A cidade foi inaugurada em 1897, como nova capital para Minas Gerais.
Seus quarteirões, vegetação e ruas foram inspiradas no plano urbano Paris.
A longa avenida Afonso Pena foi arborizada com diversos fícus, uma planta bastante presente na capital francesa.
Porém, em 1963, as 350 plantas da avenida foram cortadas durante a madrugada.
A ação foi justificada para evitar a maior proliferação dos insetos Gynaikothrips.
Com a rápida expansão urbana da cidade, os novos bairros não seguiram o planejamento "parisiense" do centro.
Mais tarde, a capital recebeu o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, com projetos de Oscar Niemeyer.
O plano diretor de Belo Horizonte, só chegaria anos depois.
Antes da inauguração da cidade, a capital de Minas era Ouro Preto.
O ciclo do ouro moldou o atual Brasil: estabeleceu o português como língua oficial - não o tupi - aumentou o povoamento do sudeste e tornou o comércio de africanos escravizados uma atividade industrial.
Embora Ouro Preto tivesse sido o motor econômico do país, não desenvolveu outras áreas como comércio, artes ou manufatura.
Assim como outras cidades fundadas para a mineração, Ouro Preto caiu em ruína econômica no século 19.
Contamos tudo isso no nosso podcast sobre o Ciclo do Ouro: spoti.fi/32T5DqQ
Embora houvesse pressão em Portugal e nas futuras monarquias para a construção de uma nova capital em Minas, pouco foi feito.
Apenas com a República, em 1889, o governo atendeu em maior volume aos pedidos de transferência das capitais.
Novas cidades foram construídas para receber automóveis, eletricidade e saneamento básico.
Esse foi o exemplo de Belo Horizonte, inspirado no plano urbano de Paris de Georges Haussmann.
O engenheiro e urbanista paraense Aarão Reis utilizou a capital francesa como modelo na concepção da cidade mineira.
O sucesso do desenvolvimento de Belo Horizonte seria um estímulo para a criação de outras cidades planejadas, como Goiânia, Boa Vista, Maringá e Brasília.
Hoje, Belo Horizonte é uma das cidades com a maior qualidade de vida da América Latina, medida pela infraestrutura, cena cultural e mercado de trabalho.
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