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Aug 5, 2021 19 tweets 12 min read Read on X
Atualizações sobre efetividade de vacinas:
🇨🇱 Dados de efetividade do Chile para CoronaVac, Pfizer e AstraZeneca
🇹🇭 Efetividade na Tailândia com a CoronaVac, contra variantes #Alfa e #Delta
🇧🇷 Dados em imunossuprimidos com a CoronaVac mostrando proteção

👇🧶
🇨🇱Em mais de 8.600.000 individuos>16 anos, 14 dias após a 2ª dose, a CoronaVac foi efetiva em prevenir:
▪️ 58,49% para casos sintomáticos
▪️ 86,02% para hospitalização
▪️ 89,68% para UTI
▪️ 86,38% para óbitos

Fonte: @ministeriosalud minsal.cl/vacunas-contra…
Ainda, nesse mesmo dado do @ministeriosalud temos para a Pfizer (4.500.000 indivíduos >16 anos, 14 dias após a 2ª dose):
▪️ 87,69% para casos sintomáticos
▪️ 97,15% para hospitalização
▪️ 98,29% para UTI
Nenhum óbito registrado para o tamanho da amostra analisada
Por fim, para a AstraZeneca (2.380.000 indivíduos>16 anos, 14 dias após a 2ª dose, via @ministeriosalud ):
▪️ 68,68% para casos sintomáticos
▪️ Nenhuma hospitalização, ingresso de UTI e óbito registrado para o tamanho da amostra analisada
🇹🇭 Um estudo do Ministério da Saúde Pública da Tailândia (MOPH) mostrou que a vacina da Sinovac protege em:
▪️ 90% contra a variante #Alfa, além de ser 85% eficaz contra a infecção pulmonar
▪️A partir de junho, quando 20% a 40% dos casos de COVID-19 do país foram causados pela variante #Delta, a eficácia do imunizante foi de 75%

O estudo foi feito durante o período de abril a junho

Fonte: @butantanoficial butantan.gov.br/noticias/pesqu…
De acordo com o MOPH, dos 677.348 profissionais da área médica tailandesa que foram imunizados com a vacina, cerca de 600 pegaram a infecção (em torno de 0,09% do total)
Ainda, outro estudo pelo Centro de Excelência em Virologia Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade Chulalongkorn da Tailândia, mostrou que 99,49% dos imunizados com a CoronaVac desenvolveram anticorpos para o SARS-CoV-2 4 semanas depois de receberem a 2ª dose
🇧🇷 Um estudo realizado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) analisou a imunogenicidade de 2 doses da CoronaVac em:
👥910 indivíduos com doenças reumáticas autoimunes (ARD)
👥182 indivíduos saudáveis

nature.com/articles/s4159…
Pacientes com ARD tinham os seguintes diagnósticos de doença:
▪️artrite inflamatória crônica (CIA) (n=451, 49,6%), ▪️artrite reumatóide (AR) (n=256, 28,1%), ▪️espondiloartrite axial (axSpA) (n=106, 11,6% )
▪️artrite psoriática (APs) (n=89, 9,8%)
▪️outras ARD sistêmicas (n=459, 50,4%)
▪️lúpus eritematoso sistêmico (LES) (n=232, 25,5%)
▪️vasculite primária (n=66, 7,3%)
▪️síndrome de Sjögren primária (SSj) (n=42, 4,6%)
▪️esclerose sistêmica (ES) (n=41, 4,5%)
▪️miopatias inflamatórias idiopáticas (IIM) (n=41, 4,5%)
▪️antifosfolipídeo primário síndrome (PAPS) (n=37, 4,1%)
Após a 1ª dose (D28), observamos que, em ambos os grupos, a soroconversão é baixa (e foi menor no grupo com imunossupressão). Mas após a 2ª dose (D69), vemos a taxa de soroconversão dobrada, com quantidades de anticorpos 5x maior nos dois grupos

Duas doses são IMPORTANTÍSSIMAS!
Comparando com o grupo sem imunossupressão, os indivíduos com ARD,após a 2ª dose (D69) tiveram taxas menores (70,4 vs. 95,5%) e atividade neutralizante menor (58,7 vs. 64,5%), mas acima do critério estudado pelo trabalho, mostrando uma resposta boa induzida pela vacina.
Quanto aos dados de segurança, não houve eventos adversos moderados/graves, sendo a vacina bem tolerada pelos dois grupos!

Para mais infos sobre vacinas e indivíduos imunossuprimidos/imunocomprometidos, eis o fio:
O estudo não investigou a proteção (eficácia) a partir dessa resposta, e será um dos próximos passos. No entanto, os dados são promissores e positivos, ressaltando a importância da vacinação por parte desse grupo também!
O @butantanoficial escreveu uma reportagem no seu site que pode ser lida aqui: butantan.gov.br/noticias/coron…

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Jul 16
É uma questão de tempo até um surto maior ocorrer.

O @CDCgov confirmou, essa semana, 4 casos humanos de gripe aviária (H5N1) no Colorado🇺🇸, com a possibilidade de um 5º caso que ainda será confirmado, após exposição a aves infectadas em granja 🔻
Segundo o @CDCgov "todos os trabalhadores que testaram positivo relataram doença leve. Os trabalhadores relataram conjuntivite e lacrimejamento, além de sintomas mais típicos da gripe, como febre, calafrios, tosse e dor de garganta/coriza"

Porém, H5N1 é um vírus perigoso...
Primeiro, a partir dos dados que temos dos últimos anos, sua letalidade é alta.

Segundo, o H5N1 é capaz de infectar o encéfalo🧠 e parece fazer isso com mais frequência que outros influenza

Read 9 tweets
Jul 11
Gripe aviária: novos dados apontam que o vírus H5N1 responsável pelo surto em bovinos nos EUA apresenta adaptações capazes de facilitar a infecção e transmissão em mamíferos.

Já passou da hora de reconhecermos o crescente risco pra saúde pública dessa doença - fio🔻Image
RESUMO DOS ACHADOS:
1⃣a cepa de H5N1 que infectou bovinos (🐄-H5N1) pode induzir doença grave após ingestão oral ou infecção respiratória;
2⃣em ambos os casos, pode levar à disseminação sistêmica do vírus para diferentes tecidos do corpo
3⃣🐄-H5N1 pode ser transmitido de roedoras lactantes para seus filhotes, mas não para animais adultos com os quais tenham contato direto
4⃣uma possível explicação: em furões, o ➡️🐄-H5N1 não foi capaz de se transmitir de forma eficiente pela via respiratória (gotículas)
Read 20 tweets
Jul 6
Em 2024, o Brasil viu uma epidemia de dengue sem precedentes na sua história. As regiões das Américas concentraram a maioria dos casos, com destaque para o Brasil, com mais de 80% dos casos registrados

O que nos levou a isso? Fio do dia 🔻Image
O dado acima foi compartilhado pelo @ECDC_EU reforçando a grande ameaça à saúde pública que as arboviroses (vírus transmitidos por insetos) trazem, com riscos para grandes epidemias, impactos socioeconômicos e sobre o sistema de saúde

ecdc.europa.eu/en/dengue-mont…
Até abril de 2024, a @WHO registrou mais de 7,6 milhões de casos suspeitos de dengue em todo o mundo, com mais de 3 mil óbitos. Aumento ocorreu especialmente na região das américas (90% dos casos notificados), com destaque para o Brasil (+80% dos casos)
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Jun 25
Vacinas trazem risco pra Alzheimer?

Alegações tem sido feitas por conta de um artigo recente, mas além de o artigo não comprovar a existência do risco, ele também tem tantos fatores de confusão que me surpreende ter sido publicado

Então respira, e vem de fio 🔻 Image
O artigo utilizou dados de mais de 558 mil indivíduos de Seul 🇰🇷, divididos em dois grupos: vacinados e não vacinados

A ideia era analisar se há associação com o comprometimento cognitivo leve, que pode ser visto anterior ao desenvolvimento de demências, como Alzheimer
Os pesquisadores então analisaram os registros entre 2020 e 2021. Importante notar: as campanhas de vacinação em Seul começaram em 2021.

Isso faz com que o número de pessoas com 2 doses seja pequeno, comparado ao tamanho inicial da amostra


Read 14 tweets
Jun 18
Li e tenho algumas questões importantes:
- Mesmo pessoas fora de grupos prioritários e até mesmo que tiveram Covid-19 leve, podem desenvolver sequelas pós-Covid;
- Sequelas pós-Covid podem ser duradouras, reduzirem a qualidade de vida e trazer riscos à saúde;

Tem mais🔻
Nessa parte de um fio recente, trago alguns dados recentes quanto as informações sobre sequelas pós-Covid. Não só há um risco de morte permanecendo elevado, como há uma perda significativa da saúde como um todo.
Portanto, me preocupa não termos ainda uma construção de políticas públicas para a Covid longa. Sabendo dos seus riscos, da prevalência estimada em outros países, poderíamos já estar ao menos com políticas instituídas para reduzir riscos de contaminação com vírus respiratórios
Read 9 tweets
Jun 6
Se tu passar por manchetes sugerindo que a vacinação contra Covid-19 ajudou a aumentar o excesso de óbitos, saiba que não é o que o estudo original sugere: o excesso de mortes “permanece elevado” APESAR do uso de vacinas (e outras medidas). Sem essas medidas, seria ainda maior🔻
O artigo original está no link abaixo e conclui: "o excesso de mortalidade permaneceu elevado no mundo ocidental durante três anos consecutivos, apesar da implementação de medidas de contenção e das vacinas contra a COVID-19."

bmjpublichealth.bmj.com/content/2/1/e0…
O artigo tem limitações importantes e deixa de lado a quantidade de mortes que foram evitadas graças a vacinação. Ainda, a circulação persistentemente alta do vírus, pelo enfraquecimento das medidas mitigatórias, pode estar por trás desse excesso.
Read 12 tweets

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