Protestos do dia 7 e 12 escancararam o que é o Brasil hoje. Lulismo e Bolsonarismo precisam um do outro para sobreviver, e atraem as massas.
Entre os que rejeitam essa escolha e querem uma construção melhor, a desesperança tomou conta.
Os nomes atuais não atraem (lógico), e não conseguem competir com o medo e a resignação de passar pano para Lula ou Bolsonaro.
Entendo os Bolsonaristas que celebram o resultado de hoje. Lamento que celebram uma nação em medo e depressão, sem rota clara para um futuro.
Ainda assim, conversei com dezenas de pessoas boas hoje, revoltadas com a situação e com vontade de criar um mundo diferente.
São com eles, com quem saiu hoje para tentar fazer alguma coisa, e com quem queria ter saído ou se arrependeu de não ter ido, que vamos em frente.
Escolhi começar o Ideias Radicais em abril de 2015. Na época era certeza clara que o Brasil em breve viraria no mínimo uma Argentina, talvez uma Venezuela.
E era uma certeza clara que o projeto nunca ia crescer além de alguns milhares de pessoas.
Essas duas certezas foram refutadas. Junto com todos os que juraram que X ou Y não ia dar certo.
As coisas levam tempo. E tenho certeza que hoje temos as pessoas necessárias para mudar o mundo.
Falta botar o trabalho, e dar tempo ao tempo.
Se você é uma dessas pessoas, se você rejeita a ideia de passar uma vida toda escolhendo entre menos piores, e se quer construir um mundo mais livre:
Você não está sozinho e nós estamos aqui para te ajudar o tanto quanto pudermos.
Vai ser difícil e demorado. Fosse fácil, já estava feito. Mas teremos momentos muito divertidos e vitórias cada vez maiores.
E se você duvida, aguardo pacientemente o momento onde você vai perceber que estava errado o tempo todo e deveria ter ajudado antes.
Seguimos a semana trabalhando para conseguir mais liberdade. Não faltam pautas e batalhas.
E seguimos na meta de tentar colocar gente que defende liberdade nos legislativos por aí.
Quem quiser vir junto está extremamente convidado.
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Isso sem falar nos casos de violência doméstica, abuso infantil, roubo, furto, etc que passam impunes.
Mas vende um alfajor aí.
Vende sorvete na praia.
Faz um artesanato.
Aí tu vai ver.
Até polícia a paisana tinha pelo jeito.
Agora obra superfaturada, dinheiro desviado, imposto pra todo lado, vereador enchendo o cu de auxílio gasolina carta saúde blablabla não, deixa passar.
Independente da sua posição política, creio que todos podemos concordar em uma coisa:
O estado e a política brasileiros estão induzindo todo o país a ansiedade/desespero/depressão/raiva.
Isso acontece porque o estado é, fundamentalmente, agressão.
O estado não pede ou argumenta. Ele ordena e ameaça. Todo mundo que pensou um pouco mais do que alguns minutos sobre isso consegue sacar isso, não precisa ser um libertário.
E com tantos grupos inflamados e com uma disfuncionalidade tão evidente, é razoável ter ansiedade.
O fato simples é que qualquer grupo maluco pode tomar o poder e acabar com a sua vida. Podem te forçar a todo tipo de maluquice e te punir e roubar.
E como temos pouquíssimo controle sobre isso, sentimos medo.
Coisas que a gente descobre em viagens: o Punhetão de Goiânia.
Goiânia tem uma fascinação por esses "monumentos" nonsense em áreas abertas nas ruas, estradas etc.
Não entendo a lógica, mas é estado não dá pra esperar muito.
E
Eis que em 2019 a cidade quis fazer uma homenagem a cantores sertanejos, e pensou de fazer um monumento desses em formato de uma mão, como se segurando o viaduto.
Sobre a lei de violência psicológica contra mulheres, não vi ninguém falando sobre um detalhe:
A pena máxima é 2 anos. Praticamente ninguém pega cadeia por isso.
O estado não vai te proteger.
Violência doméstica é muito, muito real e é um problema gravissimo. Negar isso é maluquice das piores.
Mas vamos aos fatos. O estado resolve apenas 30% dos homicídios. Os mais fáceis.
O estado deixou Lázaro escapar sucessivas vezes. Corruptos passam impunes rotineiramente. Mesmo com queda, ainda são 40mil homicídios no Brasil por ano.