Dados de Casos e Leitos na Bahia - 29 de Março de 2021:
Como já era de se esperar, a situação da pandemia no estado é bem similar ao que ocorre na capital, justamente porque o município é muito maior que todos os outros, respondendo pela maioria de todos os indicadores. //1
E qual é a situação atual?
Estabilidade num patamar bem alto de casos, sendo que a taxa de crescimento mantém uma tendência de queda lenta por enquanto.
Notem que a positividade (gráfico de casos notificados) vem caindo paralelamente à média de casos. Isso indica que essa pequena
queda é real e não decorrência de subnotificação por falta de testes, já que estamos encontrando menos positivos nos testes feitos.
Leitos
A situação segue crítica nos leitos de UTI e a fila de regulação parou de diminuir num patamar bem alto (~200), que é mais ou menos o que
há disponível no estado inteiro. Não tenho dados pra dizer o que era normal pra essa fila no período mais confortável.
ALERTA!
A situação é muito crítica ainda, apesar da pequena melhora. Faltou coordenação na adoção de medidas não farmacológicas em todo o estado. As regiões são todas interdependentes, vejo como um erro grave essa análise individualizada das regiões.
Não vejo com bons olhos a futura flexibilização das medidas em Salvador e RMS. Como vimos acima, a região Leste dita o cenário epidemiológico de toda a Bahia. É bem possível que a tendência se inverta rapidamente nesse patamar tão alto.
Qualquer aumento num futuro próximo representará um risco gigantesco que não vale a pena correr.
O prefeito da capital não teve coragem de implantar um lockdown rígido sequer por uma semana (faria diferença). Falo mais de Salvador amanhã.
Se cuidem, o cenário não é bom! //FIM
Fio sobre a situação epidemiológica de Salvador - BA chegando!
Se liguem nas informações que você não encontra nos canais oficiais da prefeitura e que o prefeito finge que não vê. //1
MÉDIA DE CASOS
Como estamos? Estabilidade confirmada.
Isso é bom? No patamar em que nos encontramos, de jeito nenhum! (acima de 700 casos diários).
Observem que pela primeira vez desde que comecei essas análises, temos um crescimento médio dos casos (e não decrescimento). //2
A taxa de crescimento demonstra claramente que cessou a tendência de queda e estamos estacionados numa estabilidade perigosíssima.
Fim do mundo? Não, estamos numa situação melhor do que no final de fevereiro, no entanto, nosso prefeito poderia decidir melhor (sendo educado). //3
Querido prefeito, @brunoreisba , não sei quem te assessora nessas questões, mas se precisar de um leigo com um pouco mais de noção, eu faço de graça.
11% da população vacinada com uma dose não significa proteção alguma.
Você erra muito feio no seu comentário.
Primeiro, vc não deve comparar o percentual de pessoas internadas em UTI sem levar em consideração a incidência em cada faixa etária, por isso essa informação não é evidência, ela é enviesada por natureza.
Segundo, mesmo nessa situação diferente, chegamos ao colapso do sistema
De saúde. O que te leva a crer que não haverá uma reversão de tendência e um novo crescimento? Ou podemos abrir mão dos jovens que agravam, ficam sequelados e morrem?
Conforme a análise do brilhante @schrarstzhaupt para a BA, segue uma breve tentativa de análise leiga dos dados da cidade de Salvador/BA.
Confesso ter me surpreendido positivamente com o impacto do toque de recolher (22h por 3 dias, 20 h depois), que muito provavelmente (1)
foi responsável por uma queda significativa na taxa de crescimento dos casos, o que levou a uma estabilização da média móvel de casos a partir de 01/mar.
Talvez por, conforme amplamente noticiado, grande parte do contágio estar associado a bares e festinhas noturnas. (2)
Posteriormente (8 dias depois), tivemos medidas mais restritivas adicionadas ao toque de recolher, que segue vigente, o chamado """"Lockdown"""" parcial.
E, conforme esperado, vemos que está funcionando bem, com um tendência de queda acentuada na taxa de crescimento (3)