Quem ganha tudo de mão beijada não dá valor pras coisas.
Quem fala que hoje o Grêmio vive de "aluguel" na Arena, vai ver ganhou sua casa própria e nunca entrou em financiamento. Em 1904, o Grêmio tomava empréstimo no Brasilianische Bank Für Deutschland, 10 contos de réis, (+)
para comprar a propriedade da família Mostardeiro e construir seu estádio. Na foto (arquivo de Jorge P. Silva), vemos a Baixada entre as ruas Mostardeiro (primeiro plano) e Dona Laura (passando lá atrás). Hoje onde era o estádio virou Av. Goethe - e ali se comemoram os títulos(+)
do Grêmio: pois ali o Grêmio teve seu primeiro estádio. Então o clube permuta com a prefeitura a troca dos terrenos entre a Baixada e a Vila Caiu do Céu, na Azenha. Os moradores, que viviam em condições indignas, foram realocados para o 1º bairro planejado de PoA: o Sarandi.(+)
O prefeito Ildo Meneghetti iniciou o saneamento no futuro Sarandi, objetivando a construção de um bairro popular. Surgiu então a Vila Meneghetti, seguida pela Vila Leão, em 1952. O Olímpico foi inaugurado em 1954.
(+)
Para a construção da Arena, o Grêmio novamente cede seu patrimônio (Olímpico) em troca de um novo estádio. Desta vez o negócio é com uma das grandes construtoras do país à época: a baiana OAS. (+)
No contrato, 20 anos de cogestão. O "aluguel" nada mais é que o pagamento honesto da casa própria.
Não foi doado.
Tudo pago pelo dinheiro do contribuinte.
Ah, o contribuinte tricolor, claro.
Seja sócio do Grêmio!
Ah, um adendo: com a Arena enfim o Grêmio voltou às suas origens. Pois onde hoje é o Aeroporto Salgado Filho, foram realizados os primeiros treinos do Grêmio, então sem estádio. O local chamava-se Várzea do Gravataí. Gravataí é o nome, aliás, do rio que passa ao lado da Arena.
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