Qual foi a jogada mais marcante de um dos maiores ataques que a NFL já conheceu?
Nas 3 temporadas de 1999 a 2001 o St Louis Rams foi o líder da NFL em:
- Total de jardas
- Jardas de passe
- Jardas de passe por tentativa
- Passes para TD
E o QB Kurt Warner foi MVP da liga em 99 e 01, os 2 anos que o time chegou ao Super Bowl, vencendo em 1999.
Uma máquina.
Numa entrevista para o Coach Vass, Kurt Warner foi perguntado sobre qual teria sido a jogada mais influente do Greatest Show on Turf.
A jogada que ele vê até hoje sendo executada na NFL por outros times.
A resposta dele foi sem hesitação: 525 F Post
Mas como a 525 F Post ataca as defesas?
Pra qual cobertura ela funciona melhor e qual a progressão do QB?
Confere aqui no vídeo:
E vamos ver um exemplo de como a jogada funciona na prática.
Mas será q ela é mesmo ainda tão usada nos dias de hoje?
No pré-draft em 2018, Kirk Cousins pediu pro QB Kyle Lauletta (4o rounder do NYG) pra desenhar uma das suas jogadas favoritas no College.
A escolhida?
Clemson Wac 61 W Missile ou....525 F Post.
Vimos no final vídeo anterior o Lauletta falando do WR ajustar a sua rota Comeback para uma Burst Corner contra Cloud Coverage.
Vamos então entender qual o motivo pra isso.
Bom, a jogada é usada no College até hoje. Ok.
Mas e no profissional?
Na NFL ela também é usada por diversos times.
E com os mais variados nomes.
Aqui a jogada no playbook do Jay Gruden em WAS, que o Cousins mencionou.
F Post = W Missile = Zebra Quick Seam
Influence Shallow = Kill route = Eliminator Route
E no playbook do Shanahan...
F Post = W Missile = Zebra Quick Seam = Arches
Influence Shallow = Kill route = Eliminator Route
Inclusive o nome Arches dado pelo Shanahan é inspirado no Gateway Arch, famoso monumento de St Louis, em uma clara homenagem ao St Louis Rams.
Você talvez tenha reparado q tanto Kyle Shanahan quanto Jay Gruden usam uma progressão diferente da usada pelos Rams com Mike Martz.
Em vez da Comeback como 2ª opção eles colocam a Shallow.
E por que essa diferença?
Na minha visão é uma diferença de filosofia entre os técnicos.
Aqui Warner explica o porquê, na visão dele e do Martz, a Comeback seria a progressão natural.
É uma filosofia de procurar sempre a rota de maior profundidade, colocando pressão na defesa ao arriscar um passe + longo.
Já Jay Gruden e Kyle Shanahan acreditam numa filosofia de sempre colocar a bola na mão do seus playmakers em movimento, maximizando o ganho de jardas após a recepção.
Como é explicado aqui pelo Steve Sarkisian, OC de Alabama em 2020.
Por fim uma coisa que volta e meia me perguntam quando eu mostro algum conceito de jogada é como seria o melhor jeito de pará-la.
Aqui vemos Cousins explicando pro Lauletta uma maneira bastante usada pelas defesas pra isso.
JT O'Sullivan, ex-QB que jogou na NFL com Mike Martz nos 49ers e hoje tem o canal no Youtube QB School, explicou como acabou aprendendo essa lição na prática ao sofrer uma INT contra os Packers.
Infelizmente por ser um jogo antigo de pre-season não consegui a imagem aérea da jogada e nem o replay por outro ângulo.
Mas com alguns prints consigo ilustrar o que aconteceu.
Nesse outro vídeo, de uma jogada parecida com a F Post, dá pra ver bem o defensor passando o recebedor pro Rat e ficando livre pra tentar cortar a linha de passe.
Podemos ver o Rat fazendo sinal pro CB que ele vai assumir a rota cruzada.
O CB fica livre no papel de Rat, mas acaba deixando algum espaço e o Tannehill ainda consegue completar o passe numa janela bem apertada.
Um passe um pouco pior poderia facilmente ter acabado em INT.
Bom, isso era tudo que eu tinha sobre a 525 F Post.
Espero que tenha gostado.
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Como Tom Brady chegou ao 7º titulo e Tampa Bay se tornou o primeiro campeão a jogar a decisão em seu próprio estádio.
Nas threads que fiz ao longo da semana analisei as estratégias que as duas defesas utilizam para gerar pressão no QB.
E, como esperado, esse fator mostrou-se decisivo para o resultado.
Mahomes foi o QB mais pressionado da história do Super Bowl, e embora em alguns lances ele tenha sua parcela de culpa por ter segurado demais a bola, em mais de 40% das jogadas a OL não conseguiu sustentar a proteção por ao menos 2,5 segundos.