Os efeitos da mudança do clima, do aquecimento global e do aumento da temperatura média no planeta já estão sendo sentidos no Ártico.
O derretimento da camada de gelo polar abre um novo capítulo para a exploração econômica de petróleo, gás e recursos minerais na região.
Novas rotas de navegação se tornam mais atraentes e viáveis para utilização comercial em todas as épocas do ano (e não apenas no verão).
A Rota Marítima do Norte, que margeia o litoral russo por milhares de quilômetros, interessa particularmente à China para ligar o Leste asiático e a Europa. É uma opção mais rápida e econômica em comparação com a rota que passa pelo Canal de Suez.
A Passagem do Noroeste, que atravessa territórios do Canadá, também seria de interesse como alternativa mais curta para a navegação entre a Europa e a Ásia-Pacífico.
Com tudo isso, existe um renovado interesse estratégico no Ártico. Os principais atores com territórios na região são Rússia, Canadá, EUA, Noruega e Dinamarca (Groelândia). Outros países que não são do Ártico também estão atentos aos desdobramentos.
A Rússia é a potência com maior número de navios quebra-gelo e possui diversas bases militares ao longo das rotas polares.
As rivalidades podem reacender reivindicações territoriais e disputas veladas por maior influência.
A Dorsal Lomonosov é uma formação geológica que perpassa a calota polar ártica. Pelo menos três países alegam que se trata de uma extensão de sua própria plataforma continental.
Estabelecido em 1996, o Conselho do Ártico fornece uma plataforma multilateral de negociações para discutir coletivamente temas de interesse comum, aproximar os países e manter a estabilidade.
Trata-se de uma região a observar no campo das relações internacionais.
Seguem algumas sugestões de bibliografia para quem quiser se aprofundar.
Dica de leitura sobre o dilema da conectividade e as relações internacionais. [+]
A conectividade aumenta o espaço de comparação entre indivíduos e sociedades. Como evitar que a conectividade induza a mais competição e, consequentemente, mais conflito?
Há hoje uma paz desconfortável (“unpeace”), um estado de tensão permanente entre as principais potências do mundo moderno.
Você sabia? O primeiro número da revista britânica The Economist, de 1843, trazia uma matéria de capa sobre as relações comerciais com “the Brazils”. Como assim? 👇🏻🧵
Embora estejamos acostumados a ver nos mapas históricos um Brasil unificado desde 1822, a vastidão do território era tal que os britânicos e outros ainda falavam à época de vários “Brasis”.
O interesse comercial britânico não era pequeno. O Brasil era desde 1808 o maior mercado para as exportações da Grã-Bretanha na América do Sul.
A primeira coisa que uma Embaixada precisa para funcionar bem é ter uma equipe de trabalho comprometida, incluindo o chefe do posto, funcionários do serviço exterior brasileiro e contratados locais. #Itamaraty
O pessoal lotado se ocupa dos muitos setores de uma #Embaixada: político, comercial, cultural, consular, defesa e segurança, cooperação, meio ambiente, imprensa, educação, ciência, tecnologia e inovação, administração, contabilidade, comunicações, etc... (ops, quase não coube).
Mas nos lugares onde as condições de vida são mais difíceis, lotar bem uma Embaixada não é tarefa fácil. Quem vai cuidar do arquivo?
Nesta terça-feira, 15 de setembro, tem início a 75ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. Dúvidas a respeito? Segue o fio. 👇🏻
As Nações Unidas constituem a principal organização multilateral de escopo universal. Seus três pilares são: 1) manutenção da paz e da segurança internacionais; 2) desenvolvimento econômico e social; e 3) promoção dos direitos humanos.
A Assembleia Geral é o principal órgão deliberativo das Organização e reúne todos seus 193 Estados-membros. Na Assembleia Geral, cada Estado tem direito a um voto, independentemente de seu tamanho, população, poder militar ou econômico.
Some friends asked me for an English version of my thread on why Brazil is the first to speak in the annual General Debate of the UN General Assembly. Here it is.
Why is Brazil the first to speak at the UN General Assembly? Every year in September people ask themselves this question. Time to dispel a few myths about this tradition.
Myth 1: The tradition began in 1946 during the 1st General Assembly.
Not really. Brazil was not even the first Member State to speak in 1946. The customary practice will be established a few years later.