Abstinência sexual como método contraceptivo, o fio 🧶
Ontem a Câmara Municipal de SP ia votar o projeto de lei que criaria o Programa Escolhi Esperar, que preconiza abstinência sexual como método contraceptivo para adolescentes. Ao que parece a votação foi adiada.
Existem diversas abordagens de educação sexual nas escolas e na sociedade. Uma pesquisadora que usei em minha dissertação, Furlani, dividia em 8 possíveis abordagens. Obviamente são apenas categorizações para fins de organização e não dão conta da totalidade.
Mas uma dessas abordagens é a moral tradicionalista, que diz que a educação sexual é responsabilidade da família, e preconiza como método contraceptivo a abstinência sexual. Um dos principais problemas dessa abordagem é a privação de informação, que gera perpetuação de +
Estereótipos. Além disso, ignora o fato de que a maior parte dos abusadores de crianças e adolescentes se encontra dentro de casa. Deixar essa responsabilidade À cargo das famílias, q em sua maioria não abordam esse assunto, n tem capacidade técnica ou ainda limitações "morais"
retira o direito das crianças e adolescentes de receber uma educação sexual de qualidade e retira o dever da escola de fazer essa educação sexual.
Essa abordagem já foi inspiração para diversos programas educacionais ao redor do mundo.
Nos EUA foi aplicado através do programa Abstinência somente, que deu totalmente errado. Os adolescentes continuavam engravidando, e contraindo doenças. Claro, informação não é suficiente para mudar essa realidade, mas faz parte da transformação.
Tanto deu errado que os EUA aboliu esse programa e agora os conservadores brasileiros tentam copiar esse modelo q já vem sendo abolido por se mostrar, OBVIAMENTE, ineficiente.
Crianças e adolescentes tem o direito de ter acesso à educação sexual de qualidade.
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