⚠️ O Camarote teve acesso aos documentos do caso Marielle e Anderson, cujos sigilos foram removidos pelo STF. São eles:
1. Decisão de Alexandre de Moraes que autoriza a prisão preventiva; 2. Parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR); 3. Parecer da Polícia Federal.
Em análise ao relatório da Polícia Federal, chama a atenção o trecho em que a instituição afirma que o assassinato de Marielle Franco foi concebido por Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, e planejado por Rivaldo.
Em novo excerto, o relatório aduz que para além de um crime contra a vida, o caso Marielle e Anderson se traduz como um verdadeiro atentado ao Estado Democrático de Direito.
Na decisão que autorizou a operação de hoje, o ministro Alexandre de Moraes destacou uma série de acontecimentos que comprovariam o uso criminoso da ABIN pelo governo Bolsonaro.
Vamos aos trechos da decisão: 👇
Paulo Magno, gestor do sistema espião, teria sido flagrado pilotando um drone nas proximidades da residência de Camilo Santana, então Governador do Ceará e atual ministro da Educação.
A ABIN teria sido usada ilegalmente em ações que buscavam criar uma narrativa para apoiar o ataque às Urnas Eletrônicas. Tal operação envolveu a produção de relatórios apócrifos.
Luis Roberto Barroso interrompeu o voto do André Mendonça para dizer que Xandão de Moraes e Fachin (relator) estavam errados nos votos deles.
Segundo Barroso, Xands e Fachin estavam votando sobre uma particularidade que não estava prevista na ação que está em julgamento.
Xandão tomou a palavra pra dizer que não fazia sentido porque o julgamento estava em "Repercussão Geral", como havia sido aprovado pelos ministros (inclusive).
Mais de mil relatórios da ABIN e GSI que alertavam sobre a gravidade da pandemia foram colocados em sigilo e escondidos sob Bolsonaro.
Os relatórios alertavam sobre alta da Covid, projeção de aumento de mortes, e colapso de diversas regiões.
Todos ignorados.
Nos relatórios a ABIN e o GSI citavam distanciamento social e vacinação como formas efetivas para controle da pandemia, listavam estudos que desaconselhavam cloroquina e alertavam de forma clara o risco de colapso do sistema de saúde e funerário do Brasil.
Os cenário descritos nos relatórios chegaram a ser concretizados, como a projeção feita em 26/03 que apontava que o Brasil teria entre 330mil e 338mil mortos em Abr/21. Em 07/04/21 o Brasil atingiu 341.097 mortos pela pandemia.