O caso Judith Barsi, a pequena atriz e dubladora que foi assassinada:
Judith Barsi, aos 10 anos de idade, possuía um extenso currículo de atuação em shows de TV, comerciais e dublagem, tendo uma carreira promissora pela frente. Seu trabalho foi interrompido, entretanto, pelo seu frio assassinato, cometido pelo próprio pai.
Judith Eva Barsi nasceu no dia 6 de junho de 1978, em Los Angeles, Califórnia. Seus pais, József Istvan Barsi e Maria Virovacz, eram imigrantes húngaros que fugiram de seu país de origem durante a Revolta Húngara de 1956 e se conheceram em um restaurante nos EUA.
Os pais de Judith perceberam bem cedo que a beleza e inteligência da filha poderia render-lhe trabalhos no ramo do entretenimento — e ajudar com a renda familiar. Assim, quando completou cinco anos de idade, a menina passou a aprender atuação com a mãe.
Judith foi inicialmente descoberta por uma equipe de gravação numa pista de patinação no Vale de São Fernando (Califórnia), quando foi confundida com uma criança de 3 anos, mesmo já tendo 5½. A partir daí, passou a participar de várias audições para comerciais e programas de TV.
Seus dois papéis mais memoráveis foram como dubladora. Judith dublou a “Ducky” (“Patassaura”, o seu papel favorito) em “Em Busca do Vale Encantado” (1988) e “Anne-Marie” (“Ana Maria”) no clássico “Todos os Cães Merecem o Céu” (1989), ambos lançados posteriormente à sua morte.
O trabalho não só impedia que fosse ao colégio normalmente como também a deixava com pouco tempo para fazer amizades ou cultivá-las. “[Ela] sentia falta de estar na escola, porque ela sentia muita falta dos amigos”, disse uma colega, na época do crime.
Maria, segundo todas as fontes que relatam a história dos Barsi, sempre cuidou bem da filha e a apoiava bastante em sua carreira. O pai de Judith, por outro lado, era uma pessoa extremamente volátil e que abusava emocional e fisicamente da esposa e filha.
Enquanto Judith crescia em seu ramo, Jószef mantinha sua condição de alcoólatra e seus problemas temperamentais pioravam. O trabalho de encanador do pai de família se tornou secundário ao tempo que passava bebendo, e ele proibia que Maria trabalhasse.
Esses dois fatores levaram a família da menina a uma situação financeira pífia, que seria superada apenas com o trabalho de Judith, cuja ascensão no meio hollywoodiano permitiu que provesse a maior parte da renda familiar, ganhando em torno de $100.000 anualmente aos 9 anos.
Os ganhos da filha permitiram que a família comprasse uma boa casa de três quartos na região oeste do Vale de São Fernando. Nesse período, os pais de Judith decidiram submetê-la a um tratamento hormonal para acelerar e estimular seu crescimento, feito no hospital da UCLA.
Ruth Hansen, agente de Judith, afirmou que parte do sucesso da menina era devido à sua aparência jovem. Com 10 anos, media 1,12m e sua fisionomia sugeria que tivesse 7 ou 8 anos. Em razão disso, as oportunidades da garota ficaram mais limitadas à dublagem.
Isso piorou a situação financeira da família, que decidiu a submeter a um tratamento para crescimento; todavia, no mesmo período em que passou a tomar as injeções, ela foi acometida por tricotilomania: começou a roer as unhas, arrancar seus cílios e puxar os bigodes de seu gato.
Além disso, Judith passou a viver estressada e ganhou peso. Seu agente percebia que havia algo de errado, mas só se tocou da extensão dos problemas de Barsi quando em maio de 1988, antes de uma audição, ela chorou histericamente e ficou completamente muda.
Por conhecer um pouco dos problemas domésticos que a cliente enfrentava, Hansen incentivou a mãe de Judith para que a levasse a um psicólogo infanto-juvenil. A conclusão, após a consulta, foi de que havia “problemas verbais, mentais e emocionais extremos com essa criança”.
O psicólogo reportou o caso aos Serviços de Proteção à Criança. Uma investigação foi aberta e ficou claro que não só Judith, como também sua mãe, era vítima de abusos por Jószef; contudo, o processo foi interrompido a pedido de Maria, que disse pretender se divorciar.
Também garantiu que se mudaria com a filha para um apartamento que ela alugava e usava como refúgio durante alguns dias para não ter que conviver com o marido. Amigos e vizinhos de Maria a encorajavam para que concretizasse seu plano de mudança e divórcio.
Porém, ela sempre hesitava, dizendo que não podia rejeitar seu trabalho duro na carreira da filha e deixar sua família e casa; no entanto, essa era uma meia-verdade: “Eu não posso, porque ele virá atrás de nós e nos matará, e ele ameaçou queimar a casa”, revelou a uma vizinha.
O abuso perpetrado por Jószef começou em 1986. Naquele ano, Maria registrou um boletim de ocorrência no qual acusava o marido de prometer sua morte, estrangulá-la e de bater em seu rosto. Como a polícia não encontrou sinais de violência em Maria, ela decidiu não prestar queixa.
Judith reclamava sobre os abusos com seus colegas. Uma amiga sua relatou que, quando Barsi apareceu com o nariz lesionado, contou que seu pai jogara panelas nela. Em outra ocasião, falou que estava com receio de ir para casa, e que sabia que seu pai queria matar sua mãe.
Antes de viajar para o set de “Tubarão IV”, que ficava nas Bahamas, Jószef, enquanto segurava uma faca, afirmou para a filha que “Se você decidir não voltar, vou cortar sua garganta”. O agente de Judith afirmou ter testemunhado o momento em que o pai reiterou a ameaça:
“Lembre-se do que eu disse antes de você sair”. Em outra ocasião, quando Maria deu uma pipa para a filha, Jószef tirou o brinquedo de Judith, que tentou proteger o presente, mas não conseguiu impedir que seu pai o quebrasse em vários pedaços e a chamasse de “fedelha mimada”.
Jószef falava abertamente das ameaças que fazia. Um vizinho relatou que o húngaro teria dito ”500 vezes que ia matar sua esposa”. Certa vez, decidiu perguntar o que aconteceria com sua filha se a mãe dela morresse. A resposta foi taxativa: “eu tenho que matá-la também”.
Os abusos sofridos por Maria e Judith eram conhecidos dos vizinhos. Eles alegaram que ele especulava sobre assassinar a filha, se suicidar e deixar apenas Maria viva para que ela sofresse. Ao idealizar o crime, no entanto, Jószef mudou de ideia sobre essa declaração.
No dia 25 de julho de 1988, numa segunda-feira, Judith saiu para andar de bicicleta pela manhã. Mais tarde, ela faltou uma audição com a saudosa “Hannah Barbera” para uma nova animação da companhia. O passeio em sua bicicleta foi a última vez que a menina foi vista com vida.
Naquele dia, os pais de Barsi brigaram e Jószef decidiu concretizar suas ameaças ao longo dos anos. Ele aguardou que Maria (48) adormecesse e a matou com disparos de pistola; em seguida, encerrou a vida da filha (10) da mesma forma.
Na manhã de 27 de julho daquele ano, Eunice Daly, vizinha e confidente de Maria, ouviu um som alto e viu fumaça saindo da casa ao lado. No momento, ela concluiu que “[Jószef] conseguiu. Ele as matou e ateou fogo na casa, assim como ele disse que faria”. Foi ela quem discou o 911.
O barulho foi do disparo de Jószef (55) contra si. Após incinerar as vítimas, se suicidou. O incêndio destruiu o interior da casa comprada com os esforços de Judith e Maria. A perícia confirmou que, de fato, foi o húngaro quem cometera os crimes.
Judith foi enterrada junto com a mãe no “Parque Memorial Gramado da Floresta”, em Los Angeles. Na sepultura da pequena atriz, foi gravado o texto “Nosso anjo de concreto. Yep! Yep! Yep!” (em alusão à célebre fala da “Patassaura”, dublada por Judith).
A música dos créditos de encerramento de “Todos os Cães Merecem o Céu”, “O Amor Sobrevive”, foi dedicada em memória de Judith, que nunca teve a chance de ver dois de seus trabalhos favoritos.
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