Mellanie F. Dutra Profile picture
Biomédica, Neurocientista/Bioquímica, Pesquisadora, Professora e TEDx Speaker | Saúde e Ciências | Ela/Dela | 🇧🇷 | #DefendaoSUS
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Jul 16 9 tweets 3 min read
É uma questão de tempo até um surto maior ocorrer.

O @CDCgov confirmou, essa semana, 4 casos humanos de gripe aviária (H5N1) no Colorado🇺🇸, com a possibilidade de um 5º caso que ainda será confirmado, após exposição a aves infectadas em granja 🔻
Segundo o @CDCgov "todos os trabalhadores que testaram positivo relataram doença leve. Os trabalhadores relataram conjuntivite e lacrimejamento, além de sintomas mais típicos da gripe, como febre, calafrios, tosse e dor de garganta/coriza"

Porém, H5N1 é um vírus perigoso...
Jul 11 20 tweets 5 min read
Gripe aviária: novos dados apontam que o vírus H5N1 responsável pelo surto em bovinos nos EUA apresenta adaptações capazes de facilitar a infecção e transmissão em mamíferos.

Já passou da hora de reconhecermos o crescente risco pra saúde pública dessa doença - fio🔻Image RESUMO DOS ACHADOS:
1⃣a cepa de H5N1 que infectou bovinos (🐄-H5N1) pode induzir doença grave após ingestão oral ou infecção respiratória;
2⃣em ambos os casos, pode levar à disseminação sistêmica do vírus para diferentes tecidos do corpo
Jul 6 18 tweets 5 min read
Em 2024, o Brasil viu uma epidemia de dengue sem precedentes na sua história. As regiões das Américas concentraram a maioria dos casos, com destaque para o Brasil, com mais de 80% dos casos registrados

O que nos levou a isso? Fio do dia 🔻Image O dado acima foi compartilhado pelo @ECDC_EU reforçando a grande ameaça à saúde pública que as arboviroses (vírus transmitidos por insetos) trazem, com riscos para grandes epidemias, impactos socioeconômicos e sobre o sistema de saúde

ecdc.europa.eu/en/dengue-mont…
Jun 25 14 tweets 4 min read
Vacinas trazem risco pra Alzheimer?

Alegações tem sido feitas por conta de um artigo recente, mas além de o artigo não comprovar a existência do risco, ele também tem tantos fatores de confusão que me surpreende ter sido publicado

Então respira, e vem de fio 🔻 Image O artigo utilizou dados de mais de 558 mil indivíduos de Seul 🇰🇷, divididos em dois grupos: vacinados e não vacinados

A ideia era analisar se há associação com o comprometimento cognitivo leve, que pode ser visto anterior ao desenvolvimento de demências, como Alzheimer
Jun 18 9 tweets 2 min read
Li e tenho algumas questões importantes:
- Mesmo pessoas fora de grupos prioritários e até mesmo que tiveram Covid-19 leve, podem desenvolver sequelas pós-Covid;
- Sequelas pós-Covid podem ser duradouras, reduzirem a qualidade de vida e trazer riscos à saúde;

Tem mais🔻 Nessa parte de um fio recente, trago alguns dados recentes quanto as informações sobre sequelas pós-Covid. Não só há um risco de morte permanecendo elevado, como há uma perda significativa da saúde como um todo.
Jun 6 12 tweets 3 min read
Se tu passar por manchetes sugerindo que a vacinação contra Covid-19 ajudou a aumentar o excesso de óbitos, saiba que não é o que o estudo original sugere: o excesso de mortes “permanece elevado” APESAR do uso de vacinas (e outras medidas). Sem essas medidas, seria ainda maior🔻 O artigo original está no link abaixo e conclui: "o excesso de mortalidade permaneceu elevado no mundo ocidental durante três anos consecutivos, apesar da implementação de medidas de contenção e das vacinas contra a COVID-19."

bmjpublichealth.bmj.com/content/2/1/e0…
Apr 27 9 tweets 3 min read
Casos de Oropouche em SC: pela primeira vez na história do estado, casos foram registrados em Botuverá (Vale do Itajaí).

A Febre do Oropouche é causada por um vírus (OROV), transmitida por mosquitos e é mais uma doença que pode estar sendo agravada por mudanças climáticas🔻Imagem gerada por inteligência artificial (https://openart.ai/) mostrando um vírus (em tons de azul) presente no ambiente, com folhas e terreno verde ao redor Três pacientes em Botuverá (entre 18 e 40 anos, sem histórico de deslocamento para fora do estado) foram confirmados até o momento.

A febre do Oropouche foi isolada pela 1ª vez no Brasil nos anos 60, com surto recente na região norte do país
g1.globo.com/ac/acre/notici…
Apr 5 12 tweets 3 min read
Covid-19 pode aumentar riscos por até um ano após a infecção para desfechos psiquiátricos como:
- transtornos psicóticos, de humor, de ansiedade, por uso de álcool e do sono

Riscos maiores em pessoas hospitalizadas, e menores entre vacinados 🔻Imagem gerada por Inteligência Artificial (IA) usando a ferramenta https://www.imagine.art/. Imagem de um homem do sexo masculino, branco, com partículas virais ao redor de sua cabeça, em tons escuros/frios de azul/verde. a Covid-19 pode também trazer um risco aumentado de o indivíduo precisar de prescrição de medicamentos psiquiátricos por conta dessas alterações persistentes, comparado com aqueles sem evidência de infecção mas que passaram por estressores parecidos relacionados à pandemiaImage
Apr 3 21 tweets 7 min read
Desde Jan/22, o CDC estima que mais de 82 milhões de aves foram afetadas pela gripe aviária (H5N1), em 48 estados, nos EUA. Com casos do vírus avançando entre mamíferos, fica a pergunta: hoje, o risco global é baixo, mas será que saberemos a tempo, quando não ser?

O fio 🔻Imagem criada pelo Bing (https://copilot.microsoft.com/ - gerador de imagens por Inteligência Artificial), contendo um céu cheio de pássaros voando, com partículas de vírus dispersos. O dado de cima foi tirado do monitoramento do H5N1 pelo CDC, pode ser conferido aqui:

Hoje foi publicado um texto que preparei para o @MeteoredBR sobre os casos de gripe aviária em rebanhos leiteiros no Texas, Michigan e Kansas.

cdc.gov/flu/avianflu/d…
Mar 21 17 tweets 5 min read
Alterações no sistema imunológico podem estar presentes 8 meses após a infecção, mesmo em pessoas com Covid-19 leve a moderada.

Essas alterações podem manter a inflamação de forma contínua e sustentada nessas pessoas, levando a danos em diferentes tecidos 🔻Imagem feita pela IA de https://openart.ai/create representando a ativação de células imunológicas sobre um tecido. Promt: immune cells activation antigens O estudo recente analisou o sangue de pacientes com Covid longa (CL), e comparou as amostras com:
- Indivíduos recuperados de mesma idade e sexo sem CL;
- Doadores não expostos;
- Indivíduos infectados com outros coronavírus.

O que os pesquisadores encontraram?
Mar 7 5 tweets 2 min read
Estudo com 56 indivíduos com ~10 anos, com COVID longa (vs. 27 sem COVID Longa) mostrou alterações importantes relacionadas à função autonômica do coração, que também podem ser vistas em adultos com COVID longa.

COVID longa em crianças NÃO DEVE ser minimizado🧵Image Os autores apontam que essas alterações poderiam levar a um fluxo sanguíneo anormal aos órgãos, contribuindo para sintomas como fadiga, dores musculares, intolerância ao exercício e dispneia, sintomas cognitivos (ex.: confusão mental)
Mar 4 20 tweets 6 min read
Estudo interessante da @VirusesImmunity e colegas, mostra diferenças em como a COVID longa afeta homens e mulheres: mulheres são mais propensas a apresentar COVID longa, com uma carga maior de sintomas afetando diferentes órgãos, e hormônios podem ser preditores da condição 🧵 Image O grupo de pesquisadores investigou como o perfil imunológico na COVID longa pode diferir entre homens e mulheres e se isso poderia nos ajudar a entender como essa condição afeta ambos.

165 indivíduos (com ou sem COVID longa) foram avaliados.
Feb 29 14 tweets 5 min read
COVID longa e Sist. Nervoso🧠:
- Em UK, ~113 mil participantes ➡️ prejuízos persistentes na cognição, raciocínio e memória, mostrando um efeito protetor da vacinação
- Na Noruega, +134 mil participantes foram acompanhados por 3 anos (!) ➡️ prejuízos persistentes na memória 🧵 No estudo do Reino Unido (UK), foi feita uma avaliação on-line da função cognitiva, como prejuízo de memória ou dificuldade de pensar ou concentração (“névoa cerebral/brain fog”).

Sobre névoa cerebral, tem fio falando:
Feb 24 11 tweets 3 min read
COVID longa: pesquisas apontam mecanismos por trás da NÉVOA CEREBRAL (dor de cabeça, fadiga, mal-estar, dificuldade no foco, etc).

A inflamação persistente e danos na barreira protetora do 🧠 podem estar presentes ATÉ UM ANO após a infecção em quem apresenta névoa cerebral 🧵 Image Vou deixar o link da pesquisa abaixo, que usou dados de ressonância magnética em pacientes com COVID longa que apresentam prejuízos cognitivos como a névoa cerebral (ou brain fog), além de análises no sangue desses pacientes.

🔗nature.com/articles/s4159…
Feb 16 18 tweets 6 min read
PRECISAMOS FALAR SOBRE A COVID-19!

Nesse fio, vou fazer uma atualização do cenário das variantes, de alguns dados de vacinas em relação às variantes mais presentes e trazer preocupações que eu tenho sobre esse cenário, em especial, na comunicação sobre a doença 🧵 O país/mundo enfrenta muitos desafios, mas COVID-19 ainda deve estar nas prioridades de enfrentamento, e ele precisa ser pensado para a população, e não apenas para os que tem maior risco da doença, pois até mesmo jovens e pessoas saudáveis podem ter sequelas
Feb 5 12 tweets 4 min read
Vacina intranasal contra a COVID-19 brasileira mostrou resultados promissores em camundongos 🐭:
- Ausência de toxicidade após a administração intranasal
- Ampliou a proteção na mucosa (com a produção de IgA), reduziu a carga viral no pulmão
- Poderia funcionar como reforço🧵Image A ideia de uma vacina intranasal é muito promissora, e estudos com essas propostas vem sendo conduzidos durante a pandemia. Comento no fio abaixo sobre isso, e sobre algumas vacinas intranasais aprovadas na China e na Índia:
Jan 31 4 tweets 2 min read
O que funciona contra o 🦟 da Dengue:
- evitar criadouros do mosquito, ex.: locais com água parada, especialmente próximos a/em residências;

O que não tem comprovação para evitar picada de 🦟:
- inhame
- suplementar vitamina B
- chás/óleos naturais (ex.: lavanda, melaleuca) 🧵 "aplicação de telas nas janelas; o uso de roupas que cobrem mais regiões do corpo em zonas de mata; a não realização de atividades em períodos de maior atividade dos mosquitos (manhã e entardecer) são possíveis alternativas e auxiliadores dos repelentes." .jornal.usp.br/atualidades/mi…
Jan 26 7 tweets 2 min read
Infelizmente, tivemos um caso de sarampo importado confirmado no RS. O paciente é um menino de 3 anos, procedente do Paquistão, um país com circulação endêmica desse vírus.

A preocupação maior são as baixas coberturas vacinais, que trazem riscos para reintrodução da doença 🧵Image O menino se encontra bem, familiares estão sem sintomas, e já foi feito um bloqueio vacinal seletivo (vacinação de todos que tiveram contato com ele), pra evitar casos da doença. O município (Rio Grande) que o caso foi detectado seguirá em monitoramento p/ possíveis novos casos
Jan 16 17 tweets 5 min read
Tu já teve a sensação de ter experimentado algo que parece que já aconteceu antes?

Às vezes a sensação é tão potente que temos absoluta certeza disso, chamado de déjà vu (“já visto”, em francês) e não é uma falha da matrix, mas algo interessante rolando no seu cérebro 🧵 Nosso encéfalo🧠está processando um número exorbitante de infos a todo o momento e muitas delas são relevantes de serem lembradas, acionando circuitos da memória, que explico abaixo, no fio quotado 👇

Jan 15 10 tweets 4 min read
Ter o esquema vacinal inicial antes de contrair o vírus reduz riscos de condições pós-COVID, mesmo na circulação da Ômicron.

Agora, @VirusesImmunity mostra, num estudo inicial, que a vacinação poderia auxiliar na melhora do estado de saúde após o desenv. de COVID longa🧵 Os resultados são iniciais e requerem validação, mas são promissores. Foi avaliada "experiência e assinaturas imunológicas de 16 participantes não vacinados e que desenvolveram COVID longa. Dos 16, 10 reportaram melhora no estado de saúde após a vacinação
Jan 7 7 tweets 3 min read
Como tu conta essas maçãs?

Segundo pesquisas recentes, nosso encéfalo🧠 tem pelo menos 2 mecanismos distintos para fazer uma contagem rápida: um para quantidades de 4 ou menos, e outro para 5 ou mais

Mini-fio 🧵Image Várias experiências práticas mostram que, apesar de pessoas responderem diferente quando solicitadas para contar quantidades de quatro coisas ou menos, quase sempre conseguimos a soma à primeira vista (e quase sempre estamos certos), sem ter a sensação de, de fato, "contar"