Nada é tão ruim que não possa piorar. Hoje mostro na @agenciapublica com republicação no @UOLNoticias como o único povo indígena isolado Yanomami de Roraima está acossado com garimpo há 12km do seu território 👇 Segue o fio
Também há um segundo ramal garimpeiro, maior, há 42 km dos isolados. As informações foram checadas a pedido da reportagem pelo analista @HeronDavi do Center for Climate Crime Analysis (CCCA).
Esses são os indígenas Moxihatëtëma thëpë da região da serra da Estrutura. A imagem é inédita, de 2020, obtida pela reportagem
“Vão matar uma comunidade inteira e Brasília faz de conta que não vê”, diz Lucca*, fonte ouvida pela Pública.
Em 2020, a Funai registrou “três famílias de isolados faltantes” no monitoramento aéreo que não ocorria desde 2017.
Essas são imagens dos garimpos próximos. As imagens mostram ainda as cicatrizes na floresta, fruto da exploração ilegal de ouro na região.
Luciano Pohl, gerente de povos isolados da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (@CoiabAmazonia ), diz que a situação requer uma ação imediata do governo para a proteção dos indígenas.
O território Yanomami é a maior Terra Indígena (TI) do país, onde vivem mais de 26 mil indígenas dos povos Yanomami e Ye’kwana, distribuídos em 371 aldeias. O território foi reconhecido como de ocupação tradicional, demarcado e homologado em 1992.
“Os Moxihatëtëma são um grupo isolado cuja sociabilidade é marcada por uma recusa radical de estabelecer quaisquer relações de afinidade e aliança, mesmo com outros indígenas”, registra o documento da Funai obtido pela reportagem.
Segundo a tabela oficial de povos indígenas isolados no Brasil elaborada pela Funai, existem oito registros de presença de povos indígenas isolados na TI Yanomami, mas “apenas o Registro 76 – Serra da Estrutura”, Moxihatëtëma, é uma referência confirmada.
Não é de hoje que a TI Yanomami vem sofrendo com a invasão de garimpeiros, mas a situação se agravou desde a eleição do presidente Jair Bolsonaro em 2019, que incentiva abertamente o garimpo.
Ontem a gente revelou em outra reportagem como a desnutrição infantil explodiu no território Yanomami sob Bolsonaro. Com 0,013% da população brasileira, os Yanomami tiveram 7% de mortes por desnutrição infantil entre 2019 e 2020 do país – 24 crianças morreram
A reportagem de hoje faz parte do Especial Amazônia sem Lei, que investiga violência relacionada à regularização fundiária, demarcação de terras e reforma agrária na Amazônia Legal. apublica.org/2021/09/indige…
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