Fio • Você sabia que Fortaleza/CE já teve Campo de Concentração?
Em 1877 uma intensa seca motivou grandes deslocamentos de retirantes para Fortaleza.
Em 1915 temendo que a situação de 1877 voltasse a ocorrer, o Estado criou o primeiro Campo de Concentração em Fortaleza, no Alagadiço.
IMAGEM FORTE • A mão de obra dos retirantes foi usada para a expandir as vias férreas e em obras públicas.
Devido às condições sanitárias, os campos eram terrenos férteis para doenças contagiosas.
Houveram muitas mortes.
Em 1932, com um novo siclo de seca, foram criados outros campos de concentração, sendo dois em Fortaleza: Matadouro (Otávio Bonfim) e Urubu (Pirambu), e mais cinco espalhados em Crato, Senador Pompeu, Quixeramobim, Cariús e Ipu.
Os “currais do governo” foram campos de concentração e trabalho forçado que aprisionaram as vítimas da seca e isolaram famílias de agricultores no CE conforme relato acima.
O motivo era EVITAR A MIGRAÇÃO em massa à capital do estado.
Fio • Você sabe quem são as 11 pessoas que aparecem no verso da cédula de R$ 10 de plástico?
Se você nunca reparou, senta, que lá vem a história!
Rose foi escolhida para representar a figura da “cabocla”. Com 16 anos, era a 2ª opção para aparecer na cédula. Uma garota que morava à beira do rio Amazonas era a principal concorrente — mas, com a dificuldade de conseguir a autorização de uso da imagem, a equipe preferiu Rose.
Representando o “homem do campo”, Cícero Lourenço da Silva foi o único fotografado a receber um cachê (R$ 800). Natural de Bezerra/PE, na época da foto trabalhava como jardineiro em um condomínio de Atibaia/SP. Ele emigrou para São Paulo em 1985, fugindo da seca nordestina.
4 Ditos populares que falamos que tiveram origem na escravidão - segue o fio🧶
O escravizado passava o dia dentro de minas de ouro, lugares estreitos e consequentemente se ralava todo, daí a expressão:
Tive que ralar muito.
Nas minas os escravizados faziam buracos nas paredes que chamavam de buchos, para esconder o ouro coletado durante a jornada. Quando enchiam os buchos ou estavam satisfeitos com a quantidade, daí a expressão:
Bucho cheio.
Os escravizados eram forçados a cumprir metas diárias de mineração de ouro, muitas vezes impossíveis. Pequenas quantidades de ouro, como dez gramas eram desprezadas e vistas com desdém, resultando em castigos e abusos. Como dez gramas significava um fracasso, daí a expressão:
Numa viagem ao interior de Minas Gerais, o Imperador Dom Pedro II observou, no meio da multidão, uma negra que fazia grande esforço para se aproximar dele, mas as pessoas à sua volta procuravam impedi-la.
Compadecido, ordenou que a deixassem aproximar-se.
“Meu senhor, eu sou Eva, uma escrava fugida, e venho pedir a Vossa Majestade a minha liberdade.”
O Imperador mandou tomar as notas necessárias, e prometeu dar-lhe a liberdade quando regressasse. E efetivamente entregou à cativa o documento de alforria.
Algum tempo depois…
indo a uma das janelas do Palácio se São Cristóvão, no RJ, viu um guarda a tentar impedir que uma negra velha entrasse.
Sua memória prodigiosa reconheceu imediatamente a ex-escrava de Minas Gerais, e ele ordenou: “Entre aqui, Eva!”