A animação mostra a retirada de bolas vermelhas e azuis de uma caixa, com reposição. A medida que as retiradas aumentam, o número de bolas retiradas azuis e vermelhas convergem para 50%. #estatística#economiacomportamental
2/6) Esta convergência entre o nº da amostra e as probabilidades subjacentes ficou conhecida como "Lei dos Grandes Números" (#LGN), e foi provada pelo famoso matemático, e também percursor de uma notável família de matemáticos brilhantes, o suíço Jakob #Bernoulli, no século XVII.
3/6) Agora vamos usar a imaginação e parar a animação na retirada da 5ª bola, quando o placar está exatamente 4 x 1 para os azuis. Vamos supor que cada retirada é um jogo, e que as bolas azuis falam, dão entrevistas e parecem super competentes.
4/6) Qual seria a impressão das pessoas? A ampla maioria acharia que os azuis são incontestavelmente melhores que os vermelhos - que seriam provavelmente alvo de piadas e deboche. #LGN#economiacomportamental
5/6) Substitua agora o exercício das bolas por situações do cotidiano, como a sequência de gols daquele atacante, os filmes do novo diretor "sensação" de Hollywood ou os últimos 2 trimestres daquela empresa. Veja então como um certo ceticismo é saudável antes de tecer conclusões.
6/6) Encerramos com trecho do artigo do #Tversky e do #Kahneman, de 71, fazendo graça do tema: "as intuições das pessoas sobre uma amostragem aleatória parecem satisfazer a lei dos pequenos números, que afirma que a lei dos grandes números se aplica aos pequenos números também."
Com base em evidências arqueológicas, os primeiros primatas, uma ordem de mamíferos que inclui os seres humanos, já viviam por este planeta há dezenas de milhões de anos. Já o uso do fogo, um marco significativo na evolução humana, data de cerca de dois milhões de anos. O Homo Sapiens, a nossa espécie, que vem do latim “homem sábio”, tem uma idade estimada em 200 mil anos. Agora pense em como o planeta mudou nos últimos 200 anos. É razoável pensar que o nosso software esteja, de alguma forma, um pouco ultrapassado, não?
Conforme falamos em “Savanas Africanas, Leões e os Seus Investimentos”, diversas características inatas que nos ajudaram a evoluir como espécie, hoje nos atrapalham nos investimentos, assim como em questões envolvendo incerteza de modo geral. Neste artigo, vamos tratar da nossa dificuldade em enxergar relações não lineares. Sim, isso mesmo, você é muito bom em desenhar linhas retas, em pensar de modo aditivo, mas péssimo em interpretar relações dessa natureza. Pega um café, eu vou te provar isso agora! 😅
2) Digamos que você gerencie dois modelos de frotas: um SUV que faz 5 km p/ litro e um sedã que faz o dobro (10 km/litro). Ambas as frotas possuem um número igual número de carros e viajam cerca de 10 mil km por ano. Em busca de uma transição energética justa e sustentável, você pretende substituir um dos modelos por veículos mais econômicos em termos de combustível. O que é melhor?
1 – Trocar o SUV que faz 5 km p/ litro para outro modelo que faz 10 km p/ litro.
2 - Trocar o sedã que faz 10 km p/ litro para outro modelo que faz 50 km p/ litro.
Intuitivamente, a opção 2 parece a mais correta. Uma economia adicional de 40 km/litro parece muito melhor que uma de 5 km/litro. A economia em termos percentuais também é maior. Essa é fácil, hein. Agora vamos fazer a conta e descobrir porque a opção 1 que é a correta.
Se você roda dez mil km por ano num carro que faz 5 km/litro, então você gasta 2 mil litros por ano (10 mil dividido por 5). Passar para um veículo que faz 10 km/litro vai te fazer gastar apenas mil litros por ano (10 mil dividido por 10) em vez de 2 mil litros, uma economia de mil litros. Já trocar um carro que faz 10 km/litro por um que faz 50 km/litro vai te fazer gastar 200 litros (10 mil dividido por 50) em vez de mil litros, economizando apenas 800 litros por ano. Como a opção 1 economiza mil litros e a segunda 800 litros, claramente a primeira é melhor. Veja a tabela abaixo.
Se você é como a maioria das pessoas, você errou porque entendeu que a relação entre o número de litros utilizados e o consumo de combustível é mais simples do que realmente é de fato. A relação entre as variáveis não é linear como o gráfico 1 abaixo, e sim como o gráfico 2.
Se você ainda está tendo problemas para entender, a culpa não é sua. Nosso cérebro simplesmente adora fazer linhas retas. Décadas de pesquisa em psicologia cognitiva já mostraram que a mente humana tem dificuldades em compreender relações não lineares.
3) O problema é que esse fenômeno está presente em vários domínios, incluindo, claro, o mundo das finanças. Por exemplo, são três os principais fatores que afetam os lucros: custos, volume e preço. Uma mudança num deles muitas vezes requer ação sobre os outros para manter os lucros. Por exemplo, o aumento dos custos deve ser compensado por um aumento no preço ou no volume. E se você reduzir o preço, serão necessários custos mais baixos ou volumes maiores para evitar que os lucros caiam. Só que os preços são a variável mais sensível e muitos executivos não entendem isso, principalmente se as margens forem baixas (alguém consegue pensar num ramo desses?).
Imagine que você gerencia uma marca de toalhas de papel. Eles são vendidos por 50 centavos o rolo, e o custo marginal de produção de um rolo é de 15 centavos. Recentemente, você fez duas promoções de preços e teve um aumento das quantidades vendidas. Será que valeu a pena?
Intuitivamente, B parece mais impressionante – um aumento de 80% no volume para uma redução de 40% no preço parece muito mais lucrativo do que um aumento de 20% no volume para uma redução de 20% no preço. Mas você já deve ter adivinhado que B não é a estratégia mais lucrativa. Na verdade, ambas as promoções diminuem os lucros, mas o impacto negativo de B é muito maior do que o de A. Aqui estão os lucros em cada cenário:
Embora a promoção B quase tenha duplicado as vendas, os lucros caíram quase 25%. Para manter o lucro habitual de US$ 350 durante a venda com desconto de 40%, você teria que vender mais de 2.333 unidades, um aumento de 133%. Não se trata de uma relação linear, veja o gráfico abaixo:
Giacomo Casanova, mais conhecido como Casanova, foi um lendário mulherengo e aventureiro italiano do século XVIII. É conhecido pelas inúmeras amantes e conquistas amorosas, incluindo mulheres nobres, prostitutas e até mesmo freiras.
b) Dotado de uma personalidade ousada, estava sempre procurando novas experiências e emoções, o que o levava com frequência a situações perigosas e até escandalosas. Desde então, a sua história tem sido retratada em diversos livros, filmes e peças de teatro.
c) O que você talvez nunca tenha pensado é que o Casanova foi um sobrevivente. Seu estilo de vida audacioso, numa época em que os homens resolviam disputas de honra em duelos, torna a sua história – escrita por ele mesmo, já idoso – uma verdadeira raridade.
Será que é preciso acertar previsões de maneira consistente para ganhar dinheiro no mercado? Estariam os retornos de alguma maneira relacionados a habilidades de prever o futuro?
2) Luís Stuhlberger, gestor do famoso fundo Verde, a julgar pelo episódio #32 do @stockpickers_, acredita que sim:
“Eu parto do princípio que a gente deve prever o futuro...
3) “... Como a Gavekal diz, uma consultoria que eu gosto muito, falar do passar passado é fácil, explicar o presente é médio, e prever o futuro é difícil. Mas a gente vive de prever o futuro.
Quando perguntam o que você faz para viver? Eu prevejo o futuro.”
1) A invenção do xadrez e a compreensão da #convexidade
Conta Beremiz Samir, o Homem que Calculava, que o #xadrez foi inventado por um jovem brâmane com o fim de distrair o seu monarca, devastado pela morte de seu único filho numa decisiva batalha. #economiacomportamental
2) Em pouco tempo, o Rei viu que no xadrez, tal como na batalha vencida, o sacrifício de um príncipe é, por vezes, imposto como uma fatalidade, para que dele resultem a paz e a liberdade de um povo. #ohomemquecalculava
3) - Não creio que o engenho humano possa produzir maravilha comparável a este jogo. Movendo simples peças, aprendi que um rei nada vale sem o auxílio e dedicação de seus súditos. E que, às vezes, o sacrifício de um peão vale + para a vitória, do que a perda de uma poderosa peça.