Em setembro de 1956, entrou em cartaz, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, “Orfeu da Conceição”, história da mitologia grega adaptada para as favelas cariocas, em parceria inédita do poeta Vinícius de Moraes com o músico Tom Jobim: bit.ly/3zMGs6Y
O Municipal recebeu cenários de Oscar Niemeyer, que ocupou o palco com rampas e escadas para representar as subidas e descidas dos morros do Rio, onde se passava a história de amor de Orfeu e Eurídice.
Os atores eram negros: Haroldo Costa interpretou Orfeu, Lea Garcia deu vida a Mira, Dirce Paiva foi Eurídice, e Abdias Nascimento, Aristeu. A peça ficaria em cartaz durante uma semana, com casa lotada todos os dias — mas a temporada foi curta demais para cobrir os gastos.
Em 1959, o diretor francês Marcel Camus dirigiria “Orfeu Negro”, com roteiro adaptado de “Orfeu da Conceição”. Apesar da visibilidade internacional à sua peça, Vinícius não aprovou o resultado, pois trazia uma visão europeia do Brasil, marcada pelo exotismo e por estereótipos.
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Em setembro de 1966, policiais militares derrubaram o portão da Faculdade Nacional de Medicina (atual #UFRJ), na #PraiaVermelha, e invadiram o prédio onde estavam cercados desde a véspera cerca de 600 estudantes. ⬇️
Foto: Kaoru/CPDoc JB
Concentrados no 3º andar, os jovens foram obrigados a atravessar um corredor polonês e espancados indiscriminadamente até a saída da faculdade.
O #MassacreDaPraiaVermelha foi o 1º grande confronto entre forças da repressão e estudantes depois do golpe de 1964.
Foto: CPDoc JB
O confronto havia começado na véspera, quando a polícia reprimiu a passeata pelo Dia Nacional de Luta convocado pela @uneoficial, entidade considerada ilegal pela ditadura. #MassacreDaPraiaVermelha