É inadmissível qualquer tentativa de criminalizar pessoas em situação de rua nesse momento. Cada vez mais expostos aos efeitos negativos da pandemia porém mais desassistidos pelo poder público, o que se tem visto pelas ruas de São Paulo é
uma situação de precariedade alarmante. Ainda assim, serviços da prefeitura que trabalham dia e noite atendendo pessoas em situação de rua têm sido denunciados por aglomerações indevidas e acusados de contrariar as medidas sanitárias de distanciamento social. É preciso
compreensão e solidariedade nesse momento, em especial com aqueles que mais necessitam de abrigo, alimentação e proteção social. Cobrar atenção às normas de saúde é válido,
mas influenciar a opinião pública prejudicando os serviços sociais fundamentais à sobrevivência dos mais vulneráveis não é nada de bom senso.
Foto: twitter - @pejulio
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Na manhã do dia 21 de março de 1960, 20 mil pessoas negras deixaram suas casas em direção à delegacia de Sharpeville, a 50 km de Johannesburg, África do Sul, para protestar de forma pacífica contra a discriminatória Lei do Passe, que as obrigava a portar uma caderneta com
identificação pessoal e restringia seus acessos aos bairros brancos da cidade. Policiais dispararam tiros contra os manifestantes, matando 69 e ferindo mais de 180, incluindo mulheres e crianças.
Esse dia ficou conhecido como o Massacre de Shaperville e chamou atenção do mundo
para a violência extrema do apharteid. Na África do Sul, tornou o Dia dos Direitos Humanos. Em memória dos mortos e feridos, a ONU instituiu a data como Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
A discriminação racial é uma das práticas que compõe o
Considero que o trabalho do Padre Júlio Lancellotti junto à população em situação de rua, sempre necessário, se tornou ainda mais importante na pandemia. Declarações ofensivas, desinformadas e preconceituosas contra o trabalho do padre Júlio como a que a primeira dama do
Estado de São Paulo, Bia Doria, vem reiteradamente fazendo na imprensa são muito inadequadas. Além disso, em entrevista ontem, a coordenadora do Fundo Social de São Paulo revela um desconhecimento preocupante sobre a realidade da população em situação de rua, ao afirmar que
"as pessoas precisam tirar da cabeça esse assistencialismo" e que "tem abrigo para todos e são bons". Além de ser dever do poder púlico implementar políticas públicas de atendimento e acolhimento a todos os seus cidadãos, sobretudo aos mais vulneráveis, ela
Fiz requerimento para que se faça um minuto de silêncio em homenagem a Antonio Carlos Malheiros, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo na sessão de hoje na Câmara Municipal de São Paulo.
Malheiros, que faleceu hoje, foi um dos mais destacados defensores dos direitos humanos, da democracia, da liberdade, da construção de um Brasil justo, solidário e fraterno. Juiz que se notabilizou por seu humanismo, cumpriu papel histórico e preponderante na defesa dos direitos
da infância e da adolescência e sempre mostrou preocupação com com os problemas da população em situação de rua, bem como empenho para buscar formas de resolvê-los.
Teve carreira acadêmica de relevo, como professor e pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias da PUC-SP e
Em entrevista para a CNN, o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o confinamento não pode ser "política de Estado". Em verdade cabe ao governo federal realizar uma política de Estado que leve em consideração a condição de saúde de cada região e
dar o apoio onde o confinamento se faz necessário. Penso que o colapso que vem acontecendo nos sistemas hospitalares do país é uma situação extrema.
O Estado de São Paulo conta no momento com 63 cidades com 100% de ocupação de leitos e na capital a lotação chega a 89%. Os
especialistas na área de saúde recomendam que em todas as regiões com mais de 70% de ocupação das UTIs se faça o lockdown.
O governo deveria ter o bom senso de se espelhar no exemplo da Araraquara, onde o prefeito do PT, Edinho Silva, com 10 dias de confinamento total conseguiu
Faz-se necessário que mais e mais, inclusive nós do PT, venhamos a dividir o poder com as mulheres negras e também com os homens negros, conforme ressalta Vilma Reis em sua entrevista a Fernanda Mena, na “Folha” de hoje. “Não vai dar para o PT voltar à Brasília sem repartir o
poder com as mulheres negras.” Vilma Reis foi pré-candidata a prefeita pelo PT em Salvador, cidade com mais de 85% de negros, e que nunca elegeu uma mulher ou um homem negros. Nas últimas eleições para a prefeitura de São Paulo, entendendo que esse seria um passo importante para
alcançar a equidade racial e de gênero, sugeri o nome da advogada e empresária Eliane Dias para encabeçar uma chapa onde eu seria vice. Ainda que ela não pudesse assumir esse compromisso naquela ocasião,
Quando o brutal assassinato da vereadora Marielle Franco completava 1 ano, fui procurado em meu gabinete pelos moradores da Brasilândia (Zona Norte de SP) com um pedido muito especial: apresentar um projeto de lei para nomear a praça tão querida do bairro com o nome da vereadora.
O projeto foi aprovado de maneira quase unânime na Câmara Municipal de São Paulo. Apesar de aprovada e promulgada pelo prefeito Bruno Covas em janeiro de 2020, ainda hoje em 2021, infelizmente a praça que se localiza na esquina da rua Padre Aquiles Silvestre com a rua Bahia
encontra-se ainda sem placa e sem sinalização, conforme era o desejo dos moradores da região, uma das que tem a maior quantidade de pessoas negras na capital paulistana. A prefeitura já realizou inclusive uma reforma na quadra esportiva localizada na praça, fruto de emenda