Morreu Aleksandar Mandic, a 1ª pessoa a ganhar dinheiro com a internet no Brasil, antes mesmo de a internet oficial estrear por aqui.
Em 22 de abril de 1990, o Mandic BBS nasceu em um quarto vago na casa de Mandic graças a uma linha telefônica extra que sua mulher tinha.
Executivo da Siemens, Mandic abandonou um salário em dólar por acreditar que aquela história de conexões digitais viraria um negócio gigante.
Virou.
Quando a internet comercial chega ao Brasil em 1995, qnd Embratel estreou o 1º pacote de acesso, Mandic já estava estabelecido
A Mandic levantou capital com a GP, o 1º fundo a investir pesado em internet no BR, e virou a Mandic Internet.
O Mandic enriqueceu e a Mandic cresceu mais ainda, até que ele saiu da empresa que criou.
Anos depois, cofundou o iG, que desengatilhou a onda do acesso gratuito.
Centenas de pessoas se conheceram pelos serviços do Mandic.
Ele brincava que era o pastor da Igreja do Mandic de tanta gente que ajudou a casar.
Fora ser inovador, Mandic era uma puta figura. Seu email na mandic era dono@mandic.com.br. Tinha um humor finísismo.
Se hoje milhões de brasileiros ganham $$ na internet é porque uma galera maluca na década de 90 abriu os caminhos.
Mandic era um dos líderes daquele grupo.
Vai fazer uma falta enorme.
Descansa em paz, Mandic.
<3
O livro do @eduvieira tem histórias ótimas sobre o começo da Mandic, como foi o aporte da GP Investimentos e como Mandic se juntou a Nizan e Demi, o pai da internet no BR, para fazer o iG.
Agora é a vez de Leda Nagle esconder vídeos negacionistas do seu canal.
Ontem (5), Leda tornou privados 18 vídeos. Todos abordam assuntos médicos.
Muitas das entrevistas são com notórios negacionistas, como Raíssa Soares e João Rodrigues, prefeito de Chapeço.
Os vídeos escondidos também usam termos pejorativos cunhados pelo bolsonarismo, como "vachina", e adaptações para fugir à fiscalização do YouTube, como V4C1NAS e C0R0N4 V1RUS.
O site de Leda continua a hospedar conteúdos que usam os textos escondidos.
Na 2ª (3), Leda já tinha sido punida pelo YouTube - o site deletou uma entrevista com Lucy Kerr pela divulgação de mentiras sobre "tratamento precoce".
É o mesmo movimento visto com Alexandre Garcia: antes da limpeza, o YT tirou um vídeo do ar.
A limpeza do canal do YouTube de Alexandre Garcia não parou.
Ontem (1), enquanto o bolsonarismo tomava as ruas para pedir golpe militar, Garcia escondeu mais 331 vídeos.
Na sexta (30), já tinham sido 98.
Em 2 dias, foram 429 tornados privados.
Entre os vídeos escondidos estão ataques a adversários políticos de Bolsonaro, como @LulaOficial e @jdoriajr, críticas às medidas para diminuir o impacto da COVID-19, defesa do "tratamento precoce" e muitos ataques ao Supremo Tribunal Federal.
O gráfico com o número de vídeos disponíveis no canal deixa claro o tamanho da limpeza que Alexandre Garcia promoveu.
Tudo indica que o ex-jornalista está tornando os vídeos privados para não perder o canal pela divulgação atacadista de mentiras sobre a pandemia.