Então o que ensinamos: o perfil Masculinah!
O corpo, expressões faciais, falas, piadas, gestos. Tudo tem que parecer bruto, rústico, impenetrável.
Então pega a trajetória: até o século XVIII havia o chamado “Monismo sexual”. Que??? A crença de que a mulher era uma forma imperfeita do homem. Ela é o meu oposto, meu inverso. A versão beta. Mas isso muda com o avanço da ciência na virada do século 18 para o 19...
Vamos ter a teoria do “Dimorfismo sexual”, ou o Dualismo de gênero. Agora vamos afirmar que cada um tem um “papel social” de acordo com sua biologia. Homens fazem naturalmente coisas de homens e mulheres tbm. Certo? Errado. Isso é ensinado. Haha.
Se fosse real, não seria...
necessário reforçar comportamentos que supostamente são naturais. Ou seja: o que definimos como “jeito de homem” na verdade é um papel social elaborado culturalmente e associado ao sujeito. Daí a ideia de que temos que ser silenciosos, frios, calculistas e exalar testosterona.
Esse comportamento mata, e mata homens e mulheres. Nós somos os que mais apertam os gatilhos contra elas e contra nós mesmos. Somos os nossos próprios algozes quando nós perdemos no personagem frágil e delicado do macho/ homem forte que tudo vence, que tudo ganha.
É lamentável.
Por fim: somos mais de 80% dos casos de Alextimia. Um caso clínico de quando não se consegue expressar sentimentos. Isso talvez também se deve ao ensinamento que recebemos sobre a virilidade confundida com papel de homem na sociedade.
Até a próxima! Compartilha aí!