Thread by @laribrussa

Fiozinho sobre os dados de efeitos adversos raros das vacinas em circulação, que são a trombose do seio venoso cerebral (CVST) e a trombose da veia esplâncnica, vamos às últimas atualizações para entender o quão raríssimos são esses eventos até agora (infos importantes no final):

Trombose venosa cerebral (TVC), ou seja, a trombose de veias e seios venosos cerebrais é uma condição rara, constituindo menos de 1% dos Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC). Um estudo de AVC em 164 pacientes jovens (15 a 49 anos), no Brasil, identificou TVC em 7 casos

A incidência nos adultos é maior na terceira década de vida. O acometimento de mulheres jovens é importante, fato que pode ser atribuído ao uso de anticoncepcionais orais, principal fator de risco associado

O uso de anticoncepcional oral, bem como a mutação do gene da protombina (G20210A) são fatores de risco significativos para TVC e devem ser investigados rotineiramente

Em 4 de abril, a EMA informou que um total de 169 casos de trombose do seio venoso cerebral (CVST) e 53 casos de trombose da veia esplâncnica foram relatados ao banco de dados, entre 34 milhões de pessoas que foram vacinadas com a vacina AstraZeneca em toda Europa

Em comparação, a agência observou que para a vacina J&J, 3 casos de CVST foram encontrados entre 4,5 milhões de vacinados em todo o mundo
Para a Pfizer, foram encontrados 35 casos de CVST em todo o mundo e 54 milhões receberam a vacina na Europa

Para a Moderna, foram 5 casos de CVST em todo o mundo entre os 4 milhões de vacinados na Europa. Moderna disse em um comunicado na terça-feira que mais de 64,5 milhões de doses de sua vacina foram administradas globalmente e sua avaliação dos dados "não sugere uma associação"

No Brasil, com mais de 4 milhões de doses administradas até a presente data, foram registrados no sistema de notificações VigiMed 47 casos suspeitos de eventos tromboembólicos

Como podemos ver ao comparar os dados, o risco populacional de ter essas complicações apenas por existir é muito maior do que as notificações que estamos vendo durante a vacinação. O risco de desenvolver as complicações ao tomar a vacina é baixíssimo, na ordem de 6 casas decimais

Aqui materiais da @mellziland e @wasimvacinas que trazem de uma maneira super fácil de entender, ponderando os riscos, o porquê de SE VACINAR estar valendo muito mais a pena

https://twitter.com/mellziland/status/1380152206842863618

e

https://twitter.com/wasimvacinas/status/1379887430711574529

As ressalvas feitas a quem tem histórico pessoal ou familiar dessas questões devem ser levada em consideração. Os cidadãos deverão informar aos profissionais de saúde sobre histórico de formação de coágulos, bem como eventos adversos ocorridos após a primeira dose

Nesse sentido, é muito importante que seja disponibilizado outro tipo de imunizantes para as pessoas que por ventura não puderem se vacinar com essas vacinas. No caso do BR, pode ser oferecida a CoronaVac para essas pessoas.

Cabe aos profissionais de saúde avaliarem a relação benefício-risco para orientar sobre a vacinação nestes casos. Profissionais de saúde e cidadãos devem relatar os eventos adversos no e-SUS Notifica,
disponível no link: notifica.saude.gov.br

Cidadãos e Profissionais de saúde sem vínculo institucional podem notificar pelo formulário web do VigiMed, disponível no link: primaryreporting.whoumc.org/Reporting/Repo…. Mais informações disponíveis na Página do VigiMed no Portal da Anvisa

Queixas técnicas ou desvios de qualidade: problemas de qualidade observados em vacinas, seringas, agulhas e outros produtos para saúde utilizados no processo de vacinação deverão ser notificados no
Notivisa, disponível no link: www8.anvisa.gov.br/notivisa/frmlo…

É importante acrescentar que todas as substâncias, fármacos, vacinas que tomamos tem suas ressalvas e efeitos adversos. Isso faz parte do processo. Precisamos entender que numa pandemia com 3 mil mortes/dia, tomar alguma vacina é a melhor escolha!

Ref do fio:

scielo.br/pdf/ramb/v56n3…

endpts.com/us-pauses-jj-v…

Zétola VH, Nóvak EM, Camargo CH, Carraro H Jr, Coral P, Muzzio JÁ, et al.
Acidente vascular cerebral em pacientes jovens: análise de 164 casos. Arq.
Neuropsiquiatr. 2001;59(3B):740-5.

gov.br/anvisa/pt-br/a…

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