O misterioso caso de Kendrick, assassinado dentro da própria escola ou morte acidental?
Kendrick Johnson nasceu no dia 10 de outubro de 1995. Aos 17 anos, ele vivia com a família no estado da Geórgia (EUA), no condado de Lowndes, onde cursava o ensino médio e fazia parte da equipe de basquete da Lowndes High School, localizada na cidade de Valdosta.
Em 10 de janeiro de 2013, Kendrick foi para o segundo dia de aula após o recesso de Natal. Sua agenda estava cheia, com aulas até o início da tarde, sessão de levantamento de pesos em seguida e, no fim do dia, planejava atender um jogo de basquete entre calouros.
Após as aulas, todavia, Kendrick não atendeu nenhum de seus programas, assim como não retornou para casa. Ele costumava avisar os pais nos dias em que voltaria mais tarde e, como isso não aconteceu, depois de procurar pelo filho, sua mãe reportou seu desaparecimento.
No dia seguinte, em uma aula de educação física no colegial de Lowndes, um aluno percebeu que um par de meias estava aparecendo na saída de um dos tapetes empilhados no canto do ginásio. Ao conferir, não encontrou apenas as meias, mas também o corpo de Kendrick.
Kendrick estava enrolado no tapete, que era bem espesso e tinha mais de 1,80m de altura. Seu rosto estava completamente inchado e irreconhecível. Auxílio policial e médico foi chamado, mas o jovem já havia falecido. A escola foi interditada para investigação.
A autópsia inicial concluiu que ele teria morrido de asfixia posicional, após ficar preso de cabeça para baixo no tapete enrolado. Os investigadores, por sua vez, deduziram que ele se inseriu voluntariamente no local numa tentativa de recuperar seus tênis, traduzindo um acidente.
A falta de hematomas em seu corpo e vestígios de envolvimento malicioso de outro(s) indivíduo(s) parecia corroborar essa tese. Stryde Jones, tenente do Gabinete do Xerife de Lowndes afirmou que, conforme investigação, o único cenário possível era o de acidente.
Segundo Jones, as possíveis testemunhas e mais de 100 pessoas no total foram interrogadas; não obstante, as evidências físicas e forenses indicavam a mesma conclusão. Esses comentários eram em resposta à família de Kendrick, que alegava quebra de protocolo na investigação.
A família Johnson não se conformou com o resultado da investigação. À época do fechamento do caso, em que foi mantida a versão oferecida pela perícia, eles lançaram protestos, nos quais exigiam que fossem tomadas novas medidas para que encontrassem o assassino de Kendrick.
Foi citado uma foto em que o rosto do jovem estava irreconhecível devido ao inchaço, o que constataria uma agressão violenta. Os investigadores justificaram isso dizendo que o sangue correu para a cabeça e para a parte superior do corpo, pois Kendrick estava de cabeça para baixo.
O advogado da família até afirmou que, se Kendrick fosse branco, a investigação teria sido mais extensiva e meticulosa. A incoformação dos Johnsons fez com que contratassem um legista particular, que chegou a um novo laudo: a morte poderia ser resultado de uma ação de terceiro.
O legista descreveu a causa como um “traumatismo contuso (sem perfuração na pele) não explicado e aparentemente não acidental”. Uma declaração do Departamento de Justiça, depois de realizada uma terceira autópsia, reconheceu que haviam evidências de um “trauma contundente [..]
no lado direito do pescoço de Kendrick. [...] Foram encontradas hemorragias na linha da mandíbula não detectadas [na primeira autópsia]”. Por outro lado, foi reafirmado que a investigação foi conduzida diligentemente, incluindo análise de milhares de mensagens.
Não obstante, também foram verificadas as imagens das câmeras do colegial, nas quais pôde-se verificar a entrada de Kendrick no ginásio. Um investigador particular de Atlanta (Geórgia), que analisou o cenário do crime, acredita que alguém contribuiu para a morte do jovem.
Advogados da família Johnson também questionaram as discrepâncias entre os horários indicados por algumas câmeras e indícios de omissão de partes do vídeo; entretanto, um artigo publicado por especialistas elucidou as anomalias e descartou possível má-fé dos investigadores.
A autópsia particular também evidenciou outro fato curioso: depois de ser recuperado de uma funerária, o interior de Kendrick estava preenchido por jornais. O responsável pela fornecedora afirmou que o corpo havia sido entregue ao estabelecimento sem os órgãos.
A explicação oficial para o sumiço foi de que os órgãos internos haviam sido “destruídos por processos naturais” e “descartado pelo prossector antes que o corpo fosse enviado de volta para Valdosta”. Embora outros materiais “fossem mais aceitáveis”, a funerária foi livrada.
Outras circunstâncias permaneceram duvidosas, como manchas de sangue encontradas numa parede próxima da cena. Uma análise conduzida pelo departamento de investigação de Geórgia não encontrou correspondente. Segundo Stryde Jones, “o sangue parecia estar ali há muito tempo”.
Tênis encontrados a poucos metros do corpo continham uma substância semelhante a sangue; entretanto, investigadores concluíram que não era o caso, e não os coletaram como possível evidência — assim como não recolheram um moletom próximo aos tapetes empilhados.
De todo modo, o Departamento de Justiça (DJ) estadunidense anunciou, em junho de 2016, que não indiciaria ninguém pela morte de Kendrick. A família de Johnson, mesmo antes da decisão, ajuizou mais de uma ação nas quais alegavam existir uma conspiração para cobrir o homicídio.
A ação, ajuizada contra 38 réus, foi no valor de $100 milhões. O processo foi eventualmente retirado, mas o juiz responsável condenou a família Johnson e seu advogado a pagarem mais de $292 mil aos acusados, por suas despesas legais.
Segundo o julgador, os Johnsons teriam confeccionado provas falsas para fundamentar suas alegações. Antes da decisão, Kenneth (pai) e Jackie (mãe) Johnson estavam sendo processados por quase $2 milhões a título de despesas legais, e danos morais por difamação.
No dia 10 de março de 2021, o caso foi reaberto pelo atual xerife de Lowndes, Ashley Paulk. Ele estava aposentado quando o caso ocorreu, mas retornou ao cargo em 2017. Em 2019, ele solicitou que fossem enviadas todas as informações coletadas pela investigação federal.
O detetive planeja verificar se há “discrepâncias entre os relatórios”, embora não acredite que o caso se trate de um homicídio. Dois irmãos, filhos de um agente do FBI, que estudavam com Kendrick e foram apontados pelos Johnsons como possíveis autores, não serão suspeitos.
A investigação do DJ determinou, em 2016, que não haviam evidências suficientes para provar, além de qualquer dúvida razoável, que Kendrick foi vítima de um crime. “Se houver perguntas - e elas forem legítimas - eu mesmo preciso saber as respostas”, fundamentou Paulk.
No final do mês passado, a mãe de Kendrick enviou ao gabinete do xerife de Lowndes uma gravação que conteria uma confissão de homicídio. Ela adquiriu o áudio por $1000 de um indivíduo que diz ser membro da família do confesso e ter feito a gravação secretamente.
Um membro da família afirmou que, no áudio, o sujeito revela que “nunca deveria ter feito isso. Eu era jovem e estúpido. Kendrick não merecia isso”, e concluiu que “eles me pegarão de qualquer forma”. As autoridades estão autenticando a gravação e verificando como ela foi obtida.
E você leitor, o que acha que pode ter realmente acontecido Kendrick Johnson?
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A garota que foi sequestrada e ficou presa em uma caixa durante 7 anos:
⚠️ ATENÇÃO: O conteúdo a seguir retrata violência sexual e tortura. Caso não se sinta confortável, recomendamos que não prossiga com a leitura.
Em 1977, nos Estados Unidos, pegar carona era algo comum. As pessoas naquela época viam isso como algo normal, já que casos de sequestro ainda não haviam chamado tamanha atenção ao ponto de se tornar um problema para a polícia e a segurança pública.
Após aceitar ajuda de um desconhecido para trocar o pneu do carro, jovem é morta. Conheça o caso Mariana Bazza.
Mariana Bazza era uma jovem de 19 anos, que estudava fisioterapia em uma universidade particular de Bauru.
Dia 24 de setembro de 2019, uma terça-feira normal na vida de Mariana, a jovem foi até a academia que frequentava, na Avenida José Jorge Resegue, conhecida também como Avenida do Lago, pela manhã. Ao sair, percebeu que o pneu do seu carro estava vazio.
A misteriosa morte da família Pesseghini: teria um garoto de 13 anos sido o assassino?
No dia 5 de agosto de 2013, o casal de policiais, Andreia Regina e Luis Marcelo, foi encontrado morto, ao lado do filho de 13 anos, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini. A avó do menino, Benedita Oliveira, e a tia-avó, Bernardete Oliveira da Silva, também foram alvos da chacina.
Segundo a denúncia realizada às 18h, cinco pessoas da mesma família teriam sido assassinadas dentro da própria casa, na Brasilândia, em São Paulo. O local não foi isolado e mais de 200 oficiais estiveram presentes na cena do crime.
O caso Elliot Rodger, o incel que fez um massacre na cidade dele. “Garotas, tudo o que eu queria era te dar amor e carinho. Se eu não posso ter vocês, então vou destruí-las”
Elliot Rodger nasceu no dia 24 de julho de 1991 em Londres, Reino Unido. Aos 5 anos de idade, ele e seus pais se mudaram para Los Angeles, Califórnia (EUA), para que o pai de Elliot pudesse perseguir mais oportunidades em sua carreira como diretor cinematográfico.
Elliot descreveu sua vida, num texto autobiográfico que enviou a 34 pessoas, dentre as quais seu psicólogo, seus pais e outros familiares, amigos de infância e ex-professores, entre outros, como “uma guerra contra a cruel injustiça”.
Juntos para sempre: foi a frase deixada em um quarto de motel brasileiro. Na cama, uma menina de apenas 13 anos, com seu professor de 31, agonizando juntos até a morte, pelo "relacionamento" deles não ser aceito.
Gabriela Muratt, de apenas 13 anos, morava em Porto Alegre, era inteligente e extrovertida, uma das melhores jogadoras de vôlei de sua escola, onde cursava a oitava série. Ela morava com os pais em um bairro de classe média, e entrou em uma escola de música por amar instrumentos.
Lá, seu professor era Marcos Maronez Júnior, que tinha 31 anos e ensinava Gabriela a tocar piano. Até que, depois de um tempo, eles começaram a ficar cada vez mais próximos, e iniciaram trocas de mensagens.
O Serial Killer que se vestia com roupas femininas, máscaras de rostos maquiados e posava para fotos imitando suas vítimas mortas: BTK.
Nascido em 09 de Março em 1945, em Pittsburgh, no Kansas (EUA), Dennis Rader era o mais velho entre três irmãos. Na infância, tinha o hábito de maltratar animais, sobretudo gatos. Nessa época, se juntou ao um grupo de escoteiros e participava de atividades de jovens da igreja.
Desde jovem, ele tinha fantasias de dominação, escravidão e controle sobre mulheres. Contudo, ele levava uma vida comum. Nos anos 60, Dennis serviu a força aérea dos EUA e se tornou presidente do conselho da Igreja Luterana de Cristo. Em 1971, se casou com Paula Dietz.