O Profissão Repórter fez uma importante matéria sobre como está a situação nos hospitais de referência no combate a COVID-19 em SP.
O estado, no dia 25/03, tinha 1.500 pacientes a espera de leitos. Só na capital eram 606.
Muitos profissionais de saúde usando PFFs. ❤️
Alguns estava com PFFs não-hospitalar e por isso estavam usando máscaras de procedimentos por cima (para terem também a proteção contra jatos de fluidos).
Tudo tão lotado que mal sobra espaço para os profissionais transitarem.
Conseguir uma ambulância para levar o paciente ñ é o suficiente para ser internado. A espera é de horas, e a ambulância fica presa porque o hospital não tem leitos nem macas para dar conta do volume.
Num dos hospitais não tinha nem mais cadeira, nem espaço para receber oxigênio.
Fila de ambulâncias que precisam esperar que algum leito seja liberado para que o paciente saia da maca e elas possam voltar a atender.
A falta de recursos torna o clima tenso e há briga entre profissionais do hospital e profissionais que trazem novos pacientes.
E os 50 tons de negacionismo também existem aqui: A profissional na foto tira a máscara (dentro de um hospital de COVID-19) para falar no telefone.
Acompanhantes de pacientes são atendidos dentro do hospital (um local com alto risco de contaminação) com uso de máscaras de tecido enquanto o profissional não está vestindo uma PFF da maneira mais recomendada (com um elástico por cima da orelha e outro por baixo).
A médica come em ambiente fechado, dentro do prédio do hospital, com condicionador de ar e sem ventilação.
Mal consegue terminar de comer e precisa ir comunicar a morte de uma paciente a uma familiar.
A familiar recebe a notícia do falecimento num ambiente fechado, com máscara de tecido.
Além de ter que lidar com a dor da perda de uma pessoa querida, fica exposta a um ambiente com alto risco de contaminação.
Quem não sobrevive precisa ser rapidamente removido do leito para dar espaço a outro paciente que já chega na UTI muito depois de quando deveria ter chegado.
Um paciente de 13 anos está na UTI com COVID-19. Os pais são autorizados a entrar, porém não podem encostar sem luvas, enquanto vestem máscaras de procedimento. (Como se fosse uma doença de contato e não respiratória.)
Felizmente este paciente sobreviveu. ❤️
A situação é tensa e a falta de instruções claras sobre a forma de transmissão pelo ar e a falta de coordenação dos recursos agravam ainda mais a situação.
Na reportagem uma paciente sem COVID-19 é levada para o hospital onde quase todo mundo estava contaminado.
Vejam a matéria e o vídeo no link abaixo.
E lembrem-se de usar PFF sempre que precisarem sair de casa.
Se já tiverem o suficiente, procurem doar para quem não tem. Assim como com as vacinas, aumentando a proteção dos a sua volta, sua proteção aumenta.
Entre 22 de dezembro e 31 de dezembro tivemos uma média móvel de 0 óbito por/com COVID-19 no Rio, porém o número de mortes ainda foi 18,26% maior do que em 2019.
Mesmo retirando as causas de morte associadas a doenças respiratórias ainda assim foram 8,2% mais mortes que 2019.
Focando apenas em Pneumonia, claramente houve um número bastante maior de registros de óbitos com essa causa.
Ainda é cedo, mas um número que precisaremos investigar melhor nos próximos meses é o de excesso de mortes comparado com os anos anteriores.
Há pelo menos uma semana os índices da cidade vêm melhorando.
A 2ª semana de 2022 teve o recorde de positividade desde a onda da delta, com 46%, caindo para 43% e depois 37%. (Positividade é o índice mais "ao vivo" que temos.)
Em 21 de janeiro tivemos o recorde de internações deste ano, com 559 internados.
O pico das UTIs foi em 23 de janeiro com 363 pacientes.
Importante lembrar que, especialmente na UTI, quase não houve subida absoluta de internados. No começo do ano havia 1138 na UTI, sendo 16 com COVID-19.
Em 23 de janeiro eram 1159 (+1,8%) e desses 351 (+2.193%) com COVID-19.
Há bastante tempo sabemos que a transmissão do SARS-CoV-2 se dá, principalmente, através de aerossóis suspensos no ar, mas ainda havia preocupação de que o manuseio da PFF pudesse ser arriscado.
Há também algum tempo, falamos aqui que o uso **estendido das PFFs** (usar a mesma PFF, sem fazer rodízio) teria o benefício de reduzir o custo inicial e descomplicar o uso, aumentando, ao meu ver, a aderência à proteção respiratória efetiva.
Com o avanço da vacinação, na maior parte do país, os acima de 12 anos já foram oferecidos ao menos a D1 da vacinação e já estão com uma boa proteção contra hospitalização e óbito por causa da COVID-19. [1]
A vacinação também fez despencar os números de óbitos e casos…
Já temos indícios críveis de que as vacinas perdem efetividade, de forma significativa, com o passar do tempo ou estamos tirando conclusões apenas com base em queda dos anticorpos? (Que naturalmente caem?)
Hoje vou num aniversário.
Depois posto que protocolos foram seguidos para reduzir os riscos pela organização da comemoração e que protocolos adicionais eu segui para reduzir os meus riscos, por conhecer meus riscos.
Escudos para o evento:
Filtro P3 para respirador elastomérico com diafragma de voz.
PFF2 com adaptação para prender na orelha.
Máscara de procedimentos.
Armaduras:
D1 de AstraZeneca há 4 meses.
D2 de Pfizer há 5 semanas.