Em 2020, Mizael Silva foi para a casa da tia, na região metropolitana de Fortaleza, fazer um tratamento dermatológico e nunca mais voltou para sua casa no interior do Ceará. Morte do jovem pela polícia ainda não foi denunciada pelo MP.
Na madrugada do dia primeiro de julho de 2020, dois policiais militares invadiram a casa da tia de Mizael, em Chorozinho (CE). O jovem de 13 anos estava dormindo.
Lizangela, tia do garoto, diz que os policiais pediram para que ela, o marido e os dois filhos ficassem do lado de fora da casa e afirma que um dos PMs atirou e falou "fiz merda, fiz merda!”.
Lá dentro, o jovem Mizael foi executado com um tiro de fuzil.
"Mizael era uma criança muito carinhosa, brincalhona. Ele alegrava todo mundo quando chegava. Só brigávamos com ele para ele parar de ficar abraçando e beijando a gente o tempo todo”, lamentou a tia em entrevista à Ponte na época. ponte.org/pms-matam-garo…
Os policiais alegaram que o adolescente estaria armado no momento da ação e teria negado o pedido de soltar o revólver. A família nega.
Somente em fevereiro deste ano, a reconstituição da morte de Mizael foi realizada com a presença do sargento Enemias Barros da Silva e o soldado Luiz Antônio Jucá, ambos envolvidos na ação.
A mãe do jovem, Leidiane Fernandes, segue na busca por justiça ao seu filho e conta com o auxilio dos movimentos Mães do Curió e Mães da Periferia de Vítima Por Violência Policial do Estado do Ceará.
Hoje, um ano após a morte de Mizael, família continua sem respostas do governo de @CamiloSantanaCE e o PM que o matou segue em liberdade recebendo seus honorários.
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Em São Paulo, ato pelo impeachment de Bolsonaro na tarde deste sábado (3/7) já reúne milhares de pessoas. Nossa repórter @beatriz_drague está na Avenida Paulista e traz relatos e imagens, acompanhe no fio. #3JForaBolsonaro
AGORA | A @coalizaonegra realiza um ato na av. Paulista, em São Paulo, em memória de Kathlen Romeu, Gibinha e outras vítimas da ação da polícia. A repórter @beatriz_drague acompanhe o protesto que pede justiça e o fim do genocídio do povo negro.
"Não se esqueço, meu povo. Se Palmares não vive mais, faremos Palmares de novo", protestam:
"Não existe democracia enquanto a população negra for morta pelo Estado brasileiro", diz Adriana Moreira da @coalizaonegra.
JUSTIÇA POR KATHLEN | Neste momento, moradores do complexo do Lins, zona norte do Rio, protestam e pedem justiça por Kathlen Romeu, jovem negra e grávida que foi morta durante ação da PM na tarde de ontem na comunidade.
Os manifestantes lembram as vítimas da violência policial e também protestam contra o governador @claudiocastroRJ e o presidente @jairbolsonaro. O ato está sendo acompanhado pela polícia.
AGORA | STF decide se o fotojornalista Alex Silveira, atingido no olho por bala de borracha em manifestação na Paulista há 21 anos, será indenizado pelo Estado.
Siga o fio para acompanhar os destaques do julgamento e conhecer outros casos 👇 ponte.org/stf-julga-na-p…
Casos de pessoas que perderam a visão por tiros de bala de borracha são recorrentes, como reporta a Ponte. Nos atos do Movimento Passe Livre em 2015, um jovem foi atingido no olho direito. ponte.org/ainda-nao-sei-…
Dayane foi outra vítima. Em 2013, ela perdeu o olho em uma operação da PM em Paraisópolis (SP) e contou à Ponte, três anos depois, que seguia sem assistência médica ou psicológica adequadas. ponte.org/dayane/
Moradores da comunidade do Lins, zona norte do Rio, protestaram na tarde desta terça-feira (8) após a morte de Kathlen Romeu, mulher negra e grávida de 24 anos, durante uma ação da polícia na na comunidade Vila Cabuçu, que faz parte do Complexo do Lins.
Segundo a polícia, Kathlen foi baleada em uma troca de tiros com traficantes e levada ao Hospital Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu e faleceu. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Kathlen Romeu era designer de interiores e fez um post recentemente em seu Instagram anunciando que estava grávida.
Levantamento “Visível e Invisível – a Vitimização de mulheres no Brasil” realizado pelo Datafolha, a pedido do @forumseguranca, mostra que cerca de 17 milhões de mulheres foram agredidas com socos, chutes ou tapas no último ano.
A pesquisa revela que os casos de assédio são superiores entre mulheres pretas, 52,2%, em relação às mulheres brancas, 30%. Na pandemia, fatores econômicos e o convívio maior com os agressores, por conta da quarentena, agravaram a situação.