O Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial é uma referência ao "Massacre de Sharpeville " (21 de março de 1960), quando 69 pessoas morreram por ataques policiais durante uma manifestação contra a "Lei do Passe" na cidade de Joanesburgo (África do Sul).
Você saberia distinguir entre o que é preconceito racial, discriminação racial e o racismo? Apesar de haver uma grande discussão a respeito desses termos, suas aplicações e diferenças, vamos apresentar algumas definições que podem servir para uma primeira aproximação ao tema. 👇
Preconceito racial: No livro Racismo Estrutural, importante obra sobre o assunto, Silvio Almeida define como: “o juízo baseado em estereótipos acerca de indivíduos que pertençam a um determinado grupo racializado, e que pode ou não resultar em práticas discriminatórias”.
Discriminação racial: Segundo o Estatuto da Igualdade Racial de 2010, “é a manifestação do preconceito, por meio de um comportamento, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional. É toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada nessas características (...)
(...) que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada.
Racismo: Por fim, o surgimento do racismo, da forma como o conhecemos atualmente, remete a colonização europeia ao redor do mundo, como forma de justificar a dominação branca com base numa suposta inferioridade dos povos nativos da América, (...)
(...) África, Ásia, Oceania e do Oriente Médio. Ganha impulso com as teorias raciais defendidas por cientistas e políticos no século XIX. No Brasil, a instauração da escravização e da sistemática violência contra os povos indígenas e africanos contribuiu fortemente (...)
(...) para a incorporação dessas ideias por parte das instituições e pela sociedade como um todo. Segundo a concepção racista, se considera natural que exista uma hierarquia entre as pessoas na sociedade baseado em sua aparência ou origem.
No Brasil, um dos grandes obstáculos ao combate do racismo é a negação de que tal problema existiria no país. Por isso, é importante reconhecer o racismo como um problema atual, existente em diversos âmbitos da sociedade, e que está na base da reprodução das desigualdades (...)
(...) e da vulneração de direitos das populações negras e indígenas. Nesse sentido, o combate às práticas de discriminação racial é tão importante como as políticas que visam atuar sobre a reprodução das desigualdades sociais baseadas em raça.
Como sequência da ocupação "Cientistas sociais e o Coronavírus", em parceria com a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), a publicação de hoje no #BlogdoCPPR conta com o texto de Parry Scott.
Parry é antropólogo e professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia na Universidade Federal de Pernambuco, e Coordenador do Núcleo de Família, Gênero e Sexualidade (FAGES).
Scott aborda em seu artigo os temas relacionados às mobilidades familiares nas epidemias do Zika e do Coronavírus. Confira o conteúdo 👉 ttps://bit.ly/311XQ97
No próximo dia 26 (sexta-feira), às 17h, realizaremos, em uma parceria com o Ministério Público do Trabalho, UNICAMP, Núcleo de Estudos de População e Observatório das Migrações em São Paulo.
Em uma roda de conversa, no canal do YouTube do MI, um grupo de mulheres irá compartilhar experiências e pontos de vista sobre os processos de deslocamento, desafios e projetos migratórios.
A mediação será de Catarina von Zuben, que fará perguntas sobre as vivências das convidadas Maha Mamo, primeira apátrida a receber a nacionalidade brasileira, Alba Gonzales, venezuelana, Prudence Kalambay Libonza, congolesa, Nathanael Pericles, haitiana e Isabel Torres, peruana.