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O que será que é necessário para abrir estabelecimentos em ambientes fechados?
Muito se fala sobre os "protocolos de segurança" estarem em dia, mas o que é isso e a quem protegem? #coronavirus#COVID19#redescontracovid
Segue o fio!
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1º é fundamental lembrar que a discussão de abertura do comércio, escolas e outros estabelecimentos tem sido feita à revelia do que a ciência tem apontado como seguro, frente ao descontrole da pandemia.
Essa matéria com o @schrarstzhaupt resume bem: bbc.com/portuguese/bra…
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2º este fio do @schrarstzhaupt também sobre "estabilidade" não é "está tudo bem" e "bora abrir tudo"
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Temos falado sobre a importância de restringirmos a mobilidade e não abrir mão disso. Há sim uma rede de desinformação por um lado, que gera confusão. Estabilidade lá em cima é morte constante. Reduzir aceleração não é parar de morrer.
No graf1: Novos Casos
No graf2, óbitos
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Não é boa a estabilidade com 2500 óbitos diários como "média móvel" (uma média dessa representaria em um ano mais do que 900 mil mortes, por exemplo - de uma só causa...).
Não é possível NORMALIZAR uma mortalidade desta, diariamente, por uma só enfermidade!
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Mas e aí, como proceder?
Ainda existe uma ênfase exacerbada na higienização de itens e álcool em gel nas mãos e superfícies. @vitormori tem falado disso, que vem sendo conceituado como "teatro da higiene".
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A campanha da Prefeitura de Campinas, rodando pela cidade traz em letras gigantes a necessidade de usar o álcool em gel como a ferramenta para ajudar o comércio, os empregos e a vida - o "faça o certo", segundo a prefeitura
Em letras menores e poucos legíveis, o complemento:
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o uso de máscaras, distanciamento e lavagem das mãos.
Vou reiterar que a abertura do comércio com fila para ocupação de leitos de UTI não parece ser "o certo". Mas além disso, o uso de álcool em gel é um dos grandes "atores" deste "teatro da higiene" covid-19.campinas.sp.gov.br/sites/covid-19…
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Ele é importante e deve ser usado SIM, reduz risco de superfícies contaminadas.
Mas o grande foco tem sido: ventilação de ambientes fechados e uso de máscaras EFICIENTES na minimização de riscos!
Para isto, é necessário partir de alguns pressupostos!
Vamos a eles!
12/18 1. estamos em uma pandemia, cujo vírus se transmite por aerossóis; 2. Aerossóis em superfícies podem contaminar pessoas, PORÉM isto acontece em uma parcela minúscula de casos; 3. a maior parte das contaminações se dá pelo ar, com a presença do vírus;
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4.ambientes fechados, sem circulação de ar, concentram ainda mais a quantidade de vírus, por isso tem sido considerados o grande risco
5.Máscaras são a melhor ferramenta contra a contaminação (mas não existe 100% eficácia), pois diminuem o nosso contato com o ar e aerossóis
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tendo isto em vista, para proteger funcionários, a única medida que realmente reduz danos É O USO DE MÁSCARAS QUE SÃO FILTRANTES!
Que máscaras são essas?
PFF2!
Estas máscaras são consideradas Equipamentos de Proteção Individual Respiratórios.
Isso importa?
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MUITO! Se realmente queremos o retorno de qualquer atividade, além de diminuir (MUITO) a quantidade de óbitos e casos novos (reitero: não é o momento de abrir nada...), teríamos que considerar que PFF2 é um artigo de PROTEÇÃO para o empregado.
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Pois é uma ferramenta que pode, sim, salvar a vida, reduzir contágios, diminuir circulação do vírus.
Ah, mas então dá máscara para todo mundo e libera geral?
NÃO.
não é hora de liberar geral, especialmente espaços fechados, sem circulação de ar!
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O ponto é: "álcool em gel" não é "seguir todos os protocolos". Medidas públicas precisam ser efetivas, regulamentadas a partir de preceitos que a ciência vem apontando como + seguros e também cobrando mais vacinas.
Eu falei disso no texto: blogs.unicamp.br/covid-19/a-cov…
Faz DÉCADAS que cientistas questionam não só a noção de gênero, como a própria definição de sexo biológico como binário.
Se biologues até hoje veem o mundo pelo viés do binarismo, estudando qualquer outra forma dentro do espaço clínico, estamos absolutamente mal na história.
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Mal especialmente por negar a EXISTÊNCIA de diversidade na formação dos corpos de seres humanos, e tudo o que sai fora desse enquadramento binário, vira capítulo da patologia - e estudo da medicina por consequência.
E qual a relevância desse debate?
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A exclusão da diversidade de corpos, formas, estruturas anatômicas e fisiológicas, historicamente marginaliza pessoas - muitas vezes as colocando como “menos humanas”
(oi, eugenia, ainda por aí??? /ironia, porém depende)
✨Qual caminho devo tomar?
A pergunta é de Alice para o Gato Cheshire, que responde que sem saber qual o destino, qualquer caminho serve
Essa ideia serve para a divulgação científica também?
Hoje eu resolvi falar um pouco sobre a importância do planejamento e estudo na DC!
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Ao contrário do que pode parecer, Gato Cheshire não está falando de chegar em algum lugar, mas sobre caminhar sem destino. Pode ser legal no início, se teu interesse é apreciar o caminho.
Mas numa trajetória profissional, em algum momento precisamos de algo + específico.
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Sempre sou surpreendida por esta pergunta de estudantes (de graduação e pós) da unicamp ou de outros espaços (gente que falo aqui no tt, p.ex.).
Isso sempre vem com falas de depreciação sobre si mesmo!
E resolvi escrever sobre isso
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Uma das grandes questões nas falas é:
em que momento da vida normalizamos o fato de alguém em início de carreira acadêmica sentir-se um fracasso por não ter a mesma compreensão (e experiência) de alguém que tem uma longa trajetória no campo de atuação?
Tem sentido isso?
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Tava escrevendo um texto sobre aprendizado e carreira acadêmica, fui atrás da referência do Iván Izquierdo.
Achei um texto dele e colo aqui a conclusão final.
E eu to chorando pq, sinceramente... Que privilégio ter tido aula com um neurocientista que nas palavras, tinha poesia.
sorry, to sensível pela clássica noção de que a pandemia nos roubou Izquierdo e to lendo artigos dele e me sentindo absolutamente um ser privilegiado de ter conhecido esse professor.
Ele tem vários livros MUITO legais sobre aprendizado, memória, esquecimento, acessíveis
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