Tasso Jereissati (PSDB-CE) defende nova convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para que ele comente aglomerações provocadas pelo presidente Jair Bolsonaro, que segue desrespeitando regras de distanciamento social e uso de máscara.
Omar Aziz reforçou fala de Jereissati, dizendo que presidente Bolsonaro "precisa colaborar".
Eduardo Girão (Podemos-CE) diz que está havendo intimidação a depoentes na #CPIdaCovid e sugere que comissão é parcial nos questionamentos.
Aziz rebate: "Indignação da população é com a falta de vacina".
Randolfe Rodrigues disse que ele e outros senadores têm recebido ameaças via WhatsApp.
Ele acredita se tratar de ação coordenada e pede encaminhamento do material à Polícia Federal.
Senador Izalci Lucas (PSDB-DF) afirmou que enviará requerimento para auditoria de irregularidades envolvendo dinheiro público na Saúde do DF.
Ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo fala sobre sua atuação no governo.
Disse que trabalhou para melhorar relacionamento com parceiros comerciais do Brasil, como a China, e que lutou pelos Direitos Humanos e contra o racismo.
Araújo disse que objetivo sempre foi criar um Brasil "grande e livre".
Afirmou que, em sua gestão, foram assinados 180 atos internacionais. Ex-ministro falou que o Brasil foi o primeiro país a receber vacinas da Índia.
Araújo disse que sua gestão trabalhou efetivamente no combate à pandemia.
Relator da #CPIdaCovid, senador Renan Calheiros, questionou Araújo sobre se houve uma política única de enfrentamento à pandemia.
Araújo argumentou que não foi feito um documento único, mas que orientações do Ministério da Saúde foram dadas ao longo da pandemia.
Araújo disse que não houve divergências entre Itamaraty e presidente da República.
Araújo disse que questão das vacinas não foi decisiva para a sua saída do Ministério das Relações Exteriores.
Embates com o Senado provocaram sua saída, segundo ex-ministro.
Calheiros questionou Araújo sobre o que o Itamaraty fez "concretamente" para aquisição de vacinas.
Ex-ministro disse que pasta nunca agiu de forma independente, mas com orientação do Ministério da Saúde.
Araújo disse novamente que Brasil foi o primeiro país a receber vacinas da Índia.
Perguntado sobre a China, ex-ministro disse que país tem papel importante na produção de insumos e na colaboração com o Butantan.
Na verdade, primeiro país a receber vacinas da Índia foi o Butão.
Calheiros quer saber sobre atritos do Itamaraty na política internacional e alinhamento com Donald Trump, ex-presidente dos EUA.
Araújo disse que "não houve alinhamento com os EUA". "Jamais promovi nenhum atrito com a China".
"Não mudamos de posição pragmática para uma ideológica", completou Araújo.
Ele acredita que houve êxito na aproximação com o governo Trump.
Calheiros perguntou se proximidade com Trump prejudicou relação do Brasil com o atual presidente norte-americano, Joe Biden.
Araújo negou problemas, mas reconheceu que "bom relacionamento entre os presidentes (Trump e Bolsonaro)" facilitava diálogo.
Calheiros questionou, então, se relação próxima do governo brasileiro com Trump trouxe benefícios no combate à pandemia.
"Acredito que sim", responde Araújo.
Calheiros perguntou Araújo sobre declarações do presidente Bolsonaro feitas em outubro de 2020, contra a China e vacinas do país.
Ex-ministro disse que não influenciou presidente da República no assunto.
Questionado sobre declarações contra a China, Araújo se defendeu.
"Não entendo nenhuma declaração como antichinesa", argumentou o ex-ministro das Relações Exteriores.
Aziz interrompe e relembra várias declarações de Araújo contra a China, como chamar coronavírus de "comunavírus".
"Está faltando com a verdade. Não faça isso", alertou presidente da #CPIdaCovid. "Se você quiser, eu leio aqui. Até bateu boca com o embaixador chinês".
Araújo argumenta que "comunavírus" diz respeito a um vírus ideológico e não ao coronavírus.
Explicou que artigo escrito em 2020 fez referência ao filósofo Zizek.
"A China é mencionada apenas lateralmente" no artigo, disse Araújo.
"O artigo não é sobre a China. Não vejo nada de ofensivo nele sobre a China", completou o ex-ministro.
Aziz se irrita: "Não faz isso, por favor".
Aziz ironiza e diz que Bolsonaro errou ao demitir Araújo.
"Não dá para permitir que nossos ouvidos aqui e aquilo que a gente assistiu passe em branco", disse o senador.
Calheiros cita falas especulativas de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e ministros contra China e pergunta se isso prejudicou relação com o Brasil no combate à pandemia.
"Não concordo. Não vejo hostilidade em relação à China. Especialmente da minha parte", respondeu ex-ministro.
"Não há prejuízo nas relações comerciais. Não há indícios de que nossa atuação tenha trazido prejuízos comerciais. Brasil é o país que mais recebeu insumos de vacinas produzidos pela China. Não fomos discriminados", disse Araújo.
Araújo disse que não endossou as declarações de Eduardo Bolsonaro contra a China.
"Objetivo era preservar as ótimas relações com a China. Isso está no texto que foi publicado, em março", completou o ex-ministro.
Indagado sobre a cloroquina, Araújo argumentou que no começo da pandemia havia procura internacional pelo remédio e expectativa em torno da possível eficácia do remédio contra a Covid-19.
Araújo disse que Brasil buscou cloroquina no mercado internacional a pedido do Ministério da Saúde.
Calheiros fez um adendo informando que Apsen, laboratório de importância, pertence a empresário apoiador de Bolsonaro.
Na #CPIdaCovid, Araújo foi perguntado sobre nota do Itamaraty comemorando entrega de cloroquina pelos EUA, em julho de 2020.
Ex-ministro atribuiu solicitação ao Ministério da Saúde.
Araújo foi questionado por Calheiros sobre possível aconselhamento paralelo ao governo no enfrentamento à pandemia.
Ex-ministro disse não ter "conhecimento de influência do doutor Olavo de Carvalho".
Calheiros lembrou artigo de Araújo sugerindo que OMS colaborava com o comunismo.
"Não declarei isso. Faz parte da interpretação minha do texto de um outro autor", disse o ex-ministro.
Araújo foi questionado por Calheiros sobre consórcio da Covax Facility.
Ex-ministro disse que jamais foi contra adesão do Brasil e que decisão final foi do Ministério da Saúde.
Aziz lembrou outra declaração de Araújo, em dezembro de 2020, dizendo que "quem é contra a cloroquina age politicamente".
Presidente da #CPIdaCovid falou que Brasil perdeu tempo com isso em vez de se preocupar com a compra de vacinas.
Ernesto Araújo diz que foi demitido após pressão do Senado.
Ex-ministro negou que a saída do governo tenha sido provocada pelo atraso do Itamaraty em ingressar na negociação de compra de vacinas.
Araújo disse que nunca foi orientado pelo Ministério da Saúde ou pelo presidente Bolsonaro para rejeitar parcerias internacionais a respeito de insumos e vacinas.
Com a palavra, senadora Kátia Abreu (PP-TO), representante da bancada feminina na #CPIdaCovid.
"Em primeiro lugar, quero descobrir quem foram responsáveis pelas mortes dos brasileiros" na pandemia, disse Kátia Abreu.
"Senhor não se lembra nada do que importa ou do que ocorreu efetivamente. A impressão que se tem é que existe um Ernesto que fala conosco e outro Ernesto na internet, nos artigos, no blog. Qual personalidade devemos considerar? Este aqui mostra um mundo cor de rosa", disse Abreu.
Abreu sobre agressões de Ernesto à China: "Temos frigoríficos esperando habilitação. Sabe o que falta? Diplomacia, empatia. Estamos tendo prejuízos, sim. O que tivemos de aumento para a China foi em função do aumento do consumo chinês".
Abreu pergunta se gestos de Araújo, como o artigo sobre "comunavírus", ajudaram o Brasil na questão das vacinas contra a Covid-19.
"O senhor estava lá como servidor do estado brasileiro. Para defender os brasileiros. E não a sua posição ideológica", disse.
Abreu disse que Araújo inventou o termo "globalismo" e o acusou de ter minimizado os ataques de apoiadores de Trump ao Capitólio, nos EUA.
"Senhor deve desculpas ao país. O senhor foi um negacionista compulsivo. Nos direcionou ao naufrágio da política internacional, da política externa brasileira. É voz unânime dos seus colegas no mundo inteiro. Em vez de pária, o senhor colocou o Brasil na posição de irrelevância".
Kátia Abreu quer que todas as correspondências entre os ministérios, sobretudo a respeito de vacinas, tenham acesso da #CPIdaCovid.
"Com essas comunicações em aberto, poderemos identificar qual ministro mais orientou o presidente", continuou.
Humberto Costa (PT-PE) disse que, depois da fala de Kátia Abreu, "ficou difícil achar o que perguntar" ao ex-ministro Ernesto Araújo.
Costa pediu opinião de Araújo sobre falas de Bolsonaro alegando uma suposta "guerra química" promovida pela China em torno do coronavírus.
Ex-ministro disse que não vai comentar declarações do presidente.
Costa classificou atuação do governo federal na pandemia como "de cabeça para baixo".
"A política externa brasileira sabotou a política de isolamento social e de vacinação", disse Humberto Costa.
Kátia Abreu a Ernesto Araújo: "O senhor é um negacionista compulsivo".
Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional e ex-chanceler tiveram atritos antes da demissão de Araújo.
Tasso Jereissati perguntou a Araújo se "conjunto de incidentes" -- declarações do ex-ministro, do presidente Bolsonaro e de filhos dele -- beneficiou a política externa brasileira durante a pandemia.
"A minha diplomacia, tenho certeza, foi uma boa diplomacia", disse o senador.
Girão fala novamente sobre necessidade de investigação de supostos desvios de dinheiro público durante a pandemia.
"Essa CPI está enveredando por um caminho um pouco preocupante", disse.
#CPIdaCovid pede que PF investigue ameaças aos integrantes do colegiado.
Manifestação partiu do vice-presidente da CPI e foi endossada pelo presidente, senador Omar Aziz (PSD-AM).
Girão disse existir uma "atmosfera de guerra política" em torno da pandemia no Brasil. E sugeriu que o governo é perseguido por ser conservador.
.@ItamaratyGovBr não contatou Venezuela para ajuda humanitária a Manaus.
Omissão do Ministério das Relações Exteriores no colapso sanitário da capital amazonense foi confirmado pelo ex-ministro Ernesto Araújo na #CPIdaCovid.
@ItamaratyGovBr Agora, senadores criticam o alinhamento ideológico do @ItamaratyGovBr com as posições do presidente Jair Bolsonaro, afirmando que isso dificultou as relações diplomáticas entre o Brasil e outros países durante a pandemia. #CPIdaCovid
@ItamaratyGovBr Carlos Heinze (PP) volta a defender o uso da cloroquina no tratamento contra a Covid-19. #CPIdaCovid
@ItamaratyGovBr Flávio Bolsonaro afirma que o governo federal fez, e continua fazendo, tudo que está ao seu alcance para combater a pandemia. #CPIdaCovid
@ItamaratyGovBr Omar Aziz, presidente da #CPIdaCovid, encerra a sessão. O que acharam do depoimento do ex-chanceler Ernesto Araújo?
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Senador Marcos Rogério, da base governista, inicia a sessão pressionando o presidente da CPI a convocar o governador do Amazonas, afirmando que há suspeitas de desvios de verbas destinadas ao combate da pandemia. #CPIdaCovid
O governador de Santa Catarina, @CarlosMoises (PSL), lamentou o atentando em uma escola na manhã desta terça-feira (4/5). Um jovem de 18 anos matou uma professora e três crianças.