Para evitar racionamento, governo estrutura leilão emergencial para usinas termelétricas.
Uma combinação de fatores foram responsáveis para essa tomada de decisão.
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Antes de mais nada, você precisa entender que esse leilão é feito para suprir a demanda de energia.
Caso o consumo seja maior que a produção.
O leilão é chamado de "oferta extra continuada", e contaria com termelétricas flexíveis que seriam despachadas apenas nos momentos em que for necessário.
O primeiro ponto para realização desse leilão, que eu já destaquei inúmeras vezes aqui no Twitter, é a falta de água nos reservatórios das hidrelétricas.
Sem água, vamos ter que recorrer as termoelétricas para o país não ficar no escuro.
A ideia é colocar as termos para funcionar e guardar a água dos reservatórios durante os próximos meses, em que as chuvas devem ser mais escassas.
Assim, a água será utilizada estrategicamente em momentos que o sistema estiver em pico de potência.
O segundo ponto, é que a Petrobras vai realizar uma parada para fazer a manutenção da plataforma de Mexilhão e do gasoduto Rota 1. E isso pode afetar a geração de algumas térmicas movidas a gás natural.
O Rota 1 é grande responsável em escoar o gás natural produzido ali e de outras plataformas do pré-sal e pós-sal da Bacia de Santos (a maior bacia offshore do país).
Para compensar a paralisação, a Petrobras prevê algumas medidas como aumento da produção de gás no seu terminal da Baía de Guanabara e o abastecimento por gás natural liquefeito (GNL), além de incremento da importação da Bolívia.
Mesmo com "solução" dada pela Petrobras, o governo não quer nem pensar na possibilidade de ter qualquer tipo de racionamento.
Mas não vá achando que isso é zelo pelo população.
Considerando que o próximo ano teremos eleições federais e estaduais, e o tema é visto politicamente como muuuuito sensível.
Nenhum político quer ver os eleitores nas urnas com a memória de um racionamento de energia recente.
Agravando a situação, a termelétrica GNA I, de 1,3 GW de potência, pode atrasar sua entrada em operação para até 31 de outubro.
Em abril, a usina, que entraria em operação comercial até o fim de maio, comunicou as autoridades que precisaria adiar essa data em até dois meses, devido à ocorrência de eventos durante a fase final de implantação e no período de comissionamento.
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