O jogo das Eliminatórias africanas entre Guiné e Marrocos marcado pra amanhã foi suspenso devido a um golpe de Estado em curso no país da África Ocidental.
(Ou seja, se esse Brasil e Argentina tivesse sido marcado pra 7 de setembro, quem sabe poderia terminar dessa forma…)
Soldados guineanos apareceram em rede nacional de TV neste domingo dizendo que eles dissolveram o governo do país. O Ministro da Defesa de Guiné, por outro lado, afirma que o golpe foi impedido pela guarda presidencial.
A seleção do Marrocos está deixando o país às pressas.
Muitos tiros foram ouvidos nas últimas horas, inclusive pelos marroquinos, na região do palácio presidencial, localizado na capital guineana, Conacri.
No poder desde 2010, o presidente Alpha Condé foi aparentemente detido pelos militares. Informações ainda estão desencontradas,
Nos seus stories do Instagram, o meia marroquino Sofyan Amrabat, da Fiorentina, filmou um pouco da agitação nas ruas.
Segundo a BBC, o golpe foi bem recebido por parte da população, já que Alpha Condé concorreu de forma controversa ao terceiro mandato ano passado.
De acordo com apuração da ESPN, militares já tomaram o controle das fronteiras terrestres e aéreas, fechando-as.
Mas, além da seleção marroquina, a arbitragem, de origem camaronesa, também foi liberada para partir de Guiné.
Muito obrigado aos vários perfis de torcedores do Liverpool que estão recomendando a thread para quem quer saber do que está acontecendo com Naby Keïta, estrela do futebol de Guiné que estava convocado para essa partida.
Torcemos para que o jogador fique bem e seja liberado.
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Em 14 de abril de 1941, o governo Getúlio Vargas publicava o Decreto-Lei 3199 e proibia a prática do futebol feminino no Brasil.
Em 2027, mulheres de todos os cantos do planeta estarão em solo brasileiro disputando a maior competição futebolística que existe, a Copa do Mundo.
Um ano antes da proibição, o futebol feminino florescia. Equipes cariocas que jogavam e atraíam público foram convidadas até para ir a São Paulo, na inauguração do Pacaembu.
Mas o governo cedeu à pressão de setores conservadores da sociedade que pediam pelo fim da modalidade.
Dessa pressão, é famosa a carta de José Fuzeira, homem sem qualquer conhecimento técnico sobre esporte ou medicina, a Vargas.
"Acuda e salve essas futuras mães do risco de destruírem a sua preciosa saúde, e ainda a saúde dos filhos delas e do futuro do Brasil!", dizia a carta.
Que tal um Liverpool x Manchester United em Miami?
Ou um Real Madrid x Barcelona em Nova York?
Esse futuro pode estar próximo: a FIFA estuda permitir que jogos oficiais da temporada sejam disputados em outros países e anunciou um grupo de trabalho para avaliar a ideia.
O grupo, segundo a FIFA divulgou na quarta, terá representantes de clubes, ligas e torcedores.
A ideia existe há anos, sempre foi muito controversa e até gerou uma briga entre FIFA, UEFA e Premier League há mais de 15 anos:
Na época, a liga inglesa queria uma "39ª rodada".
Ela teria apenas jogos realizados fora do país.
Sepp Blatter, então presidente da FIFA, disse que o futebol não podia ser itinerante "como os Harlem Globetrotters ou o circo".
Michel Platini, presidente da UEFA, também reclamou.
Fundado em 1913 com o nome de Verdi, em homenagem a um dos maiores autores de óperas da história, Giuseppe Verdi, nascido em sua região, o Parma foi um clube de futebol de realizações modestas até ter sua história revolucionada por uma invenção inusitada:
O leite longa vida.
A região italiana da Emilia-Romagna é conhecida por sua produção de laticínios: é de lá que vem o queijo parmesão, o famoso parmigiano-reggiano.
No início dos anos 60, um jovem chamado Calisto Tanzi descobriu, numa viagem a Suécia, que lá se vendia leite em caixas de papelão.
Isso era possível pela pasteurização do leite em altas temperaturas, no processo chamado UHT, que aumentava muito a validade do produto.
Tanzi então investiu alto no leite longa vida, fechou um contrato com a empresa sueca de embalagens Tetra Pak e criou um império: a Parmalat.
Esse é o lema da torcida do Cobresal, adversário do São Paulo hoje pela Libertadores.
A frase não define só um clube que não se entrega.
Ela representa El Salvador, o último acampamento mineiro do Chile, uma cidade que se nega a desaparecer da Terra.
O Chile é o maior produtor de cobre do mundo.
Sua exploração foi estatizada pelo governo socialista de Salvador Allende.
Veio o golpe militar de Pinochet e várias das estatais foram privatizadas, mas não na exploração do cobre: ali, centralizou-se o trabalho na estatal Codelco.
O acampamento de El Salvador, no meio do deserto do Atacama, já existia para fins mineradores desde o final da década de 50, mas ganhou tração mesmo a partir dos anos 70.
Um clube de futebol foi criado ali em 1979, com o intuito de se profissionalizar e competir em alto nível.
Se o Flamengo sofrer um gol do Palestino, pela Libertadores, é possível que vejamos a comemoração da imagem abaixo.
Trata-se de uma homenagem a um personagem de quadrinhos que é um símbolo de resistência do povo palestino.
O Club Deportivo Palestino foi fundado em 1920 pela enorme comunidade palestina que imigrou para o Chile.
Ainda hoje, há cerca de 500 mil descendentes de palestinos no Chile, o maior número em um país fora do Oriente Médio.
Os palestinos sofreram muito preconceito no Chile: eram chamados de turcos, um termo pejorativo usado a todos que vinham da região do antigo Império Otomano - daí, o termo "turcofobia" que há por lá.
Criar clubes era uma das formas de unir a comunidade e conquistar espaços.