O dia de amanhã irá marcar o transcurso do 10º aniversário do falecimento da Princesa Mãe do Brasil, Dona Maria da Baviera de Orleans e Bragança, mãe do Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil.
A Princesa Mãe entregou sua alma a Deus aos 96 anos de idade, no dia 13 de maio de 2011, 123º aniversário da assinatura da Lei Áurea e data em que a Santa Igreja celebra a Festa Litúrgica e a Primeira Aparição de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.
A Princesa Maria Elisabeth Franziska Theresia Josepha da Baviera nasceu a 9 de setembro de 1914, no Palácio de Nymphenburg, em Munique, capital da Reino da Baviera, então parte do Império Alemão.
Era a segunda dos seis filhos do Príncipe Franz da Baviera e de sua esposa, a Princesa Isabelle de Croÿ.
Seu avô paterno era o Rei Ludwig III da Baviera, último Soberano da antiquíssima e prestigiosa Casa de Wittelsbach, deposto pelos comunistas em 1918, após a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial.
Expropriada e exilada, a Família Real Bávara viveu na Hungria até inícios da década de 1930, quando reouve seus bens e retornou à Baviera, onde continuava popularíssima junto ao povo.
Apesar de sua infância e juventude marcadas por sucessivas mudanças de regime na Alemanha, a Princesa Maria recebeu uma esmerada educação, falando fluentemente, além do alemão, o francês e o inglês, e tornando-se muito versada na tradicional arte bávara de pintura em porcelana.
No dia 19 de agosto de 1937, foi desposada pelo Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, em cerimônia celebrada na Capela do Palácio de Nymphenburg.
Compareceram à cerimônia dois Soberanos – o Rei Dom Alfonso XIII da Espanha e a Grã-Duquesa Charlotte de Luxemburgo – e numerosos Chefes de Casa, mas nenhum alto oficial alemão.
Porquanto a Família Real Bávara, por sua fidelidade extremada ao Catolicismo, era fortemente contrária ao Governo Nazista.
O Chefe da Casa Imperial e sua esposa, tornada Princesa Consorte do Brasil, tiveram doze filhos, nascidos entre os anos de 1938 e 1959:
Os Príncipes Dom Luiz (Chefe da Casa Imperial do Brasil), Dom Eudes, Dom Bertrand (Príncipe Imperial do Brasil), Dom Pedro de Alcantara, Dom Fernando, Dom Antonio, Dom Francisco e Dom Alberto de Orleans e Bragança.
E as Princesas Dona Isabel, Dona Eleonora (Princesa de Ligne), Dona Maria Thereza (Senhora Johannes Hessel de Jong) e Dona Maria Gabriela de Orleans e Bragança.
De início, residiram no Balneário de Mandelieu, situado no Sul da França, onde a Família Imperial Brasileira passou o injusto e penoso exílio que lhe fora imposto depois do golpe de Estado republicano de 15 de novembro de 1889.
Mas aprestavam-se para transferirem-se para o Brasil quando, em 1939, eclodiu a Segunda Guerra Mundial, que os reteve na Europa pelos seis anos seguintes, sofrendo das privações e das agruras costumeiras das épocas de conflito.
Em 1945, findada a Guerra, puderam enfim se estabelecer no Brasil, indo morar inicialmente no Rio de Janeiro e depois em Petrópolis, antes de transferirem-se para a Fazenda São José, em Jacarezinho, no Norte do Estado do Paraná, então a grande fronteira agrícola de nosso País.
Em 1957, mudaram-se para a Fazenda Santa Maria, em Jundiaí do Sul, igualmente no Norte do Paraná, onde o Chefe da Casa Imperial e a Princesa Consorte criaram sua numerosa prole no sadio e bucólico ambiente rural.
A Família Imperial deixou o Paraná em 1965, indo se estabelecer no Sítio Santa Maria, em Vassouras, antigo polo cafeeiro do Império no Estado do Rio de Janeiro.
Lá o Príncipe Dom Pedro Henrique faleceu, a 5 de julho de 1981, sendo sucedido por seu filho primogênito no múnus da Chefia da Casa Imperial do Brasil.
Sua viúva, tornada Princesa Mãe do Brasil, passou então a dividir seu tempo entre Vassouras, um apartamento no Bairro do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, e a Europa, onde revia seus familiares.
Não obstante sua origem europeia, pode-se dizer que a Princesa Mãe – afetuosamente chamada de “Imperatriz Mãe” pelos monarquistas – foi uma senhora genuinamente brasileira, perfeitamente representativa de seu tempo e de sua alta posição.
E adaptou-se perfeitamente à Pátria de seu marido, que havia se tornado a sua própria. Afinal, após se casar, logo dominou o português, estudou a História do Brasil e familiarizou-se com as nossas tradições, costumes e modos de ser.
Sempre enérgica e fidelíssima à Santa Igreja, jamais se lamuriou por ter tido uma vida de exílios, revoluções, perseguições e privações de toda ordem.
Sofrendo de problemas cardíacos, faleceu em sua casa, no Rio de Janeiro, rodeada pelos filhos e confortada pelos Santos Sacramentos e a bênção de Sua Santidade.
Assim sendo, temos certeza de que a Princesa Dona Maria está hoje no Céu, com os antepassados da Família Imperial, dentre os quais há tantos Santos canonizados, rezando pelo Brasil.
SUA ALTEZA IMPERIAL E REAL A AUGUSTA SENHORA DONA MARIA DA BAVIERA DE ORLEANS E BRAGANÇA
PRINCESA MÃE DO BRASIL, PRINCESA DO BRASIL, PRINCESA DE ORLEANS E BRAGANÇA, PRINCESA DA BAVIERA
DAMA DAS REAIS ORDENS BÁVARAS DE TERESA E SANTA ISABEL
9-IX-1914 – 13-V-2011
REQUIESCAT IN PACE
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👑 O Príncipe Imperial do Brasil, Dom Luiz de Orleans e Bragança, chamado de “O Príncipe Perfeito”, avô paterno do Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, atual Chefe da Casa Imperial do Brasil, faleceu ainda em vida de sua mãe, a Princesa Dona Isabel.
Não chegou, portanto, a ser Chefe da Casa Imperial.
Como Príncipe Imperial, porém, Dom Luiz foi encarregado pela mãe de se ocupar dos assuntos relacionados à Monarquia.
Muito ativo e dinâmico, conduziu uma campanha lúcida e eficaz de propaganda das ideais monárquicas; dirigiu dois Manifestos oficiais aos brasileiros, em 1909 e 1913; e dedicou ao Brasil seu belo livro “Sob o Cruzeiro do Sul”.
Ao Conde d’Eu, como Príncipe Imperial e depois Príncipe Consorte do Brasil (Imperador do Brasil, “de jure”), não cabia qualquer parte no Governo, segundo o Artigo 120 da Constituição de 1824.
O Príncipe, aliás, sempre manteve em relação aos assuntos da Casa Imperial do Brasil uma atitude muito correta, respeitando os direitos soberanos da esposa, a Princesa Dona Isabel, e acatando suas decisões.
Limitava-se a aconselhá-la, o que era seu dever não apenas como marido, mas também como membro do Conselho de Estado desde 1870.
SE A MONARQUIA É UM SONHO, A REPÚBLICA É UM PESADELO
Mal a República foi proclamada no Brasil, um dos primeiros atos do Governo foi duplicar o salário do Presidente em relação ao que recebia o Imperador.
O ideal da classe política instalada no poder com a República nunca foi, como era no Império, servir à Nação, mas sim servir-se dela. Que o digam os infames “mensalão” e “petrolão”...
Em quase 133 anos de República tivemos:
• Oito Presidentes destituídos;
• Dois que renunciaram;
• Dois que não chegaram a tomar posse e um que foi impedido de fazê-lo;
Faleceu a 11 de março, em Brasília, no Distrito Federal, aos 97 anos de idade, o Bispo Auxiliar Emérito de Brasília, D. João Evangelista Martins Terra, SJ.
D. Terra, como era largamente conhecido, nasceu no dia 7 de março de 1925, em Jardinópolis, no Estado de São Paulo.
Sua ordenação sacerdotal deu-se a 22 de novembro de 1956, no Rio de Janeiro.
O Príncipe Imperial do Brasil, Dom Luiz de Orleans e Bragança, segundo filho e herdeiro dinástico da Princesa Dona Isabel e do Conde d’Eu, faleceu prematuramente, a 26 de março de 1920, com apenas 42 anos de idade.
Faleceu em decorrência de um tipo muito agressivo de reumatismo ósseo, contraído nas longas noites de inverno passadas na neve e na lama gelada das trincheiras da Primeira Guerra Mundial, na qual servira incorporado ao Exército Britânico.
Nos meses antes da morte de Dom Luiz, seu pai se empenhou, por meio de cartas aos comandos militares do Reino Unido, da Bélgica e da França, para que o filho, diversas vezes citado em ordens do dia por seu valor, recebesse as medalhas militares a que aquele valor correspondia.
No domingo, dia 13 de março, o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, teve a grata satisfação de participar, na qualidade de convidado de honra e principal conferencista, do II Congresso Educa Católico.
Realizado nos dias 12 e 13, no Auditório do Centro Universitário Ítalo Brasileiro, em São Paulo, por iniciativa da insigne Diocese de Santo Amaro, no Estado de São Paulo, com grande número de participantes, dentre os quais havia muitos veteranos e jovens monarquistas.
Dom Bertrand proferiu palestra intitulada “O Brasil nos desígnios da Divina Providência”, sobre o grande contributo dado pela Família Imperial Brasileira à educação católica tradicional em nosso País.