Biden propõe reformas que assustam reacionários brasileiros. Além do mais, seus planos são distorcidos por aqui: "Estado máximo", "Roosevelt". A besteirada parece medo de que uma brisa de conversa progressista sopre neste país, além de ignorância mesmo. www1.folha.uol.com.br/colunas/vinici…
1/Coluna explica melhor alguns dos planos de Biden, em especial de criar empregos para gente mais pobre e classe média decaída, de melhoria de assistência social e de apoio a organização dos trabalhadores _muito pouco se trata disso por aqui.
2/Biden fala de criar empregos que não serão exportados e de trabalhos que tão cedo não serão feitos por máquinas: em creches, escolas infantis, cuidadores de idosos e deficientes, construção civil (90% das vagas do plano de empregos não exigem formação universitária, disse)
3/Fala de pagar ensino superior técnico em escolas locais. Jill, a primeira-dama, dá aula numa faculdade dessas. Fala de licença familiar e médica paga de 12 semanas, de desconto de impostos para quem tem filhos, de baixar o preço do remédio e do plano de saúde. “Estado máximo”?
4/Mais detalhes lá na coluna.
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Guedes sugeriu dar vale-saúde (“voucher”) para os pobres decidirem se vão se tratar no Einstein ou no SUS. É uma idiotice reacionária, mas a coluna faz umas contas para mostrar o tamanho da ignorância ogra. Adotar vale-saúde seria um desastre.
Veja fio www1.folha.uol.com.br/colunas/vinici…
1/De resto, o gasto em saúde no Brasil já é majoritariamente privado (famílias, empresas): 58% do total. Não é assim na Argentina (38%), no México (48,7%). Menos ainda é o caso de França (27%), Reino Unido (21%) ou Alemanha (22%) e nem mesmo o do Chile (49,7%) e o dos EUA (49,6%)
2/Na mão de um Guedes da vida (ou da morte) iremos na direção dos EUA, que tem um dos gastos em saúde mais ineficientes da OCDE (clube de três dúzias de países ricos). Guedes não tem ideia do que seja política pública. É um ogro jeca e ignorante
Bolsonaro não vai enganar os EUA ou o mundo com suas mentiras ambientais. Ou muda ou o país será aos poucos objeto de sanções diplomáticas ou econômicas, informais ou formais, o que vai incomodar ainda mais os donos do dinheiro daqui e de fora. Vide fio www1.folha.uol.com.br/colunas/vinici…
1/A realidade vai testar várias das mentiras de Bolsonaro ou o resultado da sua incompetência. Até aqui, 30% do eleitorado (que lhe dá nota "ótimo/bom") de algum modo tolera mentiras e inépcias.
2/Em um ano, a inflação tirou uns 18% do poder de compra de comida do auxílio emergencial reduzido, que de resto chegou tarde, por negligência de Guedes e Bolsonaro.
O rolo do Orçamento e das emendas parlamentares ainda vai fazer Bolsonaro dançar miudinho na mão do centrão e desmoralizou de vez Guedes. Para onde vai o dinheiro das emendas ao Orçamento? Levam menos do que 1,5% da despesa federal
Vide coluna e sequência www1.folha.uol.com.br/colunas/vinici…
1/Uma emenda ao Orçamento é a destinação que um parlamentar, uma comissão, uma bancada estadual ou o relator do Orçamento dão a parte do dinheiro federal. No ano passado, foram 17.825, das quais 13.764 viram algum dinheiro.
2/Fora despesas extras com Covid, em 2020 o governo federal gastou R$ 1,5 trilhão. Quase 94% da despesa federal é obrigatória: 54% vai para Previdência e benefícios assistenciais, abono salarial, seguro-desemprego. Para salários, cerca de 21%. Etc.
Governo chinês ajuda a atrasar ainda mais vacinação no Brasil: quer acelerar imunização no seu país, rapou as vacinas do mercado e impediu assim que Sinovac antecipasse entregas no Brasil, por exemplo.
Vide mais na sequência. www1.folha.uol.com.br/colunas/vinici…
1/Butantan não vai entregar doses previstas pelo governo federal para abril. Fiocruz vai produzir menos do que o previsto (só em junho chega à capacidade plena, prevê). Covaxin e Sputnik eram ficções do Pesadello, claro. Nem a Covax deve chegar em abril. Um desastre
2/Até fins de abril, Brasil só terá tido doses para vacinar 25% da população vacinável (18 anos ou mais), no máximo. Maio também vai ser difícil. É muito pouco para ajudar a controlar o morticínio e a epidemia
Se não há golpe, há golpeamentos. Se a ameaça golpista colar, colou. Se há reação, Bolsonaro diz que mídia inventou tudo e posa para a foto da “harmonia de Poderes”. Mas esta crise tem muito de recuo, para reorganizar forças e contra-atacar. Vide "fio" www1.folha.uol.com.br/colunas/vinici…
1/Bolsonaro cedeu algum poder. Acossado pelo país e pelo centrão, trocou ministros da Saúde e do Itamaraty. Não devem ser autônomos, mas não serão como os antecessores brucutus, ineptos e lunáticos;
2/Acossado pelo centrão, cedeu poder no Planalto, na secretaria de Governo e mesmo na Casa Civil;
Tem menos gente indo para a UTI de Covid na cidade e no estado de São Paulo nos últimos dias. Quer dizer: número de internados ainda cresce, mas cresce menos. Desacelerou. Distanciamento faz diferença. Escrevi sobre isso hoje na Folha
1/Em março, número de internados em UTI de Covid vinha crescendo uns 2,5% ao dia nos hospitais públicos da cidade e do estado. Agora, cresce a 0,4% na cidade. Coisa pouca? Não. No ritmo anterior, a UTIs estariam lotadas em uma semana, se não abrissem novos leitos. Um desespero
2/MAS É BOM LEMBRAR: epidemia ainda está no auge, em termos de número de mortes e internados em estado grave por Covid. Ainda morrem mais de 650 pessoas por dia no estado de SP, o dobro das mortes notificadas em 11 de março. Um horror