Esse é um trecho de um documento da CIA do final de 1953 ou começo de 1954. É uma análise da CIA sobre a transição de poder na URSS após a morte de Joseph Stálin. Como se pode ver no documento, a CIA não acreditava na "teoria" do totalitarismo que eles propagavam.
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A CIA - a CIA, não é Jones ou Domenico Losurdo - também analisava que o poder de Stálin não era absoluto e sim uma direção coletiva e ainda diz que a ideia de "ditador" é um pouco exagerada.
A CIA, na sua análise, está correta? Prefiro não opinar. Fica ao juízo de vocês
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Vários documentos da CIA dos anos de 1950, 1960 e 1970 sobre a URSS já estão disponíveis para consulta pública na internet. Alguém deveria escrever um livro "A URSS pelos documentos da CIA" (se ainda não foi feito). O resultado do livro, garanto, seria surpreendente.
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Tradução não profissional:
"Mesmo no período de Stalin havia uma liderança coletiva. A ideia ocidental de um "ditador" na configuração comunista é exagerada. Mal-entendidos sobre o assunto são causados por falta de compreensão da verdadeira natureza e organização da
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estrutura de poder comunista. Stalin, apesar de possuir amplos poderes, era meramente um capitão de um time e parece óbvio que Khrushchev será o novo capitão. Porém, não parece que nenhum dos lideres atuais vão chegar ao patamar de Lenin e Stalin,
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então será mais seguro assumir que o desenvolvimento em Moscou será entre as linhas do que é chamado de 'liderança coletiva', a não ser que políticas ocidentais forcem os soviéticos a simplificar sua organização de poder."
A relação ser humano e natureza, mediada pelo trabalho e meios de produção, é uma relação eterna, insuperável. Essa relação muda de acordo com o modo de produção e tem impactos diferenciados: a relação ser humano/natureza não é a mesma no feudalismo e capitalismo, por exemplo
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muda a forma histórica de relação, mas não a necessidade da relação. Logo, é um truísmo dizer que toda atividade industrial tem impacto ambiental. Toda atividade humana tem. Pesca, caça, cortar madeira para fazer fogo e construir aldeias também tem impacto na natureza
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o grande problema do capitalismo é que ele submete tudo, inclusive a natureza, a uma racionalidade pautada única e exclusivamente pelo lucro. Não importa imperativos de preservação ambiental ou conservação de biomas e espécies. Importa o lucro e só.
FURA-FILA DA VACINA É ALGO PRÉ-REVOLUÇÃO FRANCESA - via Gilberto Maringoni
No tempo do Império, tínhamos por aqui o voto censitário. Votavam homens - homens brancos! - acima de determinada faixa de renda.
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Um século e meio depois, a escória empresarial e o centrão, com a concordância de Bolsonaro, decidem aprovar a privatização da vacina, o que equivale a dizer que teremos a imunização censitária. No meio da pandemia, a vida no Brasil também se torna censitária.
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Só terá direito a vida quem tiver dinheiro. Não involuimos ao século XIX, vamos mais para trás. A medida vai contra a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada em 1789 pela Assembleia Nacional, no bojo da Revolução Francesa.
A deputada Marília Arraes do PT-PE, soltou vídeo na sua página defendendo a PL 948, isto é, a vacinação privada, a lei fura fila. O "argumento" de Marília é que as empresas estão fechando, precisam vacinar seus funcionários. O argumento é falho em todas as dimensões
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Primeiro, do ponto de vista político, a PL 948 vai ser uma tragédia. Lembra que a burguesia, em especial na Carta dos 500, começou a cobrar vacinação? Liberar a vacinação privada significa acabar com qualquer pressão da burguesia para o governo Bolsonaro garantir vacina
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Aliado a isso, também enfraquece o SUS, fragmenta a vacinação, fragiliza as possibilidades de planejamento sanitário e de saúde. Pelo que vi no PL (me corrijam se estiver errado), as empresas ainda podem definir quais funcionários e a % de vacinados livremente
Frantz Fanon, no Pele negra, máscaras brancas, debate como o negro foi reduzido ao corpo, físico, a dimensão animal, e o branco ao lugar do espírito, razão, inteligência. A tendência de destacar características físicas do negro, como seu cabelo ou nariz, é uma expressão disso
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Fanon também debate a tendência de destacar na linguagem o negro como negro. Meses atrás, num conhecido programa do youtube, um rapaz me chamou de "negro malandro". Poderia só ter chamado de "malandro", mas o negro tem que tá na linguagem. A função disso é evidente
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O "negro" é uma criação colonial moderna, forjado pelos que dominam e se auto representam como "brancos". A palavra negro, em si, já tem toda uma carga semântica, subjetiva e simbólica negativa. Ainda para Fanon, o negro, nesse sistema, não tem direção a ser de razão
Muitas pessoas estão comentando sobre uma suposta perspectiva alarmista desse post. A China é uma potência militar. Mas não tem bases militares espalhadas pelo mundo e muito menos cercando os EUA. A China também não tem um aparato militar extra nacional como a OTAN.
A China também não tem vassalos com arsenal atômico, como os EUA tem Israel e Reino Unido. A guerra não é, necessariamente, um instrumento para destruição mútua, até o final. Aliado a isso, uma guerra hoje seria economicamente prejudicial para China, mas não para os EUA
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Ainda é necessário considerar que a doutrina militar e a capacidade técnica-militar da China é voltada para defender sua segurança e soberania na Ásia. A China não teria condições de escolher o teatro de guerra que seria na Ásia e não na América do Norte.
A Revista Piauí (reportagem de Thais Bilenky) informa que empresários do transporte de Minas se vacinaram as escondidas, violando a legislação. Os irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da viação Saritur, são os responsáveis pelo caso
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Ainda segunda a reportagem de Thais, políticos burgueses, como o ex-senador Clésio Andrade, ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), também foram vacinados. O que a lei diz? Que é possível comprar vacinas privadas, mas elas devem ser entregues ao SUS
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Quando a legislação surgiu no debate, eu disse que ela não seria respeitada e a regra de entregar todas as vacinas ao SUS e só se vacinar privadamente depois que todos do grupo de risco fossem imunizados, não seria cumprida. Era uma previsão fácil de fazer