Seis vezes em que os Bolsonaros enalteceram o crime cometido pela Prevent Senior e ainda atacaram o SUS por não "fazer igual". Segue a Thread: 👇
Flávio Bolsonaro atacou o G1 por "estar contrariado com a Prevent Senior" em 5 de abril de 2020. (+)
Ainda em 5 de abril, Jair Bolsonaro promoveu live com "doutor" da Prevent Senior para falar sobre COVID-19. (+)
Não contente, em 19 de abril, Flávio Bolsonaro voltou a dar RT em conteúdo falando sobre o "tratamento precoce" na Prevent Senior. (+)
Finalmente no dia 18 de abril de 2020 o senador Flávio Bolsonaro enaltece a Prevent Senior e ACUSA O SUS de "nunca procurar para saber qual foi o protocolo usado". Hoje agradecemos essa não procura do SUS. (+)
Também no dia 18 de abril de 2020 o próprio presidente Bolsonaro enalteceu o tratamento criminoso empregado pela Prevent Senior, prometendo ainda estudos completos "em breve". (+)
Por fim, Eduardo Bolsonaro parabenizou a Prevent Senior pelos "estudos" que, hoje, são denunciados pela imprensa.
Após o anúncio da carta enviada por Donald Trump para o governo brasileiro, a mobilização bolsonarista buscou cooptar as conversações sobre o tema. Sem muita eficácia, a adesão dos usuários a essa abordagem se manteve entre 12% e 28% (a depender da plataforma). +
Assim, é possível afirmar que a perspectiva bolsonarista do episódio, que envolve a defesa de “punição coletiva” como resposta a impunidade de um indivíduo (Jair Bolsonaro) não gerou a catarse esperada nas redes, muito pelo contrário.+
O buzz das últimas horas está centrado nas críticas às taxas, no comportamento da extrema direita e no viralatismo dos bolsonaristas: entre 62% e 78% das ocorrências exigem reciprocidade. +
A divulgação do vídeo de Bolsonaro sendo intimado foi potencialmente um erro que se apresenta em diversas camadas. Para além dos 77% de reações negativas ao episódio, é importante analisarmos o vídeo não como um evento isolado, mas sim como o resultado de uma sucessão de acontecimentos que nos possibilitam encarar a cena como uma reação de desespero do próprio Jair Bolsonaro. (+)
Como podemos ver no gráfico abaixo, a pauta do dia de ontem era, até às 19h, o escândalo do INSS. A divulgação do vídeo por Jair Bolsonaro e sua equipe não apenas o colocou em evidência como ajudou indiretamente o governo ao "estancar" momentaneamente as conversações sobre o INSS. (+)
Esse evento chama atenção porque se correlaciona com outro movimento interessante: o arrefecimento drástico das conversações sobre ANISTIA nas redes sociais. Curiosamente, esse arrefecimento se inicia na semana em que Jair Bolsonaro é internado e, desde então, não parou mais. Se na semana do do dia 31/03 foram mais de 1.4 milhões de menções apenas no X, na atual semana o volume de menções sequer chegou aos 100 mil. (+)
Dado interessante: perfis ligados diretamente a política representaram apenas 18% das interações no IG citando o RS nas últimas 24h. Destes, apenas Lula e Janja (6% do todo) tiveram de fato alguma relevância em campanhas de solidariedade envolvendo o estado. E os outros 82%? (+)
São atores não-polarizados que se engajam sem sinalizar para a polarização como refúgio de engajamento. Existe uma espécie de "antropofagia" interna à polarização que busca atalhos e se retroalimenta para tentar ser relevante no debate, mas se isolando ainda mais. Como? (+)
Por meio de temas que geram um engajamento desproporcional dentro da polarização, mas que passam a margem do debate geral que ocorre neste momento sobre o RS, debate este pautado principalmente a partir de campanhas de solidariedade. (+)
Dado curioso: desde o início do showzinho de Musk todos os parlamentares abaixo de PT, PSOL, PC do B e REDE perderam seguidores em bloco. O curioso? Todos os parlamentares de extrema-direita ganharam seguidores no mesmo período. Coincidência interessante, não? (+)
Ao olharmos @ErikakHilton, @GuilhermeBoulos, @tuliogadelha, @MottaTarcisio e @fernandapsol mesma coisa: perderam seguidores.
Já na extrema-direita o cenário é o oposto: os analisados ganharam seguidores no mesmo período.
Impressiona como o bolsonarismo não encontra o seu próprio caminho na oposição. Primeiro tentou emular a CPI da Pandemia, criando uma série de comissões. Não prosperou como esperavam. Agora, emulam uma "disputa" pelo 7 de setembro que sequer foi convocado. Resultado? (+)
Nas redes não há sinais de polarização. De um lado, enaltecem Zé Gotinha e a jabuticaba. Do outro, bolsonaristas tentam replicar a mesma abordagem do "flopou" utilizada durante atos bolsonaristas no 07/09 de 21/22. A questão é: ninguém responde porque ninguém convocou nada. (+)
O resultado é, assim como nas CPIs, um bolsonarismo gritando sozinho, tentando replicar a fórmula adotada pelo antibolsonarismo nos anos anteriores mas sem a menor capacidade de pautar a agenda nacional. (+)
Bolsonaristas acreditaram que política se fazia com ataques e gabinete do ódio. Hoje, descobrem que política se faz com política, e não com gritaria e assédio nas redes. Já os atores políticos centrais do antibolsonarismo fizeram o que deles se espera: política. +
Mesmo com 🟢72% das 1.3 milhões das conexões nas últimas 48h, o bolsonarismo ainda busca calibrar - e entender - o papel das redes em um momento onde o movimento não é mais governo e não detém a máquina. +
Já os atores políticos centrais do antibolsonarismo (24% 🔴) não focaram nas redes sociais e no assédio, mas sim na política. Não se preocuparam em responder ao assédio bolsonarista. É importantíssimo que analistas políticos também se atenham a esse movimento. +