A ordem Orthoptera é composta por gafanhotos, grilos, esperanças e paquinhas. Com algumas exceções, estes animais são conhecidos principalmente por duas características: saltos ágeis para a fuga e locomoção e capacidade de emissão de sons.
Os membros desta ordem estão divididos em duas subordens:
> Caelifera - gafanhotos e taquarinhas
> Ensifera - grilos, esperanças e paquinhas
Uma base de dados interessante que pode ser utilizada para ter conhecimento da Taxonomia desta ordem é o Orthoptera Species File (orthoptera.speciesfile.org), que possui imagens e informações sobre sistemática, bioacústica, distribuição etc.
Apesar de grilos, gafanhotos e esperanças serem bem parecidos, existem algumas diferenças que podem notadas entre eles. No fio abaixo, eu falo sobre esperanças e mostro algumas diferenças entre elas e outros ortópteros!
Dentro da subordem Ensifera, a superfamília Grylloidea é o foco do meu trabalho, sendo o organismo estudado por mim pertencente à família Phalangopsidae, cujos indivíduos são popularmente conhecidos como "grilos-aranha" ou "grilos-de-caverna".
Algumas das principais características desta família são:
- Cabeça curta e alongada verticalmente
- Corpo delgado, com pernas, cercos e antenas alongados
- Tíbia anterior com dois esporões apicais ventrais
- Tégmina ausente ou reduzido (com exceções)
Nesta família, a maioria tem atividade noturna, ficando escondida durante o período diurno. São mais facilmente encontrados em florestas, embora possam ser localizados em vegetação de Cerrado também.
Esse simpático peixinho brasileiro tem parentes bem antigos, que surgiram há mais ou menos 400 milhões de anos!
Os peixes dipnoicos surgiram no começo do período Devoniano e foram representados por diversas linhagens, gêneros e espécies ao longo dos seus (milhões) de anos de existência.
Além do gênero brasileiro, existe também um gênero africano e um australiano.
Entre o Paleozoico e o Mesozoico, os grupos passaram por mudanças que influenciaram a preservação dos fósseis.
O registro passou de restos articulados a placas dentárias isoladas e ossos desarticulados, em geral, do crânio.
[IMGV] O que Nacional Kid, celacantos, maremotos e jornalistas têm a ver um com o outro?
🧵Segue esse fio para descobrir a origem do famoso "celacanto provoca maremoto!".
Tudo começou com o arco "Os Seres Abissais" do seriado Nacional Kid.
Em um episódio, as crianças conversam um pouco sobre esses pacatos peixes. Não demora para o Dr. Sanada aparecer e jogar a bomba de que os celacantos provocam maremoto.
Essa frase martelou a cabeça do jornalista Carlos Alberto Teixeira, na época com 17 anos. Logo, a pichação tomou as ruas não só do Rio de Janeiro, mas também de Washington e Paris!
Se prepara que vem aí o grupo de "peixes primitivos" mais famoso!
Os celacantos surgiram há mais de 400 milhões de anos, persistiram por quase todas as grandes extinções e são atualmente representados pela icônica Latimeria.
Desde seu surgimento no Paleozoico até o final do Cretáceo, o grupo é bem registrado, com mais de 130 espécies mundialmente distribuídas e bem diferentes entre si.
O registro do grupo, no entanto, apresenta um gap de cerca de 70 milhões de anos.
Essa longa ausência de ocorrências, especialmente em contraste com o rico registro mesozoico do grupo, fez com que os celacantos fossem considerados extintos até a década de 1930.
Marjorie Courtenay-Latimer foi a responsável pelo achado.
A espécie vivente está restrita à América do Norte. Os fósseis, no entanto, mostram que a ordem tinha uma distribuição bem maior, chegando à América do Sul, América Central, Europa, Ásia e África.
No Brasil, fósseis de dois gêneros já foram encontrados no #Araripe.
O segundo grupo de "peixes primitivos" são os lepisosteídeos.
Os fósseis mais antigos dos gars, como são conhecidos, são de mais de 150 milhões de anos atrás e eles têm descendentes que vivem até hoje!
As espécies viventes de lepisosteídeos são dos gêneros Lepisosteus e Atractosteus. A família tem ainda 3 gêneros extintos.
De forma geral, os gars são caracterizados por focinhos longos e pesadas escamas ganoides.
O fóssil mais antigo da família é do final do período Jurássico e ajudou a entender melhor a diversificação de Lepisosteoidea, superfamília que abriga os lepisosteídeos, e a ecologia dos gars.
O primeiro grupo de "peixes primitivos" são os polipteriformes.
Os fósseis mais antigos desses carinhas simpáticos são de mais ou menos 100 milhões de anos atrás e eles têm descendentes vivos até hoje!
Durante o período Cretáceo esse grupo era representado por, pelo menos, 10 gêneros conhecidos.
Hoje em dia, essa diversidade é BEM menor, com apenas 2 gêneros viventes: os bichir (Polypterus) e os peixes-cobra (Erpetoichthys).
Esses dois gêneros fazem parte da família Polypteridae e retêm vários caracteres considerados "primitivos": escamas ganoides, pulmões funcionais, e nadadeira caudal heterocerca.